“Juventude, divino tesouro, vais-te embora para não voltar. Quando quero chorar não choro e às vezes choro sem querer” – Rubén Darío

 

 

Desta vez não nos vamos nos referir à juventude da alma… à misteriosa «Afrodite de Ouro», a essa bondosa Mãe que nos faz ver a parte bela e boa da Natureza e da Alma.

Mas sim à chamada «juventude», à qual elevamos um trono entre os afortunados. Pois, mais além de toda a reflexão esotérica, é indiscutivelmente a Primavera da vida, cheia de força, vitalidade, cores e demais encantos.

Dirijo-me, então, àqueles que ainda não cumpriram os trinta anos físicos. Sei que esta idade como topo da juventude é arbitrária, mas parece-me a idade mais ajustada, como termo médio a nível mundial.

Em muitos casos, infelizmente, o jovem desperdiça essa «Primavera» da sua vida; escapam-se as rédeas das suas mãos e o seu corpo e os seus sentidos descontrolam-se até caírem em caminhos tortuosos, que deixarão pegadas indeléveis nos anos vindouros.  Ser jovem é uma experiência maravilhosa, que mais se valoriza à medida que envelhecemos.

O jovem deve procurar a paz, mas não esquecer jamais que a paz não é um presente divino, mas sim a obra dos pacificadores. E somente se pacifica quando o mal, o descaramento, a instabilidade estúpida, são vencidos dentro e fora de nós. Como diriam os antigos romanos, há que saber lutar pela paz. E estar constantemente em sua defesa.

Neste sentido, devemos esclarecer, especialmente para os jovens, que a marcha para a libertação, o Nirvana ou como se chamar, não é o estampido de gazelas assustadas.

Libertação, liberdade, é romper cadeias, é acostumar o corpo ao sobresforço, à moderação no sono e à comida; é a psique aventureira que gosta mais dos perigos do que dos psiquiatras; é a mente audaz e desperta para escutar todo o sussurro da Sabedoria.

Ser jovem é ser forte. Forte em todos os sentidos, resistente, tenaz, trabalhador, estudioso e decidido.

Assim, jovens, aproveitem de maneira feliz o tesouro destes anos dourados que têm entre as mãos… Só assim conhecerão algum dia a Afrodite de Ouro… Acreditem: vale a pena!

 

Adaptado de texto de Jorge Angel Livraga

 

 

 

 

 

Evento gratuito #1: Como podemos fazer a diferença no mundo? Aula aberta especial do Programa Janos - Uma Aventura Filosófica para jovens de 15 a 22 anos. Presencial na Nova Acrópole do Lago Norte, dia 17/08, às 19h30.

Evento gratuito #2: Mitologia Nórdica, seus símbolos e valores. Aula aberta especial do Programa Janos - Uma Aventura Filosófica para jovens de 15 a 22 anos. Presencial na Nova Acrópole do Lago Norte, dia 24/08, às 19h30.

Podcast: A filosofia para a formação dos jovens. As antigas culturas, em diversas civilizações, entendiam como “juventude” não apenas os integrantes mais novos em termos de idade, mas também como um estado de consciência jovem, leve e feliz diante das coisas da vida e da morte. Este episódio trata sobre o ser jovem e o processo de formação para manter essa consciência de juventude ao longo de toda a vida. Participantes: Tales Freitas e Pedro Guimarães.

Artigo: Sobre o desinteresse da juventude atual. “Um fenômeno perceptível na juventude de todos os países ocidentais, em maior ou menor grau, é o que poderíamos chamar de desinteresse geral. Há uma tendência – em alguns lugares muito acentuada – a evitar toda forma não só de compromisso com qualquer posição espiritual, política ou religiosa, mas também de qualquer contato que não seja tangencial... Vale a pena conferir na íntegra.

Apreciação artística #1: A viagem da vida: Juventude. Thomas Cole, 1842. A renomada série de quatro partes de Cole traça a jornada de um herói arquetípico ao longo do "Rio da Vida". Assumindo com confiança o seu destino e alheio aos perigos que o aguardam, o viajante audaciosamente se esforça para chegar a um castelo aéreo, emblemático dos devaneios da "Juventude" e das suas aspirações de glória e fama. À medida que o viajante se aproxima de seu objetivo, o fluxo cada vez mais turbulento se desvia de seu curso e o leva implacavelmente para a próxima foto da série, onde a fúria da natureza, demônios malignos e dúvidas ameaçam sua própria existência.

Apreciação artística #2: Sinfonia N^o 3: “Heroica”. Bethoveen. É uma obra musical que expressa o espírito de juventude, coragem e esperança do compositor. A sinfonia tem quatro movimentos, que retratam diferentes aspectos da vida heroica: o primeiro é um allegro con brio, cheio de energia e vigor; o segundo é uma marcha fúnebre, que representa o luto pela morte de um herói; o terceiro é um scherzo, que mostra o lado alegre e brincalhão da juventude; e o quarto é um finale, que celebra a vitória e a glória do herói. Heroica é uma obra revolucionária, que marca o início do período romântico na música, e que influenciou muitos outros compositores. É considerada uma das maiores obras-primas de Beethoven e da história da música.

 

 

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