De: Nova
Acrópole Lago Norte
Date: seg., 17 de out. de 2022
Subject: #21 - Lidando com medos e
incertezas
“E, finalmente descobri,
no meio de um inverno, que havia dentro
de mim, um verão invencível.”– Albert
Camus
A vida se constitui de
momentos fáceis e difíceis, e é natural
que alguns destes momentos nos permitam
vivenciar grandes realizações e que
outros tantos momentos constituam
crises individuais e coletivas.
Não está sob o nosso controle viver ou
não uma situação de crise, mas está sob
o nosso controle como a viveremos.
Importante considerarmos
que sempre que utilizamos o medo como o
nosso motor, nos tornamos “escravos”, e
menos condições teremos de evocar a
criatividade e o discernimento que
necessitamos para aprender com uma
circunstância de crise e superá-la.
Quando provocamos nosso
intelecto e nossas emoções com bons
conteúdos, humanizamo-nos,
e a partir deste ponto de vista podemos
tomar decisões mais conscientes e
lúcidas.
Na Grécia nasceu uma
corrente filosófica chamada Estoicismo,
que floresceu em Roma. Esta forma de
pensamento se transformou num estilo de
vida muito válido para momentos de
crise.
Algumas de suas máximas
muito bem poderiam ser vividas nos dias
atuais: “O que não é bom para a colmeia,
tampouco é bom para a abelha”, “Tem
coisas que dependem de nós e coisas que
não dependem de nós” (Epicteto). É mais
fácil e cômodo nos revoltarmos e
indignarmos ante o que não nos cabe do
que fazer um simples gesto na esfera
daquilo que nos cabe. Focar no
que nos cabe, e realmente realizá-lo,
com toda certeza faria do mundo um lugar
mais colaborativo e fraterno.
O medo ou instinto de
sobrevivência é uma das nossas mais
preciosas “memórias” da nossa condição
animal, muitíssimo válida quando o
assunto é a nossa sobrevivência. No
entanto, muitas questões humanas
transcendem a sobrevivência. Como já
dizia a música “a gente não quer só
comida”, como seres humanos temos muitos
anseios e necessidades que não podem ser
supridos pelo instinto, como a justiça,
a liberdade, a fraternidade e a
felicidade.
Sendo assim, não digo que
tenhamos que abrir mão do medo, e sim
que outros potenciais humanos precisam
ser desenvolvidos e priorizados pra que
possamos tomar decisões mais amplas e
capazes de nos realizar em nossa
natureza.
Alguns elementos bem
práticos podem nos ajudar a enfrentar
melhor as situações de crise, com menos
medo e menos desgaste mental e
emocional:
Organizar uma rotina: Platão
sugere em sua obra "A República" que
tenhamos uma rotina diária ampla e
diversificada, com tempo para o
trabalho, para o estudo, para nos
alimentar com bons conteúdos (o que ele
chamou de ‘divinos ócios’) e para
cuidarmos do nosso corpo.
Organizar seu momento de
trabalho: organizar
um espaço apropriado para o trabalho,
fazer uma boa agenda e vestir-se de
forma adequada para trabalhar. De modo
que o tempo destinado para o trabalho
seja distinto das outras vivências do
dia. Diferenciar as experiências umas
das outras evitará que nosso dia se
torne maçante.
Zelo pela convivência: passar
mais tempo junto com as pessoas, com
certeza, é um grande ganho. Mas,
lembre-se da importância da cortesia, do
respeito, da empatia e de saber
respeitar o tempo e o espaço dos demais.
Exercitar a
solidariedade: Helena
Blavatsky, filósofa russa, sugeria que
todos os dias respondêssemos à pergunta
“Quem eu posso ajudar hoje?” E, ainda,
há que ser dito, que ajudando aos demais
acabamos por desviar a atenção de nossas
próprias dores, e, assim, como uma
consequência natural, também ajudamos a
nós mesmos.
Adaptado de entrevista de
Kelly Aguiar, professora de Nova
Acrópole
Evento gratuito: A
estabilidade na crise.Palestra
gratuita, aberta ao público, na Nova
Acrópole do Lago Norte – Brasília/DF,
sobre as situações de crise e maneiras
como podemos nos manter estáveis frente
a elas.
Artigo:O
compromisso de Unidade nos momentos de
crise. “Aqui
temos uma chave para a nossa evolução e
a superação de crises: o compromisso. Se
comprometer é uma atitude própria de
toda pessoa responsável e fundamental
para...”. Vale a pena conferir na
íntegra.
Filme:100
metros.Retrata
a história de Ramón Arroyo, que aos 35
anos é diagnosticado com esclerose
múltipla. Mesmo
com esta condição ele resolve participar
do Iron Man, prova de triátlon mais
desafiadora do mundo, pois render-se não
é uma opção. Disponível no Netflix.
Livro:Como
superar seus limites internos.Steven
Pressfield identifica o inimigo que
todos precisamos enfrentar em nós
mesmos, traçando um plano de batalha
para o vencermos e apresentando
importantes ensinamentos para
alcançarmos o máximo de sucesso.
Palestra:Como
lidar com uma crise.Falamos
em crise inúmeras vezes por dia... O que
é uma crise? Como agir diante dela? A
professora Lúcia Helena Galvão nos traz
vários elementos para esta reflexão.
CONFIRA NOSSA
PROGRAMAÇÃO:
(Presencial na Nova
Acrópole Lago Norte, Brasília/DF)