O jeito estoico de lidar com a
culpa - Nova Acrópole Distrito Federal
De: Nova
Acrópole Distrito Federal
Date: seg., 18 de set. de 2023
Subject: #69 - O jeito estoico de lidar
com a culpa
"Uma pessoa imatura culpa os
outros do mal que lhe acontece; uma pessoa
que começou a amadurecer culpa a si mesmo;
mas uma pessoa madura não culpa nem o outro
nem a si mesmo" - Epíteto
Conforme ensinamentos de
Epíteto, grande filósofo estoico do século I
d.C., são os nossos sentimentos sobre as
coisas que de fato nos atormentam e não as
coisas em si, logo, culpar
os outros é tolice.
Portanto, quando sofrermos
reveses, perturbações ou desgostos, não
culpemos jamais os outros, mas nossas
próprias atitudes.
As pessoas mesquinhas
geralmente atribuem aos outros a culpa por
seus próprios sofrimentos. As pessoas comuns
atribuem a culpa a si mesmas.
Aquelas que se dedicam a
viver uma vida de sabedoria compreendem que
o impulso de atribuir culpa a alguém ou a
alguma coisa não passa de tolice e
que não se ganha nada culpando seja quem
for, os outros ou nós mesmos.
Um dos sinais que indicam o início
do progresso moral é a extinção
gradual da culpa. Passamos a ver como é
inútil fazer acusações.
Quanto mais examinamos nossas
atitudes e trabalhamos o nosso íntimo, menos
estamos sujeitos a ser assolados por tempestuosas
reações emocionais nas quais
buscamos explicações fáceis para aquilo que
nos acontece.
As coisas são simplesmente o
que são. As
outras pessoas que pensem o que quiserem,
não é da nossa conta.
Livro:A
arte de viver.Epíteto.
Filósofo estoico romano (Séc. I d.C.),
legou-nos um Manual para a Vida. Ele nos
orienta a caminhar na trilha da verdadeira
felicidade, e nos estimula a buscar uma vida
ética, apesar de todas as circunstâncias nem
sempre favoráveis que nos rodeiam,
desafiando que o ser humano busque e
encontre o que tem de melhor dentro de si
mesmo.
Filme:Brilho
eterno de uma mente sem lembranças. 2004.
Explora a ideia de apagar memórias dolorosas
do passado e explora a complexidade das
relações, questionando se é melhor esquecer
o passado ou aprender com ele. Embora a
culpa não seja o tema central, a busca pela
liberação da dor do passado é um elemento
importante. Disponível no PrimeVideo.
Música:Concerto
para Piano No. 5 em Mi bemol maior, Op. 73.1809.
Essa é uma obra-prima de Ludwig van
Beethoven e foi composta quando o artista já
estava quase completamente surdo. A
filosofia estoica nos ensina que devemos
agir de acordo com a razão, os sentimentos
elevados e a virtude, e que devemos aprender
a aceitar o que está sob nosso controle e
reconhecer o que não está. Beethoven é um
exemplo dessa força interior, continuando a
compor e expressar a beleza de forma
admirável, mesmo com todas as circunstâncias
desfavoráveis ao seu talento.
Escultura:Estátua
equestre de Marco Aurélio.
A escultura representa o
imperador romano, que foi um dos mais
importantes expoentes da filosofia estoica.
A estátua, feita de bronze dourado, mede
4,24 metros de altura e mostra o imperador
montado em um cavalo, com a mão direita
erguida em um gesto que pode significar
clemência, bênção ou vitória. A estátua
revela a grandeza e a dignidade de Marco
Aurélio, que governou o império com
sabedoria, justiça e moderação, seguindo os
princípios do estoicismo.