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EXPOSIÇÃO BRASIL-HAITI INAUGURADA EM
WASHINGTON, DC
(textos em três idiomas)
De: "Coimbra, Luiz"
Data: Fri, 24 Feb 2006 17:51:55 -0500
Assunto: Exposição Brasil-Haiti em Washington,
DC
Estamos encaminhando, em anexo, textos relativos
à exposição "Encontros e Reencontros na Arte
Naïf: Brasil - Haiti", que foi inaugurada hoje
no edifício sede da OEA, em Washington.
TEXTO EM TRÊS IDIOMAS
Haiti is a Latin American
country whose people share various cultural,
ethnic, and social similarities with Brazilians.
Anyone whowishes to see just how culturally
close Brazil and Haiti are needonly examine,
side-by-side, the naïve art created in both
countries.Haiti has produced world-renowned
painters such as HectorHyppolite, Joseph Pierre
and Préfète Duffaut.Brazil, in turn, is
increasingly becoming an important point of
reference on the international stage, with
artists as signifi cant as Gerson, Elza O.S.,
Lia Mittarakis and Miranda. All these artists
are represented in this catalogue.
It was
precisely in order to raise awareness of this
cultural closeness that the two countries have
decided to cooperate in organizing a traveling
exhibit of naïve art. This exhibit seeks to
trace the roots, infl uences and directions of
naïve art in Brazil and Haiti. Once works of art
of some of the masters of Haitian painting had
been selected, paintings were chosen from the
collection of the International Museum of Naïve
Art in Rio de Janeiro that could demonstrate
counterparts in Brazilian art. Also, the exhibit
displays photographs showing aspects of the
current situation in Haiti and the Brazilian
presence in that country.
Ministry of External
Relation
Haïti est un pays d’Amérique
Latine, son peuple partage de nombreuses
essemblances avec celui du Brésil : culturelles,
ethniques et sociales. Il suffi t, pour celui
qui veut savoir à quel point le Brésil et Haïti
sont proches culturellement l’un de l’autre, de
mettre côte à côte l’art naïf développé dans les
deux pays. Haïti a produit
des peintres connus dans le monde entier, comme
Hector Hyppolite, Joseph Pierre et Préfète
Duffaut. Le Brésil à son tour est en train de
devenir une référence de poids sur la scène
internationale, avec des artistes de l’acabit de
Gerson, Elza O.S., Lia Mittarakis et Miranda.
Tous ces artistes sont représentés dans ce
catalogue.
Ainsi, à
ce propos, pour diffuser cette proximité
culturelle, les deux pays ont décidé d’organiser
une exposition itinérante d’art naïf. Ils ont
cherché à souligner les racines, les influences
et les chemins de l’art naïf au Brésil et en
Haïti. Une fois que les ¦uvres de certains
maîtres de la peinture haïtienne ont été
sélectionnées, d’autres tableaux ont été choisis
dans les fonds du Musée International d’Art Naïf
de Rio de Janeiro, pour mettre en évidence un
contrepoint dans l’art brésilien. De plus, des
photographies montrant des aspects de la réalité
haïtienne et la présence brésilienne dans ce
pays ont été présentées.
Ministère des Affaires
Étrangères
O Haiti é um país
latino-americano cujo povo compartilha com o
brasileiro diversas
semelhanças culturais, étnicas e sociais. Quem
quiser ver o quanto o Brasil e o Haiti estão
próximos um do outro culturalmente basta
colocar, lado a lado, a arte naïf desenvolvida
nos dois países. O Haiti produziu pintores
mundialmente conhecidos, como Hector Hyppolite,
Joseph Pierre e Préfète Duffaut. O Brasil, por
sua vez, vem-se tornando uma referência de peso
no cenário internacional, com artistas do porte
de Gerson, Elza O.S., Lia Mittarakis e Miranda.
Todos esses artistas estão representados neste
catálogo.
Foi justamente para
divulgar esta proximidade cultural que os dois
países decidiram organizar conjuntamente uma
mostra itinerante de arte naïf. Buscou-se
cotejar as raízes, as influências e os rumos da
arte naïf no Brasil e no Haiti. Uma vez
selecionadas obras de alguns dos mestres da
pintura haitiana, foram escolhidos, do acervo do
Museu Internacional de Arte Naïf do Rio de
Janeiro, quadros que pudessem mostrar um
contraponto na arte brasileira. Foram incluidas,
ainda, fotografias sobre aspectos da realidade
haitiana e da presença brasileira naquele país.
