Eu
me
lembro
de
quando
era
criança
e
assistia
a
novelas
ao
lado
da
minha
mãe,
sempre
me
animando
nas
cenas
que
envolviam
mulheres
importantes.
Naquela
época,
minha
definição
de
mulheres
importantes
era
simples:
trabalhar
em
um
computador
em
um
prédio
grande,
usar
salto
alto
e
dirigir
o
próprio
carro.
Eu
me
imaginava
dessa
forma,
e
quando
alguém
me
perguntava
sobre
meus
sonhos
para
o
futuro,
a
resposta
era
imediata:
eu
queria
ser
uma
mulher
importante.
Crescendo
em
uma
cidade
do
interior,
onde
os
papéis
tradicionais
eram
bem
definidos,
com
os
homens
trabalhando
fora
e as
mulheres
cuidando
dos
filhos,
minha
visão
de
sucesso
era
moldada
pelas
"mulheres
importantes"
que
eu
via
na
TV.
Essas
mulheres,
geralmente
secretárias,
desempenhavam
papéis
essenciais,
mas
eu
jamais
sonhava
em
ser
o
chefe
delas
porque
não
imaginava
que
isso
fosse
possível.
A
maior
parte
da
minha
infância
foi
dedicada
ao
sonho
de
ser
secretária,
uma
brincadeira
que
ganhou
vida
quando
meu
pai
me
presenteou
com
um
telefone
de
verdade.
À
medida
que
crescia,
meus
desejos
profissionais
mudavam,
indo
desde
veterinária
até
comissária
de
bordo,
professora
e
bombeira.
No
entanto,
meu
sonho
central
permanecia
inalterado: eu
queria
ser
uma
mulher
importante.
Aos
15
anos,
tomei
uma
decisão
firme
sobre
minha
carreira
e
decidi
que
estudaria
para
ser
psicóloga.
Aos
16,
já
tinha
certeza
de
minha
escolha
e
estava
determinada
a
ser
uma
psicóloga
de
destaque
para
realizar
meu
sonho
de
infância.
Contudo,
aos
16
anos,
vivi
o
momento
mais
desafiador
até
então:
descobri
que
estava
grávida.
Além
do
choque
e do
medo,
enfrentei
o
estigma
cruel
que
a
sociedade
impõe
às
adolescentes
grávidas.
Palavras
maldosas
marcaram
esse
período,
mas
tive
o
apoio
crucial
dos
meus
pais,
que
cuidaram
de
mim
e do
meu
filho
para
que
eu
pudesse
perseguir
meus
sonhos.
Resumindo
uma
história
longa,
entrei
na
faculdade
de
psicologia
aos
17
anos
e me
formei
aos
21.
Na
faculdade,
percebi
que
poderia
ser
uma
mulher
importante
de
diversas
formas,
mas
escolhi
seguir
na
área
organizacional,
alinhando-me
ao
que
sempre
sonhei.
Mudei-me
para
São
Paulo
para
iniciar
minha
carreira,
acreditando
desde
criança
que
as
mulheres
importantes
vivem
em
grandes
cidades.
A
mudança
foi
desafiadora,
especialmente
porque
tive
que
deixar
meu
filho
com
meus
pais
no
interior,
vendo-o
apenas
duas
vezes
por
mês
durante
três
anos.
Trabalhei
incansavelmente
até
conquistar
uma
posição
confortável
e
trazer
meu
filho,
Gui,
para
morar
comigo.
A
chegada
de
Gui
me
impulsionou
a
buscar
ainda
mais
meus
sonhos,
pois
ser
uma
mulher
importante
afetaria
diretamente
a
qualidade
de
vida
que
ele
teria.
Trabalhei
14
horas
por
dia,
sete
dias
por
semana,
mas
gradualmente
percebi
que
o
preço
era
alto
demais.
Ao buscar um sonho de infância, estava perdendo algo irrecuperável: o presente e a presença das pessoas que amo.
Não
foi
fácil
aceitar
que
precisava
desacelerar,
mas
ao
deixar
de
lado
a
obsessão
por
"ser
uma
mulher
importante",
percebi
que
já
era
essa
pessoa
há
muito
tempo.
A
Carol
do
passado
certamente
ficaria
feliz
ao
ver
as
mulheres
das
novelas
refletidas
em
mim
hoje.
Entendi
que
ser
"uma
mulher
importante"
vai
muito
além
de
trabalhar
em
um
prédio
grande
e
dirigir
o
próprio
carro.
Apesar
de
minhas
muitas
ambições
profissionais,
como
ganhar
o
prêmio iBest
na
categoria
Influenciador
de
RH, hoje
tenho
clareza
de
que
a jornada
é
tão
importante
quanto
o
destino.
Mais
do
que
isso,
quem
está
ao
nosso
lado
nessa
jornada
é o
que
realmente
importa.
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