De: Nova
Acrópole Lago Norte
Date: seg., 13 de fev. de 2023
Subject: #38 - O Destino
“Às vezes ouço passar o
vento; e só de ouvir o vento passar, vale a
pena ter nascido.”
- Fernando Pessoa
Quando estamos ao sabor das
distrações, o destino se nos apresenta como sorte,
como algo parecido com uma roleta ou
loteria.
Negar o destino e
crer que tudo é obra do acaso é o maior
sinal de ignorância e de ausência de observação
consciente da Natureza.
Podemos andar mais lentamente
ou mais rapidamente; podemos nos deter em
alguma curva do caminho; podemos caminhar em
pé ou de joelhos, chorando ou rindo, porém,
não podemos evitar o destino.
Para onde conduz finalmente
esse destino? Ainda
que tenhamos vagas intuições sobre isso, na
verdade nada sabemos ao certo. Pressentimos
uma longa memória de passado em
vagas experiências que de repente nos explodem
na alma; pressentimos, da mesma
forma, um infinito futuro cheio de
oportunidades...
Porém, aqui estamos nós no
meio, sem nenhuma imagem clara, sem que
nossa mente consiga definir nada do que nos
acontece, nem sequer o momento presente que
vivemos; ou seja, tampouco sabemos
quem somos, nem porque estamos aqui.
Se sabemos que estamos
adormecidos enquanto caminhamos pelas
trilhas do destino, como podemos saber se
estamos caminhando bem, se não estamos
desviando, se estamos cumprindo com o que
nos cabe? Existe
um sinal indicador infalível: a dor.
Só há dois tipos de seres que
não sentem dor: os inconscientes, e os que
se libertaram do erro. Supondo que já
superamos a etapa da total inconsciência, e
ao mesmo tempo ainda estamos sujeitos a
errar, é impossível evitarmos a dor.
Porém, em vez de rechaçá-la,
deveríamos aceitá-la como uma luz no
caminho, como a luz indicadora de
nossos equívocos, o sinal de alerta que nos
leva a revisar nossas ações e a corrigir
nossos erros.
Não devemos pensar que o
Destino é um Amo cruel que outorga poucas
chances – quiçá uma só – aos pobres cegos
que transitam por seus caminhos.
Há milhares de oportunidades
de cumprir com o próprio destino, de reparar
os erros purificando-os com a dor
que educa e com a experiência
acumulada.
O que é uma vida, no longo
caminho da evolução? Nada; apenas um dia, o
lapso que cabe entre o Sol que se levanta e
o que se oculta ao cair da tarde... Muitas
vidas, como se fossem degraus na longa
ascensão evolutiva, são as que, somando seus
atos positivos, levar-nos-ão a completar a
única Vida.
Adaptado do livro os “Jogos
de Maya”, de Delia Steinberg Guzmán
Livro:Os
jogos de Maya.Delia
Steinberg Guzmán. Neste livro a autora
revela que aprender a jogar com Maya
(divindade oriental que, simbolicamente,
representa o véu com que a Natureza
resguarda seus segredos) implica desvelar
pouco a pouco as leis ocultas que regem o
Jogo da Vida.
Filme:Belfast. 2021.
Narra a vida de uma família protestante da
Irlanda do Norte na perspectiva de seu filho
de 9 anos, Buddy, durante os tumultuosos
anos de 1960. O jovem sonha com um futuro
melhor, mas, enquanto isso não acontece, ele
se consola com as histórias maravilhosas
contadas por seus pais e seus avós.
Disponível no Telecine.
Vídeo:Perguntas
Frequentes – Profa. Lúcia Helena responde.Liberdade?
Destino? Missão ou Propósito de vida?Certas
dúvidas estão sempre presentes para
atrapalhar a nossa compreensão da vida.
Neste vídeo a Nova Acrópole apresenta uma
série de respostas a perguntas muito
frequentes com a professora Lúcia Helena
Galvão.
Poema:Meu
destino.Cora
Coralina. Poetisa e contista brasileira,
nasceu em Goiás em 1889. Começou a escrever
aos 14 anos. Apesar da vocação para a
escrita, trabalhou por muitos anos vendendo
doces para sustentar a família. E, somente
em 1965, teve o seu primeiro livro
publicado, intitulado "O Poema dos Becos de
Goiás e Estórias Mais".
Palestra gratuita:Filosofia
para viver bem. Mostra
gratuita do curso de filosofia da Nova
Acrópole. A filosofia é destinada a todos e
só é praticada de modo autêntico por aqueles
que a associam à ação no mundo, visando uma
vida melhor para todos. Ao fazê-lo, nossa
alma amadurece.