“Que a felicidade não dependa do tempo, nem da paisagem, nem da sorte, nem do dinheiro.” - Carlos Drummond de Andrade

  

Ser forte e feliz, apesar das adversidades. O filósofo estóico Sêneca nos deixou verdadeiros tesouros para a posteridade em suas obras, tais como os 6 fragmentos apresentados a seguir, que possibilitam a descoberta de um estilo de vida mais feliz.

 

#1: “Devemos suportar com o espírito forte tudo o que, por lei universal, nos é dado a enfrentar”.

Para Sêneca, as adversidades existem, os problemas virão, mas você não pode abrir mão de ser uma pessoa feliz por causa disso. A tristeza e a alegria participam da felicidade. Para ser feliz é importante saber lidar com as adversidades e saber se distanciar delas, buscando um porto seguro interior.

 

#2: “Coloque entre os mais felizes aqueles que fizeram bom uso do tempo que lhes foi dado. Aprende a considerar cada dia como 

se fosse o último“.

O que você faria hoje se soubesse que iria morrer amanhã? Quem gostaria de ser? Deveríamos viver todos os dias tomando a morte por conselheira. Assim, todo dia seria especial. Para ter uma vida feliz, toda ela tem que ser válida. A felicidade é uma questão interna.

 

#3: “Embora pareçam felizes aos outros, declaram eles mesmos que na verdade odeiam todas as ações de suas vidas”.

Devemos aprender a ser felizes para além das aparências. Não vale a pena desperdiçar tempo fingindo ser feliz. Melhor aproveitar o tempo se esforçando para ser feliz de verdade.

O importante é se perguntar o que de fato faz você feliz. Onde está sua felicidade?

 

#4: “A felicidade é, por isso, o que está coerente com a sua própria natureza”.

Uma vida feliz está associada a uma vida natural. Quando os potenciais humanos de bondade, generosidade, paz e amor vêm à tona, sentimo-nos bem.

 

#5: “Não se pode pensar que é possível ser feliz procurando 

a infelicidade alheia”.

Uma vida egoísta é uma vida infeliz. Não podemos esquecer que nós, como humanidade, somos um corpo, e se somos um corpo, quando uma célula se prejudica, o corpo todo fica prejudicado.

 

#6: “A vida feliz tem seu fundamento em uma ação simples e segura”.

Pessoas que encontram o porto seguro dentro de si, precisam de muito pouco do lado de fora, porque já possuem dentro aquilo que as realiza.

Aprender a satisfazer-se com a sua própria condição. Olhar para o espelho e sentir-se bem com o que vê. Respeitar, valorizar a sua condição de hoje, de agora.

É fundamental aprender a viver com simplicidade para viver uma vida natural e feliz. Uma vida em que se encontra realização íntima, em que se respeita a própria condição humana, uma vida de valores e de dignidade.

Adaptado de palestra proferida pela Profa. Kelly Aguiar.

 

 

 

 

 

Documentário: Missão: Alegria em tempos difíceis. 

Um olhar profundo sobre a amizade entre o arcebispo 

Desmond Tutu e Dalai Lama, e seus esforços para conduzir 

a vida com alegria, mesmo diante das adversidades.

Disponível na Netflix.

Livro: A felicidade, desesperadamente. Andre Comte-Sponville. 

No livro encontramos lições de Epicuro, dos estóicos, de Buda 

e de outros grandes nomes da filosofia oriental e ocidental 

sobre a felicidade.

Artigo: A tirania da felicidade. “...Facilmente ouvimos a expressão 

“eu só quero ser feliz”. No entanto, o problema, na maioria das vezes, não é não termos felicidade, mas antes a incapacidade de...” Vale a pena conferir na íntegra.  

Podcast: Sobre a necessária busca da felicidade. A felicidade pode ser vislumbrada por diversos pontos de vista, tão variáveis que por vezes a sua busca pode se perder, ao ser associada a elementos temporais e perenes, como a simples ideia de conforto e satisfação. 

Participantes: Hinaldo Breguez e Pedro Guimarães

Evento gratuito: O despertar da vida interior. 

Passamos por dificuldades, crises, dúvidas e muitas vezes não sabemos onde buscar respostas. Por vezes esquecendo de que também há um universo de sabedoria que vem do saber 

escutar o próprio coração. 

Mostra gratuita presencial do Curso de Filosofia, dia 20/03, às 20h.

Apreciação Artística #1: No jardim. Frederick Morgan (1847-1927). Foi um pintor inglês de paisagens e retratos, em sua maioria de crianças, animais e cenas domésticas e rústicas. Era conhecido por suas temáticas de gênero (cenas da vida cotidiana, romantizadas ou idealizadas) e idílicas.

Apreciação Artística #2: Sonata N° 17 em C Maior. 

Mozart, 1778. Mozart compôs essa sonata já após sua infância, inspirado pelas sonatas para violino de Joseph Schuster, muito populares na época. Ela traz um momento alegre e energético, seguido de um momento calmo e sereno, finalizado por outro momento de alegria, o que traduz bem em música a euforia que sentimos com coisas que nos alegram.

 

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