A Federação Nacional
dos Jornalistas (FENAJ) e seus 31
Sindicatos filiados
lançaram, durante o 22º
Encontro Nacional de Jornalistas em
Assessoria de Imprensa (ENJAI),
a campanha “Assessor
de Imprensa é Jornalista”.
O evento, que reuniu cerca de 250
participantes de todas as regiões do
país, reorganizou nacionalmente a
luta pelos direitos dos
profissionais do segmento que
emprega 43,4% dos operários da
notícia com atuação fora da mídia no
Brasil.
“A realização do
ENJAI em Salvador marca a
reorganização da luta pelos direitos
dos assessores de imprensa em nível
nacional”, afirma a presidenta da
FENAJ, Samira de Castro. “Neste
evento, conseguimos reafirmar, por
meio das discussões nos painéis e na
plenária, que a assessoria de
imprensa é sim lugar de produção de
informação de interesse público e,
portanto, local de trabalho de
jornalistas”, completa.
Para recompor os
direitos dos trabalhadores desse
segmento, a plenária do ENJAI
aprovou três teses da FENAJ, que
trazem as diretrizes da luta
organizada da categoria. Entre as
ações prioritárias estão a
atualização do Decreto-Lei nº 972,
de 17 de outubro de 1969, que dispõe
sobre o exercício da profissão de
jornalista, para inclusão, entre
outras, da função de assessor(a) de
imprensa.
“Também está entre as
prioridades a luta pela aprovação da
Proposta de Emenda Constitucional
(PEC) 206/2012, que restabelece a
obrigatoriedade de formação superior
específica em Jornalismo, além de
projetos como o de criação do
Conselho Federal de Jornalistas”,
comenta a presidenta da Federação.
Samira acrescenta que
os participantes do ENJAI mostraram,
ainda, muitos problemas que acometem
os assessores de imprensa, tanto no
setor privado quanto no serviço
público e nas organizações do
terceiro setor. “As situações vão
desde a negativa de um vínculo
formal, passando por assédios e
muitas situações de exploração”.
Folder
divulga direitos
A campanha Assessor
de Imprensa é Jornalista conta
com um folder
explicativo sobre os
direitos dos profissionais deste
segmento. O principal deles diz
respeito à jornada especial de
trabalho de 5 horas/dia, que é
negada pelos empregadores por meio
da contratação com nomenclaturas
como “analista de comunicação”.
“Na verdade, os
empregadores querem descaracterizar
o trabalho dos jornalistas nas
assessorias de imprensa para
precarizar a contratação, ampliar a
jornada e promover o acúmulo de
funções”, completa Samira de Castro.
Para ela, a partir da visibilidade
dos direitos, os jornalistas vão
poder cobrar seu cumprimento, via
sindicatos.
Acesse
o folder da campanha AQUI