LUÍZA CAVALCANTE CARDOSO: O DEEPFAKE: O MONSTRO
DA MANIPULAÇÃO! De: LUÍZA CAVALCANTE CARDOSO
Date: qua., 27 de dez. de 2023
Subject: informação
O DEEPFAKE: O MONSTRO DA MANIPULAÇÃO!
Algum tempo atrás me surpreendi com um vídeo
no qual Donald Trump aparecia cantando um bolero
em espanhol. Não acreditei no que via, pois
acompanhava a sua trajetória e lera um livro
sobre sua atuação na Casa Branca. Nada indicava
que Donald Trump faria tal coisa. Tratava-se de
um vídeo falso. No site da Usina de Informação
encontramos um artigo bem interessante sobre a
Deepfake. Comentando, inicialmente, que é um
forte aliado da desinformação. Ganhando
importância nos meados de 2017 ao utilizar a IA
(Inteligência Artificial) para criar vídeos
falsos, nos quais as pessoas falavam ou faziam
ações que nunca haviam realizado. Ou seja,
através da manipulação de conteúdos, o que se
pretende atingir é a honra, a reputação de
celebridades. Em todos os campos de atuação,
principalmente na arena política.
Em relação ao campo político, a quem
interessa propagar mentiras em lugar de
participar do processo democrático de debates de
ideias e soluções para o país? Interessa aos
despreparados, aqueles sem capacidade de diálogo
e conhecimento da realidade nacional. Interessa
aos antidemocráticos, por natureza. E aos sem
caráter. Então, para estes e o nível de seus
eleitores, é mais fácil seduzir através de
mentiras. Provavelmente, uma turma que não gosta
de pesquisar, avaliar e investigar. Então, as
mentiras serão o fundamento de sua opção e
atuação políticas.
O fato é que estamos diante de uma das mais
sérias estratégias de manipular informações,
influenciando cidadãos com mentiras e podendo
causar uma série de problemas. Tanto na arena
política nacional como internacional. Em 2016 as
eleições americanas sofreram uma forte
influência das deepfakes. Certamente aconteceu o
mesmo aqui no Brasil. E o fenômeno deve se
repetir em 2024, quando haverá eleições em
várias partes do mundo. Uma das formas de defesa
contra a manipulação e a disseminação de
mentiras foi a divulgação de vídeos falsos,
mostrando para a população formas de
identificá-los. Assim, Jordan Peele, ator,
cineasta e ganhador do Oscar, produziu um vídeo
de Barack Obama chamando o Donad Trump de “um
idiota total e completo.” O que ele nunca diria,
pelo menos na forma como foi apresentada.
Ainda segundo a Usina de Informação, algumas
dicas podem ajudar os eleitores a identificarem
um vídeo falso: comparar o movimento da boca com
o que está sendo dito; estar atento à velocidade
do vídeo, pois deepfakes são mais rápidas;
reparar no tom de voz e na qualidade do vídeo. E
verificar o movimento dos olhos, uma vez que é
impossível controlar com perfeição este
movimento nos vídeos falsos.Ao final, vale
lembrar: quem apela para a mentira como
estratégia para ganhar as eleições? Os sem
caráter e despreparados para o debate
democrático. Como a sociedade pode se defender?
Exibindo vídeos falsos e analisando os
problemas, em relação à forma e à substância do
discurso em sua veracidade. E, por fim, nos
mantendo bem-informados para analisar o que nos
transmitem. Boa sorte para todos nós. (dez/2024/luiza) |