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A PERDA DE UM SER QUERIDO
A perda de um ser querido
é dor que punge
qual espinho agudo
que penetra a carne, dilacera...
quando se é ferido
o bálsamo que unge
é muita vez aquele pranto mudo
que a lágrima silente, austera,
fugidia, liberta em nossa face,
embora tenha duração fugace
é lenitivo que alivia tudo.
Mas,
onde estará a rosa a emurchecer?
Desfolhada, desnudada,
pétala por pétala –
finita no espaço,
eterna no infinito,
silente no pranto lasso,
e feliz em seu recôndito;
Multiplicada ou integrada
no UM.
Perdida na hipótese,
ou na idéia vivenciada ...
em que indagação indefinida,
em que dimensão desconhecida?
...nas incertezas das certezas plenas
sem condições causais de preconceito
em tese
do que penso e que aceito,
acreditando em seu reflorescer:
a Rosa/Essência, pelo Amor, apenas,
nem transformada em pó, deixou de ser !
Rosa Maria Medeiros |
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