Um
buzzword
está
presente
e em
alta
no
universo
corporativo
ultimamente.
Depois
do
“Great
Resignation”,
agora
estamos
vivendo
o
termo
“resenteeism”.
Você
já
ouviu
falar
deste
conceito?
Após
a
pandemia,
o
mundo
dos
negócios
se
viu
diante
de
constantes
mudanças.
Passamos
pela
era
do
“great
resignation”,
grande
demissão
em
tradução
literal,
uma
tendência
econômica
em
que
os
funcionários
voluntariamente
se
demitiram
de
seus
empregos
por
estarem
insatisfeitos.
Por
exemplo,
nos
EUA,
somente
em
setembro
e
outubro
de
2021
mais
de
8,5
milhões
de
americanos
pediram
demissão
sem
ter
outro
trabalho
engatilhado,
segundo
dados
do
Departamento
de
Trabalho
dos
EUA.
No
Brasil,
este
cenário
chegou
no
início
de
2022.
Foi
em
fevereiro
que
mais
de
500
mil
brasileiros
pediram
demissão,
segundo
levantamento
feito
pela
LCA
Consultores.
O
fenômeno
também
foi
reportado
na
China,
Índia,
Reino
Unido,
Alemanha
e
França.
Isso
aconteceu
porque
o
período
pós
pandêmico
deixou
algumas
heranças:
- Cultura tóxica das companhias
- Insegurança dentro da organização;
- Excesso de pressão;
- Falta de reconhecimento profissional.
Fato
é
que
a
pandemia
mudou
a
forma
como
nos
relacionamos
com
o
trabalho.
O
resultado
disso
para
muitas
pessoas
foi
ressignificar
os
seus
hábitos,
pensamentos
e
essências.
Ou
seja,
recalcular
rota
em
muitos
casos.
Por
outro
lado,
muitos
continuaram
em
seus
empregos
por
necessidade
ou
por
falta
de
alternativas
ou
simplesmente
por
medo
da
mudança.
Esse
comportamento
no
ambiente
dos
negócios
foi
alertado
e
conceituado
como
resenteeism.
O
termo
descreve
o
ato
de
manifestar
infelicidade
e,
mesmo
assim,
permanecer
no
trabalho,
resultado
de
contextos
que
inquietam,
principalmente,
a
geração
Z.
Resenteeism
-
uma
combinação
das
palavras
“Resentment”
(Ressentimento)
e
“Presenteeism”
(Presenteismo).
E
este
comportamento
está
adoecendo
muitas
pessoas
que
se
sentem
presas
em
um
trabalho
que
odeiam,
impulsionando
a
sensação
de
frustração
e de
infelicidade.
Na
prática,
o
ex-funcionário
da
Microsoft
(MSFT),
Alun
Jones,
compartilhou
um
exemplo
de
ressentimento
em
seu
Twitter
na
época
em
que
Elon
Musk
decidiu
voltar
com
o
regime
de
trabalho
100%
presencial:
"Resenteísmo:
quando
você
está
no
escritório
porque
lhe
disseram
para
estar
no
escritório,
apesar
de
saber
que
estaria
trabalhando
mais
se
estivesse
trabalhando
em
casa".
E
digo
mais,
esse
assunto
impacta
negativamente
os
funcionários,
ao
ver
sua
saúde
mental
abalada,
e em
empresas,
que
vêem
reduzir
a
produtividade,
o
clima
e o
engajamento
das
equipes.
De
acordo
com
a
Mental
Health
UK,
o
esgotamento
é um
estado
de
exaustão
física
e
mental,
resultante
do
estresse
de
longo
prazo
em
seu
trabalho.
E
muitos
pesquisadores
acreditam
que
a
verdadeira
causa
do
esgotamento
é o
ressentimento.
Ou
seja,
o
burnout
está
correlacionado
com
o
conceito
de “resenteeism”.
E
como
lidar
com
esse
cenário?
Gosto
de
um
artigo
apontado
pelo
Estadão,
em
entrevista
com
Maíra
Blasi,
especialista
em
futuro
do
trabalho
e
fundadora
da
Subversiva,
consultoria
especializada
em
transformação
organizacional.
Nesta
entrevista,
a
especialista
aponta
algumas
soluções
para
que
o
“resenteeism”
não
faça
mais
parte
dentro
de
uma
cultura
organizacional.
Veja
os
caminhos
possíveis
apontadas
pela
profissional:
1.
Desenvolver
programas
de
desenvolvimento
para
preparar
profissionais
aos
cargos
de
liderança;
2.
Transmitir
feedbacks
de
forma
respeitosa
para
que
seja
possível
identificar
situações
com
desvio
de
comportamento;
3.
As
empresas
devem
criar
diversas
estratégias
para
tornar
o
ambiente
corporativo
seguro
e
inclusivo;
4.
Para
quem
está
passando
por
um
período
que
envolve
“resenteeism”
no
local
de
trabalho,
além
de
procurar
um
novo
emprego
e se
manter
atualizado
em
relação
as
movimentações
no
mercado,
Gonçalves
orienta
criar
uma
rede
de
apoio.
Não
à
toa
o
feedback
humanizado
se
tornou
um
dos
melhores
caminhos
para
driblar
os
desafios
de
uma
cultura
organizacional.
Apostar
em
comunicação
transparente
entre
líderes
e
colaboradores
se
torna
assertivo
na
hora
de
identificar
possíveis
problemas
e
preveni-los
.
Outra
aposta
que
eu
gosto
de
apontar
para
times
e
equipes
é
sobre
impulsionar
uma
cultura
diversa
e de
pertencimento
para
possibilitar
segurança
entre
liderança
e
liderados,
além
de
permitir
que
a
diversidade
abrace
o
ambiente
corporativo,
e
influencie
na
troca
de
experiências
sem
barreiras
culturais,
sociais
ou
de
outro
tipo.
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