Ministério das Relações Exteriores
EXPOSIÇÃO - “Encontros e Reencontros na Arte
Naïf: Brasil-Haiti”
A arte naïf se
confunde com a história do Haiti. Desde a
chegada de Cristóvão Colombo em 1492, as
epidemias trazidas da Europa que causaram a
morte dos índios Arawack, primeiros habitantes
do lugar, passando pela religiosidade e sua
cultura, tudo foi registrado pelos pintores
primitivistas daquele país. No Haiti, a pintura
naïf é usada como uma fotografia de sua
história. Dotados de uma riqueza artística
mágica, pintores do Haiti e do Brasil estão
entre os cinco principais centros de criação no
panorama internacional da arte naïf.
Em
um momento em que o Brasil mantém 1200 homens em
operação de paz no Haiti, a Minustah e o
Ministério das Relações Exteriores realizam uma
exposição da arte naïf desses dois países. São
106 obras, 60 do Haiti e 46 do Brasil, que foram
selecionadas do acervo do Museu Internacional de
Arte Naïf do Brasil (MIAN), o maior do mundo no
gênero, localizado no Rio de Janeiro. Além de
quadros, foram selecionados para a exposição
estandartes bordados e esculturas – em madeira e
em ferro batido, ale, de objetos religiosos de
ambos os países e fotografias.
Em geral, os
artistas usam cores alegres e fortes, mas também
fazem críticas sociais e políticas em algumas de
suas obras. As pinturas de Haiti e Brasil ainda
trazem em comum algumas temáticas, como o
futebol. Um dos quadros haitianos retrata o jogo
da paz, realizado em Port-au-Prince, capital do
Haiti, em 2004, com destaque para o jogador
Ronaldinho.
“A exposição
retrata o cotidiano dos povos dos dois países, a
história, a religiosidade, o imaginário de
ambos”, diz a curadora Jacqueline Finkelstein,
diretora do MIAN. Ela destaca que o público verá
em Encontros e Reencontros na Arte Naïf:
Brasil-Haiti“uma “pintura muito
colorida, expressiva, uma arte muito direta e
sincera”. Afinal, naïf é – por definição – arte
“ingênua”.
"O Brasil e o
Haiti têm raízes no continente africano. O
desenvolvimento da arte naïf nos dois países
simboliza esse legado cultural comum. Ver esta
exposição vai ajudar os brasileiros a entender
melhor porque o Brasil está engajado na
reconstrução do Haiti", afirma o ministro das
Relações Exteriores, Celso Amorim.
Também fará
parte da mostra a grande tela, medindo 7,80m X
1,70m de altura, pintada em conjunto por três
artistas brasileiros e três haitianos, numa
praça de Port-au-Prince, como parte das
comemorações do Dia da Paz e da Amizade
Brasil-Haiti, em agosto de 2005. Além do
documentário que foi feito na ocasião,
acompanhando todas as etapas da realização da
obra, desde a montagem da tenda da UM, pelo
Batalhão de Engenharia das Forças Armadas
Brasileiras, até a inauguração, com a
participação do público, que fez desenhos junto
com os artistas.
RELEASE MURAL
Os governos do Brasil
e do Haiti instituíram, em 2004, o Dia da
Amizade Brasil-Haiti, a ser comemorado em 18 de
agosto, que também é o Dia da Paz e a data em
que foi realizado o jogo entre as Seleções de
Futebol dos dois países, em Port-au-Prince.
Dando prosseguimento
às realizações que vêm sendo promovidas pelo
Ministério das Relações Exteriores do Brasil e o
Governo do Haiti, neste ano de 2005, a arte foi
o tema escolhido para a celebração desta data,
em continuidade à exposição realizada no Centro
Cultural Banco do Brasil, em Brasília e na
Fundação Armando Álvares Penteado, em São Paulo,
Encontros e Reencontros na Arte Naïf: Brasil
– Haiti.
