Theresa Catharina de Góes Campos

 

 

 
Estar presentes, Ser presente - Nova Acrópole Lago Norte

De: Nova Acrópole Lago Norte
Date: seg., 17 de jul. de 2023
Subject: #60 - Estar presentes, Ser presente

 

 

“Veja o mundo num grão de areia, veja o céu em um campo florido, guarde o infinito na palma da mão, e a eternidade em uma hora de vida.” – William Blake

 

 

Há momentos que revelam uma intersecção do tempo com o atemporal, do finito com o infinito, deste mundo com outro. São momentos que fazem nossa alma vibrar, preenchem a vida e nos transformam.

Na História, há relatos de pessoas especiais que tiveram percepções momentâneas a partir de coisas simples, e que mudaram suas vidas. 

Buda contemplou o Universo em um buquê de flores; Juliana de Norwich 

o viu em uma noz; contam também que Einstein viu a Relatividade enquanto fazia a barba.

No nosso nível, podemos ter pequenos vislumbres de uma realidade mais ampla estando presentes nas coisas mais simples que fazemos. São breves momentos em que sentimos a riqueza e a beleza da Vida, e ficamos em algum grau mais plenos e leves, como se a alma voltasse a respirar novamente.

Podemos observar uma folha balançando ao vento ou uma partícula de pó pairando no ar, e perceber como dançam uma música silenciosa; ou sentir o sol aquecendo nossa pele e perceber como nos abraça e acolhe a todos sem distinção; ou pegar uma fruta no mercado e ouvir dela todo o caminho que ela percorreu para chegar ali e estar à nossa disposição, dando tudo de si mesma.

Podemos ver um desconhecido atravessando a rua ou dirigindo seu carro… e de repente estamos unidos. Somos uma mesma realidade, estamos nos movendo pela vida, vindo de algum lugar, indo para algum lugar. Nos encontramos em nossa trajetória… quiçá sempre tenhamos estado unidos.

Então participamos de um momento único e somos transportados de um tempo comum. É como se nosso Ser se reconhecesse no outro. De repente a Vida começa a falar conosco em sua linguagem peculiar, nos ensinando sobre Ela. Nos sentimos profundamente agradecidos por esse encontro com as mais diferentes formas de expressão da Vida Una. Já não estamos sozinhos.

Quanto mais presentes, mais próximos de nós mesmos, do eterno e do infinito, mais próximos de Deus. São momentos em que estamos realmente despertos e onde podemos vislumbrar a face do que Somos, conversar com a Vida e ter um vislumbre do Universo inteiro.

E não precisamos de um lugar ou momento especial para isso. Todo momento e todo o lugar contém tudo, especialmente os mais simples. Basta estar presentes para encontrar consigo mesmo.

E você? Já se deu de presente hoje?

Filme: Poder além da vida. 2006. Dan Millman é um talentoso ginasta. Seu mundo vira de cabeça para baixo quando conhece Sócrates, um homem misterioso, que ajuda Dan a descobrir que ainda há muito a aprender, e muito mais para deixar para trás, antes de encontrar seu destino. Uma comovente história sobre o poder do espírito humano. Disponível no Prime Video.

Livro: O interesse humano. Sri Ram. O interesse humano não é algo que possa ser manufaturado, mas deve crescer no solo das experiências vivas e nos relacionamentos entre as pessoas. Neste livro, são abordados temas como o senso de valores, amor, felicidade, jogo de opostos, o ponto de vista do outro, juventude, beleza e arte, vida e morte, o homem e o universo, dentre outros.

Evento gratuito: Conhece-te a ti mesmo. O Prof. José Henrique abordará a máxima filosófica mais famosa de todos os tempos: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo”. Conheça os elementos que a tradição filosófica identificou e descubra em que isso impacta nas nossas vidas. A aula é presencial e gratuita, dia 20 de julho, quinta-feira, às 20h, na Nova Acrópole do Lago Norte, em Brasília/DF.

Apreciação artística #1: Dois homens contemplando a lua. Caspar David Friedrich, 1825–30. Foi um dos pintores mais importantes do romantismo. De origem sueco/alemã, passou a maior parte de sua carreira representando a relação poética e profunda entre o ser humano e a natureza. Nessa pintura, ele representa dois homens, que aparentam ser próximos, contemplando a lua, que é emoldurada pelas árvores. Com o ponto de vista do observador (nós) parece ser insinuado que estamos mais atrás no caminho percorrido pelos amigos, que parecem contentes com esse presente dado a eles pela natureza.

Apreciação artística #2: Sinfonia em D maior, no. 6 'Le Matin'. Joseph Haydn, 1761. Essa foi uma das primeiras sinfonias de Haydn, que já demonstrava sua fascinante habilidade como artista. Popularmente conhecido como “A Manhã”, esse primeiro movimento adagio representa muito bem o início da manhã e o nascer do sol. Esse início de um dos ciclos da natureza pode trazer diversas reflexões, inclusive sobre como nós, seres humanos, participamos desses ciclos.

 

 

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