A POLITIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO - Reynaldo
Domingos Ferreira De: Reynaldo Ferreira
Date: sex., 8 de set. de 2023
A POLITIZAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO
"Pode haver honra,
entre ladrões,
mas nunca entre políticos"
David Lean, em "Lawrence da Arábia"
É um verdadeiro atentado contra a vida
democrática da nação brasileira o que certos
membros do Supremo Tribunal Federal estão
perpetrando, isto é, arrastando a Suprema Corte
de Justiça do país para a lama da politicagem
mais deslavada, como bem demonstram aqui dois
articulistas, Isabelle Alonso Panta e J.R. Guzzo,
do jornal "O Estado de S. Paulo". A primeira se
refere a um ministro do STF, que, conforme o que
lhe sopram os ventos do Palácio do Planalto,
sustenta hoje uma tese absolutamente contrária à
que assegurou anteriormente, em outra conjuntura
do pais. Imagine-se o que ele fez, ao longo do
tempo, para ascender à posição, em que hoje se
enncontra.
O segundo articulista mostra, com
propriedade, como a Suprema Corte de Justiça
desceu ao nível de se transformar em escritório
de advocacia do presidente da República, o qual
deverá indicar, para a vaga, que, nos proximos
dias, vai acontecer, alguém que lhe obedeça, de
cabeça baixa, às suas ordens. Já se sabe,
portanto, que aquele que for escolhido terá de
se submeter a rigorosa sabatina, neste sentido.
Quem se habilitará a receber a canga? Vai ser
difícil, muito difícil, portanto, superar essa
situação. E o pior, infelizmente, nao é apenas o
STF, que chafurda na lama!... É todo o Poder
Judiciário, em todos os níveis, que mergulha na
ignomínia de natureza mais revoltante.
De fato, não há um dia, em que não se saiba
de nova notícia de nepotismo, de corrupção e de
procedimentos impróprios, inadequados, em meio
aos magistrados brasileiros. O que estará
acontecendo? Algo precisa, com urgência, ser
mudado na sistemática, tanto para o início da
carreira, como para a ascenção às cortes
superiores de justiça. É um clamor: o Brasil não
pode esperar. Pois, ora são os desembargadores
da Bahia, vendendo sentenças, ora são as juízas,
de primeira instância, de Santa Catarina, sendo
repreendidas por uma ministra do STJ, ora é
também um ministro do STJ, liberando um bandido
do narco tráfico, ora é um desembargador de São
Paulo, inocentando um pedófilo sob o argumento
mais primário possível de que a vítima praticava
a prostituição e estava bêbeda, no momento do
ato. Leiam agora os artigos de Isabelle Alonso
Panta e de J.R. Guzzo, de "O Estado de S. Paulo
".
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