"O homem de bem exige tudo de si próprio; o homem medíocre espera tudo dos outros.” - Confúcio

 

 

A obra de Confúcio, filósofo chinês do século V a.C., é o protótipo do que, no Ocidente, chamamos de “clássico”. Um texto de notável antiguidade, porém, que se relê de geração em geração com os olhos renovados, buscando sempre chaves para iluminar os dilemas existentes no presente.

Os ensinamentos de Confúcio foram o motor de uma silenciosa revolução que deu à civilização chinesa uma ética atemporal.

Confúcio dizia que “uma pessoa não é uma vasilha”; sua capacidade não está limitada como a de um recipiente, mas sim que é infinitamente elástica e adaptável às circunstâncias.

A educação confuciana não era orientada para a especialização, mas para uma formação integral. Supunha-se que, por uma rigorosa seleção com os exames que provassem os conhecimentos do aspirante sobre os clássicos, e seu talento literário, lhe conferiam a preparação suficiente para enfrentar assuntos de governo de um grande território, desempenhando funções de administrador, juiz, polícia, economista, engenharia, militar, etc.

Dos funcionários exigia-se uma excelente preparação física, até mesmo nas provas de ingresso aos postos de trabalho do Estado.

Os funcionários, ademais, deveriam ler e escrever corretamente, apreciar a boa poesia e inclusive escrevê-la, e se esperava também que fossem versados em outras habilidades.

Na época de Confúcio existiam as Seis Artes ou Liu Yi: conhecimento dos ritos, música, escrita, aritmética, arco e flecha e condução de meios de transporte, todas em igualdade de condições.

As pessoas íntegras fazem as coisas de uma forma diferente, disse Confúcio. Essa marca é o destino realizado da Alma quando floresce em uma personalidade corretamente cultivada.

Confúcio aposta em uma ética da excelência; do êxito, fruto de um correto cumprimento do nosso dever. Toda ação deve ter por finalidade a busca da perfeição dos resultados. Isto se relaciona com um sentido profundo de honra e de dignidade como marcas da alma.

Confúcio é uma inesgotável fonte de inspiração, pois nos apresenta um claro modelo de ser humano político, plasmado na figura de um servidor público. É uma ética ativa, entregue ao bem público, encarnada em personagens que se regem por honra e eficácia.

É bom reler Confúcio, pois se orientamos nossa bússola para seu Ideal, provavelmente teremos êxito em quase tudo o que nos propusermos.

 

Adaptado de artigo de José Antonio Ruiz

 

  

Evento gratuito: Lições de Liderança segundo Confúcio. A Profa. Manuela Bittar irá explorar as ideias de Confúcio que atravessaram o tempo e trouxeram grandes ensinamentos aos dias atuais, focando no aspecto da formação integral de um bom líder. A aula é presencial e gratuita, dia 21 de junho, quarta-feira, às 20h, na Nova Acrópole do Lago Norte, em Brasília/DF.

Filme: A batalha pelo Império. 2010. Aborda a vida de Confúcio, importante filósofo que nos inspira a resgatar o valor do ser humano como um ser de virtude, capaz de transformar o seu entorno. Confúcio não apenas unifica uma nação como muda a história da humanidade para sempre. Disponível no Youtube.

Podcast: Confúcio. Conheça mais sobre este grande sábio! Como uma filosofia com mais de 26 séculos de existência pode contribuir para a construção de um ser humano e uma sociedade mais justa nos dias de hoje? Participantes: Jerusa Garay, Uibirá Barreto, Tiago Grandi e Danilo Gomes.

Apreciação artística: Yayue - Música elegante. Nativo da China, o estilo de música e dança Yayue servia a propósitos ritualísticos em templos, além de ser considerado elevado e adequado para as cortes chinesas. A música Yayue aparece nos Analectos de Confúcio, referindo-se a ela como boa e benéfica para o cultivo da vida interior.

 

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