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PENSAMENTOS: A ESCOLHA DA MEDIOCRIDADE - Theresa
Catharina de Góes Campos
Para a maioria, a escolha rotineira nada tem de
difícil. A preferência pela mediocridade
passiva, robotizada e repetitiva se instala, sem
qualquer hesitação, cômoda e confortavelmente,
sem dúvidas nem inquietações filosóficas.
Imitar torna-se a palavra de ordem. Clona-se
tudo: verso e reverso; gestos, atitudes; roupas
e linguagem verbal. Os relacionamentos, de fato,
não importam. Há uma busca frenética por
números, quantidades e quantias de dinheiro.
Assim retratam o sucesso. São parâmetros de uma
interpretação equivocada do que seria o êxito no
mundo moderno.
Theresa Catharina de Góes Campos
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Familiares e amigos, pacientes, clientes só
existem, para os viciados nos celulares e
smartfones, se estiverem nas redes sociais, nos
facebooks e twitters.
Se "apenas" estiverem ao lado em carne e osso, à
frente, nas proximidades ou mesmo se antes já
fizeram parte dos contatos e relacionamentos,
não mais são importantes para os que somente
olham e ouvem o que está nos aparelhos com
pequenas, reduzidas "telas" em suas mãos. Uma
alienação e tanto!
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Quem precisa de qualquer serviço, logo se vê
ignorado, desanimando ao constatar a indiferença
no atendimento.
Afetos e amizades, cada vez mais distantes,
rapidamente vão sendo esquecidos.
Theresa Catharina de Góes Campos
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Nos hospitais públicos e particulares,
funcionários de todos os níveis tratam os
pacientes - inclusive idosos e grávidas - com
rispidez, agressividade e total displicência. Se
o motivo da demora inexplicável no atendimento é
indagado, se enfurecem ! e passam a fazer
ameaças. Crianças pequenas, pais e mães aflitos
são ignorados durante horas. Cenas deprimentes,
indefensáveis, motivadas e permitidas por
funcionários que agem como ditadores cruéis.
Por que esse inferno dantesco, criado pela
indiferença irresponsável? Onde está a
supervisão?
Os pacientes merecem, têm direito a um
tratamento humano, além de eficiente -
acompanhado de olhar profissional compassivo,
atitude de acolhimento e simpatia.
Profissionalismo, competência e objetividade não
significam negligenciar a gentileza de um
sorriso...
Theresa Catharina de Góes Campos
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Quando os cidadãos procuram os serviços
públicos, para informações ou providências
necessárias, são tratados com má vontade e se
tornam vítimas de atendimento incompetente,
lentidão burocrática, regras confusas,
percorrendo verdadeiros labirintos de exigências
descabidas.
Para onde foi arremessada a responsabilidade?!
Em que lixo descartaram sorrisos e gestos de
solidariedade, os sentimentos de empatia? !
Quando recuperarmos a esperança, com ela virá a
fé na solidariedade humana. Expressarão, em
ações e palavras responsáveis, o reconhecimento
do próximo, com o respeito a seus direitos.
Theresa Catharina de Góes Campos
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Theresa Catharina de Góes Campos
Brasília - DF, 16 de outubro de 2015 |
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