Theresa Catharina de Góes Campos

     
A verdadeira natureza do ser humano - Nova Acrópole Lago Norte

De: Nova Acrópole Lago Norte
Date: seg., 28 de nov. de 2022 
Subject: #27 - A verdadeira natureza do ser humano
 

 

“... Coloquei-te no meio do mundo para que daí possas olhar melhor tudo o que há no mundo. Não te fizemos celeste nem terreno, nem mortal nem imortal, a fim de que tu, árbitro e soberano artífice de ti mesmo, te plasmasses e te informasses, na forma que tivesses seguramente escolhido...” – Pico della Mirandola.

 

Quem é o Ser Humano? É só este corpo que vemos frente ao espelho? Qual é a sua verdadeira natureza e para que veio ao mundo? São algumas das perguntas sobre as quais, se ainda não refletimos, em algum momento da vida chegaremos a fazê-lo.

Antigos ensinamentos que encontramos no Egito e na Índia coincidem em afirmar que o Ser Humano é constituído por 7 corpos, dimensões ou veículos de expressão.

Explicaremos muito brevemente estes 7 corpos, desde o mais concreto ao mais sutil.

Em primeiro lugar temos o corpo físico, que é o que melhor conhecemos, pois o vemos diariamente, é este que alimentamos, limpamos e vestimos, mas é simplesmente a casca que recobre outras realidades interiores.

Depois encontramos o corpo vital ou energético, que é uma força que nos percorre integralmente e que nos permite nos movimentar, falar, nos expressar e manifestar qualidades que fazem com que nos reconheçamos como “seres vivos”.

A seguir, temos o nosso corpo psíquico ou emocional. Nele moram todas as nossas emoções, paixões e sentimentos. Ele faz-nos oscilar entre a ira mais terrível e o sentimento místico mais elevado. Se não o conhecemos bem, tampouco podemos governá-lo completamente.

Mais adiante encontraremos o nosso corpo mental concreto, que se distingue por uma capacidade própria dos seres humanos: o raciocínio, o poder manejar as ideias. Caracteriza-se por raciocinar em função do que “a mim me convém”, “eu gosto” 

ou “eu desejo”. É uma mente egoísta, no sentido de que só atende aos 

próprios interesses.

Avançando um pouco mais, encontraremos um corpo mental puro, este que tem mais capacidade. Concebe não somente a existência de si mesmo, mas a de todos os outros seres.  Concebe o altruísmo, o desprendimento; é capaz de generosos atos, de pensamentos nobres e é capaz de entrar em contato com os grandes ideais.

E continuando, encontraremos o corpo da intuição. A intuição não significa “pressentir” algo, mas sim uma forma especial de conhecimento que não necessita de muito raciocínio porque “capta” as grandes ideias, as grandes verdades. Aquelas questões que de tão sutis e inefáveis, não cabem nem nas palavras nem nas definições.

E por último, um corpo tão sutil e especial, que em muitas civilizações chamam-no de Espírito, a Chispa Primordial, ao que chamaremos corpo da vontade.

Não imaginemos que estes corpos estão isolados uns dos outros, mas um tendo influência sobre o outro. Às vezes um desarranjo emocional nos adoece fisicamente; uma doença física desequilibra-nos psiquicamente. Outras vezes, uma doença física ou uma carência de vitalidade trava-nos mentalmente.

Ao quaternário, o conjunto dos quatros primeiros corpos: Físico, Vital, Emocional e Mental Concreto, chamamos “personalidade”, que em grego provém da palavra “máscara”, querendo simbolizar o disfarce, a cobertura com que se cobre a alma para poder aparecer no Teatro da Vida.

Ao conjunto dos três corpos superiores: a Mente Pura, a Intuição, e a Vontade, chamamos de “indivíduo”, o que é indivisível, o que não se pode partir, o que constitui uma Grande Unidade.

É o Eu Superior, o Ser Humano Verdadeiro, o Ser Interior, aquilo que permanece, que é eterno. Esta Tríade, ainda que não esteja completamente conquistada pelo homem, encontra-se em estado latente.

Com isso, reiteramos que “há que acreditar na humanidade, mas há que trabalhar dentro de nós para que essa promessa se expresse em fatos", só assim poderemos conhecer a nós mesmos e aos outros, descobrir nossas potencialidades e descortinar alguns véus do grande mistério da vida, do homem e do universo.

 

Adaptado de Delia Steinberg Guzmán, na Conferência “O Homem e os Seus Corpos “

  

  

Apreciação Artística: Encontro com a alma. Belíssima declamação do poema “Encontro com a alma”, de Rumi.

Podcast: Qual a verdadeira natureza do ser humano. Habitualmente ouvimos que o ser humano tem certos comportamentos e que isso é da sua natureza. No entanto, não se considera que o ser humano tem outros elementos além do seu corpo físico e do psicológico. Neste podcast é discutida o que vem a ser a verdadeira natureza humana.

Palestra: Discurso sobre a dignidade do homem. É o homem um ser especial? Exatamente por quê? Então, por que às vezes causa tanto mal? Por que, às vezes consegue ser tão grandioso? Comentários filosóficos sobre o texto renascentista de Pico Della Mirandola "Discurso sobre a dignidade do Homem", tecidos pela professora Lúcia Helena Galvão.

Artigo: O mundo tem fome. O estado de carência absoluta para muitos seres humanos é um dos maiores males do nosso mundo. Porém, existem outros tipos de carências mais sutis, que não aparecem nas estatísticas, mas que vão minando aqueles que as sofrem, tais como a fome física, a fome energética e a fome sentimental.

Filme: Uma dobra no tempo. Uma aventura épica que transporta o público através de dimensões de tempo e espaço, examinando a natureza da escuridão e da luz, e em última instância, o triunfo do amor. Disponível no Disney+.

 

 

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