Theresa Catharina de Góes Campos

 

 

 
A Felicidade segundo Aristóteles -  Nova Acrópole Lago Norte 
 

De: Nova Acrópole Lago Norte
Date: seg., 10 de jul. de 2023 às 06:34
Subject: #59 - A Felicidade segundo Aristóteles

 

 

“Quando procuro o que há de fundamental em mim, é o gosto da felicidade que eu encontro”.  – Albert Camus

 

 

Dentre os temas mais abordados por nós, seres humanos, a Felicidade é um dos mais recorrentes, porém, ao dialogarmos sobre a Felicidade, muitas vezes não compreendemos, de fato, o que ela significa, ou ainda, como alcançá-la da maneira mais ética e moral.

Através dos ensinamentos deixados pelo grande filósofo Aristóteles, temos a possibilidade de uma maior reflexão e, quiçá, de uma vivência mais filosófica da Felicidade.

Aristóteles foi discípulo de Platão na Academia em Atenas. Seus estudos abrangem diversos assuntos, como a física, a metafísica, as leis da poesia e do drama, a música, a lógica, a retórica, o governo, a ética, a biologia e a zoologia.

No livro Ética a Nicômaco, obra batizada em dedicatória a seu filho, Aristóteles fala da prática da virtude como meio para a felicidade, que seria o maior objetivo do ser humano.

Assim, toda virtude, quando colocada em prática, gera em nós a possibilidade de autoconhecimento por meio da reflexão. Ao buscar um referencial interno, que funcione como uma ferramenta dentro do cotidiano, nossas ações tendem a ser mais belas, boas e justas, e nós, felizes.

boa notícia é que as virtudes podem ser adquiridas, pois a forma de desenvolvê-las é através da prática de atos virtuosos. Segundo Aristóteles: “nós nos tornamos justos praticando atos justos, temperantes praticando atos temperados, corajosos praticando atos corajosos”.

É na prática das virtudes que encontramos o que é próprio do ser humano, e onde reside a nossa felicidade.

Desta maneira, podemos, no nosso dia a dia, construir nossos projetos de vida, mas principalmente podemos construir nossos Ideais, que é o que de fato nos realiza. E é esta paulatina realização que traz a Felicidade.

“O bem humano é o exercício ativo das faculdades da alma em conformidade com a virtude, ou se houver diversas virtudes, em conformidade com a melhor e mais perfeita delas. (…) de forma a ocupar uma existência completa, pois (…) um dia ou um efêmero período de felicidade não torna alguém excelsamente feliz.” Aristóteles, Ética a Nicômaco. Trad. Edson Bini. Bauru, SP: Edipro, p. 50.

 

Adaptado de diversos artigos da Nova Acrópole Brasil

 

 

 

 

 

Evento gratuito: A Felicidade segundo Aristóteles. A Profa. Renata Peluso irá explorar as ideias de Aristóteles para responder as seguintes perguntas: O que é a Felicidade? É possível conquistá-la? O que nos torna pessoas felizes? A aula é presencial e gratuita, dia 13 de julho, quinta-feira, às 20h, na Nova Acrópole do Lago Norte, em Brasília/DF.

Apreciação poética: Pacto com a Felicidade. Carlos Drummond de Andrade, narrado por Ana Maria Louzada. “De hoje em diante todos os dias ao acordar, direi: Eu hoje vou ser feliz! / Vou lembrar de agradecer ao sol pelo seu calor e luminosidade...” Vale a pena conferir na íntegra.

Livro: Ética a Nicômaco. Principal obra de Aristóteles sobre ética. Examina a natureza da felicidade, argumentando que a felicidade consiste na atividade da alma de acordo com a virtude: as virtudes morais, como coragem, generosidade e justiça, e virtudes intelectuais, como conhecimento, sabedoria e discernimento.

Filme: A árvore da vida. 2011. O filme segue a história de uma família americana comum, especialmente focada no relacionamento entre um pai autoritário e o filho Jack. O filme sugere que a felicidade está intrinsecamente ligada à compreensão de nossa conexão com o mundo ao nosso redor, no reconhecimento de nossa interdependência com a natureza e com os outros seres humanos. Disponível no Prime Video.

Reflexão: A verdadeira felicidade. Sri Ram. “...O estado mais alto de felicidade é àquele onde a consciência é universal, livre como o vento, e pode identificar-se com cada movimento – com o voo de um pássaro, com o tremor de uma folha, com o trabalho de uma formiga...” Vale a pena conferir na íntegra.

Apreciação artística #1: Adorável avó. Max Rentel (1850–1911). Nessa obra alemã, a cena retratada consiste em uma avó e sua neta compartilhando um momento considerado precioso: a transmissão de conhecimento entre gerações. Uma possível interpretação da cena seria a representação da harmoniosa e natural diferença entre a jovem alegria e a madura felicidade, ambas atreladas não só ao tempo, mas também à experiência e, mais importante, aos aprendizados.

Apreciação artística #2: Navegando (Sailing by). Ronald Binge. É uma música leve britânica, composta em 1963, popularmente conhecida por ser tema do programa de previsão do tempo marítimo da rádio BBC. Até hoje, as melodias de Ronald Binge evocam boas e reconfortantes sensações e memórias em milhares de britânicos, sendo associadas muito às paisagens bucólicas do interior da Inglaterra. Assim como as virtudes nos ajudam a nos aproximarmos da felicidade, a melodia que se repete na obra ajudava os navegadores a encontrarem a rádio facilmente, também transmitindo a sensação de calma e leveza reconfortante do movimento das calmas ondas do mar.

 

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