De: Nova Acrópole Lago Norte
Date: seg., 24 de jul. de 2023
Subject: #61 - Tranquilidade interior
“Qualificar diariamente o que
fazemos, tornar melhor tudo o que nos rodeia.
Pôr beleza em tudo, colocar luz em todos os
lugares exteriores e interiores, onde quer que
estejamos.” –
Delia Steinberg Guzmán
Estamos acometidos pela pressa,
pelo tempo que escorre como areia entre os
dedos, pelas mil coisas que temos que
fazer a cada dia, sem que saibamos como
encaixá-las nem em que momento.
Aquele que quer fazer muito, mas
não sabe fazê-lo com ânimo tranquilo, termina
não fazendo nada, fazendo mal ou
mediocremente, deixando insatisfeitos os demais
e a si mesmo.
Portanto, é preciso “ensaiar” a
tranquilidade interior, mas não nos momentos de
urgência, mas justamente o contrário,
quando estamos relativamente em paz.
Devemos integrar bem o que
experimentamos nesses instantes, reconhecê-lo
para poder repeti-lo à vontade; em
princípio sem urgências, até que por fim, quando
as circunstâncias sejam imperiosas, saberemos
retornar a essa tranquilidade, criada com muita
paciência.
Mas, lembremos: a qualidade da
tranquilidade anímica é conquistada nos momentos
de serenidade, quando podemos apreciar
o valor desse estado de consciência. Depois será
possível aplicá-la, quando a velocidade dos
acontecimentos parecerem
uma avalanche sobre nós.
O mesmo acontece em relação à calma
necessária no meio de grandes confusões,
da multidão, que às vezes nos prende, do excesso
de vozes e de ruídos, das pessoas que nos
distraem, das dezenas de perguntas que surgem
daqueles que querem respostas imediatas, da
música indesejada e de tantas outras
circunstâncias que não podemos evitar.
No meio da confusão é preciso
conseguir um retiro de calma, mas isso não se
consegue tão facilmente. É preciso ensaiar antes
a quietude desejada, e fora desses focos de
inquietude. É preciso praticar várias
vezes a calma interior, fazer-se amigo
dela para saber reproduzi-la nas mais diversas
oportunidades.
Do
livro “O que fazemos com a mente e o coração?”,
de
Delia Steinberg Guzmán.
Livro:O
que fazemos com a mente e o coração?Delia
Steinberg Guzmán. Com simplicidade, profundidade
e beleza, Delia recolhe temas fundamentais de
reflexão sobre esta realidade de alma comum a
todos nós, e que bem poderia ser sintetizada em
uma pergunta: o que costumamos fazer com a nossa
mente e com o nosso coração?
Poema:Inefável. Cruz
e Souza. (...) Claros, meus olhos tornam-se mais
claros / E tudo vejo dos encantos raros / E de
outras mais serenas madrugadas! / Todas as vozes
que procuro e chamo / Ouço-as dentro de mim
porque (...). Vale a pena conferir na íntegra.
Vídeo-palestra:O
que a vida espera de mim? Neste
vídeo a Profa. Renata Peluso explora os
ensinamentos do livro "Tomar a vida nas próprias
mãos", de Gudrun Burkhard, que monta um
referencial de maturidade para cada etapa da
vida.
Playlist para
desacelerar:Relaxing
Adagios.Duas
horas e meia de músicas selecionadas, de vários
artistas, para desacelerar e degustar com calma,
sem pressa.
Apreciação
artística: Quarteto
de cordas “A Violeta”.Mozart,
1789. O quarteto de cordas é uma formação comum
na música erudita e é composto por dois
violinos, uma viola e um violoncelo. Este
quarteto traz um clima leve e alegre. É uma
alegria reflexiva e sem grandes sobressaltos,
porém ágil e energética.