Haicaístas:
Eis
os haicais publicados
na página Haicai Brasileiro do Jornal Nippon Já.
A
seleção é de Edson Iura e
Francisco Handa.
A
página Haicai Brasileiro é quinzenal.
Visitem a página do Haicai brasileiro:
https://www.nipponja.com.br/categorias/colunas/haicai-brasileiro-colunas/
O Jornal Nippon Já (https://nipponja.com.br/)
é uma publicação semanal, totalmente em
língua portuguesa, que divulga notícias
de interesse da comunidade
nipo-brasileira.
HAICAIS DA QUINZENA
TEMAS DE NOVEMBRO
Semente – Araponga – Finados
Varando a distância
Entre árvores, montanhas –
Grito da araponga.
Benedita Azevedo
Magé, RJ
No altar japonês
oferendas e incensos –
Dia de Finados
Betty Watanabe
Itanhaém, SP
todos no cemitério
com guarda-chuvas pretos
dia de finados
Carlos Viegas
Brasília, DF
Ao plantar sementes...
A terra bem friazinha
por entre os dedos.
Cristiane Cardoso
São Paulo, SP
Cemitérios cheios
flores adornam os túmulos,
No Dia de Finados!
Didi Tristão
São Paulo, SP
Nas mãos enrugadas,
um buquê de flores brancas –
Dia de Finados.
Fabiana Lessa
Nova Iguaçu, RJ
o mecânico tenta
consertar um carro velho
canto da araponga
Fernando Avendanha
Belo Horizonte, MG
Romaria de flores
no caminho do cemitério –
Dia de Finados
Fernando Mandioca
Uíge, Angola
Passos hesitantes
em direção ao jazigo
Dia de Finados
George Goldberg
Londres, Inglaterra
chuva de manhã
semente vinda de longe
afinal no chão
José Marins
Curitiba, PR
Grito de araponga.
Alguém espreita o casal
detrás do arbusto.
Mário A. J. Zamataro
Curitiba, PR
Chovendo muito
cemitério lotado
hoje é Finados.
Mário Azevedo Alexandre
São Vicente, SP
Soneca na rede –
A araponga do vizinho
martela na bigorna.
Mario Isao Otsuka
São Paulo, SP
Dia de Finados
mulher com flores na mão –
Triste aparência...
Marli Tristão
São Paulo, SP
Na casa da infância,
o mesmo som estridente –
Canto da araponga
Mônica Monnerat
Santos, SP
Sementes nascidas
no algodão molhado –
Crianças na escola.
Reneu Berni
Goiânia, GO
Dia de Finados –
Sobre a campa da menina
as flores branquinhas
Taís Curi
Santos, SP
Cai a chuva mansa –
Numa trinca do concreto
sementes despertam.
Zekan Fernandes
São Paulo, SP
Abraços,
Edson
Iura
kakinet@gmail.com
www.kakinet.com