Reynaldo Domingos Ferreira: O
PAÍS DOS ANALFABETOS
De: Reynaldo Ferreira Date:
qua., 6 de dez. de 2023 Subject: Fwd: Prova
mundial mostra resultado lógico: o atraso
educacional brasileiro
REPASSANDO: O PAÍS DOS
ANALFABETOS
Subject: Prova mundial mostra
resultado lógico: o atraso educacional
brasileiroA ruína do ensino brasileiro não vem
só da pandemia, do uso do celular em aula,da
falta de investimento em educação, como
diagnosticam os jornalistas abaixocitados,
comentando a avaliação - específica do ensino de
Matemática -, do Pisa, do qual o Brasil
participa há duas décadas, sob cinco
presidentes, como lembra, em seu comentário,
Josias de Souza. É evidente que todos esses
fatores contribuem - e muito - para a derrocada
da educação brasileira.
Mas, antes de tudo, é preciso
também ponderar, considerar, como alguns
teóricos de ensino mexicanos já o fizeram,
corajosamente, pode-se dizer, os malefícios
causados pelo método da tal "Pedagogia do
Oprimido ", preconizada pelo educador e filosófo,
tido como Patrono do Ensino Brasileiro,o
pernambucano, Paulo Freire.
Foi, na verdade, desde a
implantação desse método em nossas escolas -
que, entre outras coisas, baniu a leitura de
autores clássicos, em aula - que a educação,
entre nós, começou a decair. Como resultado,
ninguém mais, no Brasil, gosta de ler. Livrarias
e editoras estão sendo fechadas.
Há professores que dizem não
tolerar a leitura sequer deum romance. Há
médicos que não sabem escrever, e mal
conseguemler as bulas dos medicamentos, que têm
de prescrever aos seuspacientes. Há presidentes
que, abertamente, confessam, nuncahaver lido um
livro. E ministros da Educação que cometem
erroscrassos de ortografia, além de regência de
verbos. E vai por aí!
Conheço um Personal Trainer,
que tem o nome raro de um fortepersonagem de
William Shakespeare. Surpreso, e curioso,ao
mesmo tempo, pois admiro muito o aludido
personagem,quando ele me disse, perguntei quem
lhe havia dado o nome, o pai ou a mãe? Ele me
respondeu que foi o pai, esclarecendo-me, em
seguida, que ele - de outra geração,
naturalmente, anterior, como acredito à
aplicação do método de Freire - gosta de ler,
principalmente as obras de Shakespeare, o que
não é o caso dele, conforme acrescentou, que
nunca teve a curiosidade de ler a obra, da qual
originou o seu nome.
Na semana passada, tivemos,
por exemplo, pelos jornais, a notícia de que
alguém foi preso e condenado, no Sul do País,
sob a acusação de haver cometido um crime,quando
tinha apenas dez anos de idade.
A simplória alegação, dada,
posteriormente,tanto pelos membros do ministério
público, como pelo "digníssimo" magistrado,
julgador da causa, foi a de que " não perceberam
isso". Para não dizerem, certamente, que sequer
tiveram o cuidado de ler os autos do
processo!... A leitura é fundamental!Quem não
lê, nada sabe e também não quer nada, de
nada,tem memória enfraquecidae não sabe
enfrentar a solidão.Como diria Sherlock Holmes:
"Elementar, meu caro Watson!... Ora, ora, ora!
R.D.F.
Sete a cada 10 alunos brasileiros de 15
anos não sabem o mínimo esperado de
matemática, segundo o Pisa 2022 |
Fernando Moraes/Folhapress |
Prova mundial mostra
resultado lógico: o atraso educacional
brasileiro |
Roger Modkovski
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Sete a
cada dez estudantes brasileiros de 15
anos não
sabem o mínimo esperado de matemática,
segundo o Pisa 2022 — principal
avaliação de educação básica no mundo.
Eles não conseguem fazer contas simples,
comparar qual de duas rotas é a maior ou
resolver equações básicas, por exemplo.
Em outro recorte do
levantamento, 8 em cada 10 alunos
brasileiros disseram que se distraem com
o celular em sala de aula. Eles tiveram
um desempenho pior em matemática do que
os que não usam o aparelho.
O Pisa é aplicado a
cada três anos pela OCDE (Organização
para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico), que reúne países e parceiros
para discutir políticas públicas
dedicadas a estimular o desenvolvimento
econômico no mundo. São avaliados
conhecimentos em matemática, leitura e
ciências -nesta edição, a matemática foi
o foco.
Para o colunista
Rodrigo Ratier, os resultados mostram,
primeiro, o impacto negativo da pandemia
do coronavírus sobre
a educação em todos os países, Brasil
inclusive. Também comprovam que a
persistência do mau desempenho
brasileiro é decorrência
óbvia do baixo investimento em educação
no país. "Há
lógica no processo: insanidade é fazer
sempre a mesma coisa e esperar
resultados diferentes", conclui.
E Josias
de Souza lembra
que o Brasil participa há duas décadas
da avaliação, sob cinco presidentes
diferentes, e consegue manter resultados
estáveis e ruins. Segundo ele, o Pisa "expõe
a raiz do atraso brasileiro",
que é nossa "ruína educacional".
Rodrigo Ratier: Pisa:
esperar resultado diferente fazendo
igual é loucura
Josias de
Souza: Ruína
educacional evidencia vocação para a
mediocridade |
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