Afinal, os dois países
não só estão entre os cinco mais importantes do
mundo no gênero naïf, como as obras destes
pintores, que nunca se viram nem tiveram acesso
ao trabalho uns dos outros, apresentam
extraordinárias semelhanças em cores, temas e
formas, demonstrando nossas heranças culturais
comuns.
Foram selecionados,
dentre tantos pintores importantes, aqueles que
tiveram suas obras expostas na mostra. Sendo
três haitianos e três brasileiros, para
representarem seus países e pintarem uma grande
tela em conjunto, durante cinco dias, em praça
pública, no Haiti.
Representando o
Brasil, Aparecida Azedo, Ermelinda e Ozias e,
representando o Haiti, Préfète Duffaut, Etienne
Chavannes e Frantz Zephirin, trabalharam juntos
sob uma tenda da ONU, construída pelo Batalhão
de Engenharia das Forças Armadas Brasileiras.
Todo o processo foi supervisionado pela curadora
Jacqueline A. Finkelstein, diretora do MIAN -
Museu Internacional de Arte Naïf do Brasil,
acompanhado pelo público e documentado em
vídeo.
No dia 18 de agosto,
estiveram presentes à inauguração da tela o
Embaixador Paulo Cordeiro, representante do
Brasil no Haiti e a Ministra da Cultura e da
Comunicação da República do Haiti, Magali
Comeau-Dennis, entre outras autoridades
brasileiras, haitianas e de diversos países.
Durante toda a manhã,
o público participou intensamente da
comemoração, fazendo desenhos inspirados no tema
da tela e conversando com os artistas e com a
curadora.
Também estiveram
presentes na inauguração as crianças da Escola
Duque de Caxias, fomentada pelo Governo
Brasileiro, que receberam camisetas
comemorativas e jogos de lápis de cor, num
incentivo à criação artística que, apesar de
todos os problemas por que passa o país,
permanece viva, forte e em constante renovação
no Haiti.
A tela, medindo 1,70m
X 7,80m, já foi exposta na sede da ONU, em Nova
Iorque, em novembro de 2005 e permanecerá, em
definitivo, no Haiti, como símbolo da amizade
que une os dois países.
TEXTO CURADORIA EM TRÊS IDIOMAS
Brazil and Haiti meet in this
show. Stories told in a unique fashion by naïve
art exponents bringing both countries together.
The
meeting of these two peoples and cultures,
united by their determination and faith, take us
to find out a naïve universe, full of color,
freedom and bewitchment.
Haitian
brothers naïve artworks meet their counterpoint
in the works specially chosen from MIAN’s
(Brazil's International Museum of Naïve Art) own
collection.
Paintings, sculptures, banners and religious
objects make us plunge into the two countries
art and culture, which are construed by artists
who know too well how to translate emotions by
dipping their brushes into the heart's palette.
Jacqueline
A. Finkelstein
Le Brésil et Haïti se
trouvent dans cette exposition. Des histoires
narrées de manière unique par les exposants
d´art naïf réunissent les deux pays.
La rencontre de la culture
des deux peuples unis par la détermination et
par la foi, nous conduit à la découverte d´un
univers ingénu, rempli de couleurs, de liberté
et d´enchantement.
Les
œuvres naïfs des frères haïtiens ont leur
contrepoint dans les oeuvres spécialement
choisies dans le patrimoine du MIAN- Musée
International d´Art Naïf du Brésil.
Les
tableaux, les sculptures, les étendards et les
objets religieux, nous font plonger dans l´art
et la culture des deux pays, interprétés par les
artistes qui savent si bien traduire les
émotions en trempant leurs pinceaux dans le
coeur.
Jacqueline
A. Finkelstein
Brasil e Haiti se encontram
nesta exposição. Histórias narradas de forma
única pelos expoentes da arte naïf reúnem os
dois países.
O encontro da cultura de
dois povos unidos pela determinação e pela fé,
nos leva à descoberta de um universo ingênuo
repleto de cor, liberdade e encantamento.
As obras naïfs dos irmãos
haitianos têm seu contraponto nas obras
especialmente escolhidas no acervo do MIAN.
Quadros, esculturas,
estandartes e objetos religiosos, nos fazem
mergulhar na arte e na cultura dos dois países,
interpretadas por artistas que tão bem sabem
traduzir emoções, molhando seus pincéis no
coração.
Jacqueline A. Finkelstein |
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