Theresa Catharina de Góes Campos

 

 

 
O jeito estoico de lidar com a culpa - Nova Acrópole Distrito Federal 
 
De: Nova Acrópole Distrito Federal
Date: seg., 18 de set. de 2023 
Subject: #69 - O jeito estoico de lidar com a culpa

 

"Uma pessoa imatura culpa os outros do mal que lhe acontece; uma pessoa que começou a amadurecer culpa a si mesmo; mas uma pessoa madura não culpa nem o outro nem a si mesmo" - Epíteto

 

 

Conforme ensinamentos de Epíteto, grande filósofo estoico do século I d.C., são os nossos sentimentos sobre as coisas que de fato nos atormentam e não as coisas em si, logo, culpar os outros é tolice.

Portanto, quando sofrermos reveses, perturbações ou desgostos, não culpemos jamais os outros, mas nossas próprias atitudes.

As pessoas mesquinhas geralmente atribuem aos outros a culpa por seus próprios sofrimentos. As pessoas comuns atribuem a culpa a si mesmas.

Aquelas que se dedicam a viver uma vida de sabedoria compreendem que o impulso de atribuir culpa a alguém ou a alguma coisa não passa de tolice e que não se ganha nada culpando seja quem for, os outros ou nós mesmos.

Um dos sinais que indicam o início do progresso moral é a extinção gradual da culpa. Passamos a ver como é inútil fazer acusações.

Quanto mais examinamos nossas atitudes e trabalhamos o nosso íntimo, menos estamos sujeitos a ser assolados por tempestuosas reações emocionais nas quais buscamos explicações fáceis para aquilo que nos acontece.

As coisas são simplesmente o que são. As outras pessoas que pensem o que quiserem, não é da nossa conta.

Se não há vergonha, não há culpa.

 

Adaptado do livro “A arte de viver”, de Epíteto

 

 

 

  

Evento gratuito: O jeito estoico de lidar com o medo e as incertezas. Aula aberta e gratuita com a Profa. Manuela Bittar! A aula é presencial na Nova Acrópole do Lago Norte, dia 21/09, às 20h00.

Livro: A arte de viver. Epíteto. Filósofo estoico romano (Séc. I d.C.), legou-nos um Manual para a Vida. Ele nos orienta a caminhar na trilha da verdadeira felicidade, e nos estimula a buscar uma vida ética, apesar de todas as circunstâncias nem sempre favoráveis que nos rodeiam, desafiando que o ser humano busque e encontre o que tem de melhor dentro de si mesmo.

Filme: Brilho eterno de uma mente sem lembranças. 2004. Explora a ideia de apagar memórias dolorosas do passado e explora a complexidade das relações, questionando se é melhor esquecer o passado ou aprender com ele. Embora a culpa não seja o tema central, a busca pela liberação da dor do passado é um elemento importante. Disponível no PrimeVideo.

Música: Concerto para Piano No. 5 em Mi bemol maior, Op. 73. 1809. Essa é uma obra-prima de Ludwig van Beethoven e foi composta quando o artista já estava quase completamente surdo. A filosofia estoica nos ensina que devemos agir de acordo com a razão, os sentimentos elevados e a virtude, e que devemos aprender a aceitar o que está sob nosso controle e reconhecer o que não está. Beethoven é um exemplo dessa força interior, continuando a compor e expressar a beleza de forma admirável, mesmo com todas as circunstâncias desfavoráveis ao seu talento.

Escultura: Estátua equestre de Marco Aurélio.
A escultura representa o imperador romano, que foi um dos mais importantes expoentes da filosofia estoica. A estátua, feita de bronze dourado, mede 4,24 metros de altura e mostra o imperador montado em um cavalo, com a mão direita erguida em um gesto que pode significar clemência, bênção ou vitória. A estátua revela a grandeza e a dignidade de Marco Aurélio, que governou o império com sabedoria, justiça e moderação, seguindo os princípios do estoicismo.

 

 

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