Theresa Catharina de Góes Campos

 

 

 
Carolina Martins: O papel das lideranças no anti racismo e anti capacitismo: uma missão para empresas inclusivas

De: Carolina Martins via LinkedIn
Date: qua., 30 de ago. de 2023
Subject: O papel das lideranças no anti racismo e anti capacitismo: uma missão para empresas inclusivas
 
Theresa Catharina de GÓES CAMPOS

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O papel das lideranças no anti racismo e anti capacitismo: uma missão para empresas inclusivas

Boas vindas à nossa terceira edição da newsletter em parceria com a Nohs Somos, startup especialista em diversidade, equidade e inclusão (O “S” do ESG). 

Diante da chegada do setembro verde e do novembro negro, nosso papo de hoje é sobre as lideranças inclusivas e seu compromisso com o antirracismo e anticapacitismo nas organizações.

Para enriquecer ainda mais o debate, convidamos Milca da Silva - PcD , consultora e especialista em diversidade e inclusão, com a qual já construímos várias ações e iniciativas na Nohs Somos. 

 

É preciso reconhecer a desigualdade no mercado de trabalho que faz com que pessoas negras, bem como pessoas com deficiência, não estejam plenamente incluídas.

Apesar das pessoas negras comporem 56% da população brasileira (IBGE 2022), elas ocupam menos de 3% dos cargos de diretoria ou gerência no país. Esses dados apontam para a desproporcionalidade na ocupação de cargos para pessoas negras, ainda mais em cargos de decisão e liderança. 

Da mesma forma, a desproporcionalidade atinge pessoas com deficiência e sua inclusão no mercado de trabalho. De acordo com dados de 2019 do IBGE, 7 em cada 10 pessoas com deficiência estão fora do mercado de trabalho. Além disso, a remuneração média é R$1 mil menor do que pessoas sem deficiência.

Diante dessa realidade, é possível confirmar que vivenciamos um problema de desigualdade não apenas de oportunidades de contratação, mas também na remuneração.

 

E qual o papel das organizações diante da transformação social?

Para vivermos em uma sociedade cada vez menos desigual, as organizações precisam compreender seu papel-chave na promoção de oportunidades e inclusão social.

Nesse contexto, as pessoas profissionais que ocupam lugares de tomada de decisão dentro das organizações devem entender sua posição nessa grande missão de transformação social.

A especialista Milca da Silva destaca: “lideranças que são ativas na luta contra o racismo e na promoção da inclusão de pessoas com deficiência desempenham um papel fundamental para construir organizações verdadeiramente equitativas e diversas”.

Quais as vantagens de uma liderança inclusiva?

  • Promoção da Equidade 

Diante de lideranças verdadeiramente inclusivas, há um aumento de até 70 pontos de porcentagem na proporção de pessoas que se sentem altamente incluídas em relação àquelas que não se sentem

  • Vantagem Competitiva

Em empresas inclusivas, há um aumento de 20% na qualidade das tomadas de decisão do time de pessoas lideradas

  • Produtividade

Verifica-se um aumento de 17% na performance das pessoas que integram o time, diante de lideranças inclusivas

 

Mas afinal, o que uma liderança antirracista e anticapacitista deve fazer?

A partir da conversa com Milca da Silva, trouxemos alguns pontos de desenvolvimento para lideranças anti racistas e anti capacitistas:

  1. Compromisso e autorresponsabilidade

Uma liderança verdadeiramente antirracista e anticapacitista deve ser comprometida com esse tema e começar essa responsabilização por ela mesma, incluindo o reconhecimento de seus próprios preconceitos e dificuldades para um planejamento de auto letramento.

  1. Promoção da igualdade

O próximo passo é se comprometer com a promoção da igualdade de oportunidades dentro do seu time, o que inclui tanto o recrutamento quanto o pertencimento e desenvolvimento profissional.

  1. Aprendizado constante

A postura de sensibilidade e abertura constante para aprendizados é essencial. Sabemos que o conhecimento é ainda melhor se partilhado, então é necessário incentivar ações dentro da organização que promovam a diversidade para todo o time. 

  1. Posicionamento 

É preciso combater estereótipos e vieses negativos em situações no dia-a-dia. Diante de situações de discriminação, o posicionamento e o desenvolvimento de estratégias resolutivas é essencial.

  1. Acolhimento

Não basta apenas contratar pessoas negras ou pessoas com deficiência; é preciso criar espaços acolhedores para que possam crescer e pertencer.

Além disso, é importante criar canais seguros de denúncia diante de situações de discriminação.

 

Discriminação é retenção de talentos

Em uma pesquisa do Instituto Ghetto de 2021, 17% das pessoas profissionais negras declararam já ter mudado de emprego por conta de práticas racistas nas empresas.

Esses dados fazem parte de um cenário mais amplo, onde pessoas de grupos sub-representados encontram dificuldades não apenas no acesso às oportunidades de empregabilidade, mas também no pertencimento e permanência devido ao preconceito e discriminação. 

É necessário entender que o capacitismo e o racismo são bloqueadores de talentos, que impedem que pessoas negras, pessoas com deficiência, entre outros grupos sub-representados, consigam pertencer e se desenvolver profissionalmente. 

O compromisso das lideranças anti racistas e anti capacitistas é não apenas pró-igualdade, mas pró-desenvolvimento dos colaboradores, da equipe e da organização.

Assim, as lideranças inclusivas podem criar soluções de desenvolvimento pessoal mais completas, bem como promover ações e interações que respeitam às individualidades e a acessibilidade. O resultado disso é uma cultura mais inclusiva disseminada com o respeito ao indivíduo.

A Nohs Somos está desenvolvendo diversas ações para o setembro verde, mês de protagonismo da conscientização sobre a inclusão de pessoas com deficiência. 

Se interessou pelo assunto? Quer saber mais? Confira a masterclass completa da Nohs Somos sobre liderança antirracista e anticapacitista com participação de Milca da Silva e Gabriel Levi, especialistas em diversidade e inclusão e não deixe de entrar em contato conosco para debater esses temas na sua empresa também.

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