*Itamaraty está subordinado aos interesses de
tiranias e terroristas*J.R. Guzzo O Ministério
de Relações Exteriores do Brasil deixou de ser
um órgão de Estado, encarregado legalmente de
representar o país e defender os seus interesses
fora das fronteiras nacionais. Deixou, também,
de ser uma organização técnica, profissional e
com uma longa reputação de competência
diplomática. Hoje, no governo Lula, é uma facção
política que promove os interesses ideológicos
individuais dos grupos de esquerda mais radicais
que controlam a máquina pública. Não é mais uma
instituição nacional. Foi transformada em
partido– deixou de servir o Brasil e passou a
servir “causas”.
Essa degeneração, presente desde o último dia
1º de janeiro, chega agora a seu nível mais
extremo: é o apoio virtual do governo Lula,
disfarçado de “neutralidade”, aos ataques
terroristas contra Israel por parte da
organização criminosa que age como representante
do “povo palestino”. Diante de crimes brutais
contra a população civil israelense, condenados
por todas as democracias do mundo, o Brasil pede
que os “dois lados” cessem as “hostilidades” –
como se tivessem os mesmos méritos e não
houvesse um agredido e um agressor.
O verdadeiro ministro do Exterior, e
responsável por todas as decisões relevantes que
são tomadas lá, é um militante político de
esquerda que serve como “assessor internacional”
de Lula. O ministro oficial é uma espécie de
Simone Tebet do Itamaraty; mal se sabe o seu
nome. Quem aparece nas manchetes, nas fotos ao
lado do presidente, nas viagens do primeiro
casal ao redor do mundo, é sempre o outro – e
esse outro é um esquerdista de butique que
continua vivendo em 1960, fala em
“anti-imperialismo” e festeja até hoje o
lançamento do Sputnik.
Suas ideias em matéria de política externa
são um concentrado do que se poderia ouvir numa
assembleia de centro acadêmico estudantil. Ele
acredita que a função estratégica número 1 da
diplomacia brasileira é fazer oposição
sistemática aos Estados Unidos, em primeiro
lugar, e ao capitalismo em geral, logo em
seguida. Sob o seu comando, o Itamaraty
renunciou ao Brasil. As decisões diplomáticas,
lá, têm que ser aprovadas pelo MST, pelos
núcleos “anti-imperialistas” do PT, pela UNE e
por coisas parecidas.
A “Palestina”, nesse ecossistema, tornou-se
uma palavra-chave para a política externa
brasileira de hoje. O chanceler efetivo é um
antigo militante pró-Hamas, e das organizações
que vieram antes dele – grupos que exigem,
oficialmente, a extinção física do Estado de
Israel e dizem que todos os judeus que estão lá
deveriam ser jogados “no mar”. O resto da
atuação internacional do Brasil é o que se vê
todos os dias: hostilidade automática aos
Estados Unidos, à Europa e ao mundo democrático,
e apoio automático a tudo e a todos que sejam de
alguma forma contra eles.
O Brasil de Lula e do seu ministro-assessor
não deve se aproximar dos “países capitalistas”,
das economias livres e das esferas de
prosperidade. Nossos amigos têm de ser a
“Palestina”, com toda a selvageria do Hamas, ou
o Irã, que lhe entrega armas e dólares e foi
declarado como Estado terrorista por todas as
nações democráticas. Nossos aliados têm de ser o
ditador da Venezuela, que é procurado pela
polícia internacional por tráfico de drogas, com
um prêmio de 15 milhões de dólares por sua
captura. Têm de ser Cuba e Nicarágua. Têm de ser
as ditaduras da África. O Brasil não tem uma
“política externa independente”. É um aliado que
se subordina cada vez mais aos interesses de
tiranias, organizações terroristas e criminosos
de guerra.
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