De: Nova
Acrópole Lago Norte/DF
Date: seg., 27 de nov. de 2023
Subject: #79 - Futebol e Filosofia
“Apressa-te a viver bem e pensa
que cada dia é, por si só, uma vida” –
Sêneca
Um famoso treinador, que já não
está mais na ativa, afirmou em uma entrevista
que o futebol é “receber, controlar,
correr e passar a bola”. E se
refletirmos um pouco – nos transformamos em
filósofos conscientes por um instante! – é a
vida.
Recebemos a vida em nosso corpo
ao nascer, vamos crescendo, corremos com a vida,
e logo, chega o momento em que devemos passar a
vida, a bola. Realmente
a vida não deixa de se mover nunca.
O futebol, como esporte, é um
jogo de equipe, por isso, podemos aprender dele valores
humanos, como o sentido do dever, a
solidariedade, a responsabilidade e o
compromisso moral, não apenas com os demais, se
não também, com nós mesmos, e, além disso,
podemos aprender também o valor da fidelidade.
No futebol, todos os jogadores de
cada equipe entram na partida com uma
estratégia: 4-4-2 losango, marcação homem a
homem…; na vida
acontece a mesma coisa.
A filosofia nos ensina que nada
acontece por acaso, se não que tudo
acontece por necessidade, tudo obedece
a uma lei, outra questão é que nós não
conhecemos essa lei. Então dizemos: “Ah, isso
acontece por casualidade”; ou no futebol
diríamos: “o adversário teve sorte”.
Permita-me aqui a nota
futeboleira; quando vemos um jogador de futebol
cobrar uma falta direto ao gol do adversário,
tratando de superar a barreira colocada pelo
rival, e vemos como a bola descreve uma
trajetória parabólica perfeita para se
introduzir no gol do adversário, acreditamos que
isso é sorte?
Não, há muito treinamento e
esforço por detrás desse lançamento. Isto
é algo que podemos aprender do futebol,
a necessidade do esforço para conseguir nossos
propósitos.
Existem futebolistas que, com
apenas a sua presença no campo, colocam ordem em
sua equipe. A alegria de um gol é momentânea,
porém, desfrutar de um jogo de uma equipe pode
durar os noventa minutos da partida. Não
se trata de viver mais ou menos, se trata de
como se vive.
Fazer o que devemos, ser fiel a
nossos valores humanos, tem muito mais
transcendência do que nós podemos imaginar, escolher
entre um comportamento moral e outro imoral vai
definir a solidez de nosso edifício interior, de
nossa essência.
O importante não é ganhar ou
perder, o importante é como se joga. O
importante é escolher uma forma de vida que nos
permita construir um sólido edifício interior,
com uma profunda base moral.
Adaptado de artigo de Manuel
Garcia M. para a Revista Esfinge
Vídeo-palestra:A
conduta moral que embeleza a vida. A
conduta moral do ser humano, quando este busca
valores, virtudes e sabedoria, quando possui um
caráter bem formado, quando é integro e digno,
faz com que seu comportamento seja como que uma
obra de arte. Palestra inspiradora proferida
pela Profa. Lúcia Helena Galvão.
Filme:Nyad.2023.
Conta a impressionante e inspiradora história da
nadadora Diana Nyad que, aos 60 anos de idade,
decidiu realizar seu grande sonho: cruzar os 177
Km de mar aberto entre Cuba e a Flórida. Nyad é
vista como um exemplo de determinação,
resistência e perseverança, inspirando milhões
de pessoas ao redor do mundo, mas garante que
nunca teria chegado a qualquer lugar sem as
pessoas que estavam ao seu lado. Disponível no
Netflix.
Livro:A
conduta da vida. Ralph
Waldo Emerson. O autor foi um renomado filósofo,
ensaísta e poeta americano. "A conduta da vida",
de 1860, é sua sétima coletânea de ensaios, que
busca responder a pergunta: “Como devo viver?”
Pintura:Aquiles
apresentado a Nestor. Joseph
Desire Court. A obra retrata um momento
significativo dos jogos fúnebres realizados em
homenagem a Pátroclo durante a Guerra de Tróia.
Os jogos fúnebres, uma série de competições
atléticas similares aos jogos olímpicos, não
foram apenas uma homenagem ao herói falecido,
mas também um reflexo do profundo respeito ao
simbolismo do espírito olímpico. Nesta cena,
Aquiles, o maior guerreiro, apresenta a Nestor,
o sábio rei de Pilos, um prêmio especial: a
Sabedoria. Apesar de Nestor não ter participado
dos jogos devido à sua idade avançada, o ato
demonstra que acima da força física e do
heroísmo estão as virtudes
Música:Olympic
Fanfare and Theme. John
Williams. Esta música foi composta para os Jogos
Olímpicos de 1984 em Los Angeles, e se tornou um
dos temas mais conhecidos e usados em eventos
olímpicos. A música usa o modo dórico, que era
considerado pelos gregos como o modo da
dignidade e da seriedade. Esta bela obra é uma
homenagem aos valores e aos princípios que
inspiraram os Jogos Olímpicos, e que continuam a
inspirar os seres humanos na busca pela harmonia
e unidade.