Terceira matéria sobre
emprego formal de
jornalistas mostra que
mais de um quinto
(22,9%) dos empregados
com carteira assinada
ganhava até dois
salários mínimos
A
remuneração média
nominal geral do
conjunto dos
trabalhadores nas
funções de Jornalismo,
em 2021, foi de R$
5.745,3, segundo dados
da Relação Anual
de Informações Sociais (RAIS).
A informação faz parte
de uma pesquisa inédita
realizada pelo
Departamento
Intersindical de
Estatísticas e Estudos
Socioeconômicos
(Dieese), a pedido da
Federação Nacional dos
Jornalistas (FENAJ).
Conforme
o Dieese, com base na
análise da remuneração
média da categoria, é
possível identificar
grande disparidade
salarial entre os
empregados. Na
distribuição por
faixas de salário-mínimo
(Tabela 5), é possível
notar que os
trabalhadores estão
concentrados
principalmente nas
faixas iniciais, entre
até quatro salários
mínimos (mais da
metade deles, com 53%),
e que mais de um quinto
(22,9%) ganhava até dois
salários mínimos.
Remuneração média de
assessor de imprensa é
segunda mais baixa
O
levantamento mostra,
ainda, que as funções
ligadas ao jornalismo
impresso são as que têm
as mais baixas
remunerações médias.
Assim, Editor de Texto e
Imagem (R$ 3.208,27),
Revisor de Texto (R$
3.775,54) e Arquivista
Pesquisador (R$
3.845,48) são as funções
com menores
remunerações.
Um dado
que chama atenção é o da
remuneração médio dos
profissionais que atuam
com Assessor de
Imprensa, de R$
3.562,49, ficando com a
segunda remuneração
média mais baixa entre
19 as funções
pesquisadas.
Para a
presidenta da FENAJ,
Samira de Castro, a
baixa remuneração média
dos assessores de
imprensa preocupa porque
um terço da categoria
no país (34,95%) atua
fora da mídia, segundo a
pesquisa Perfil do
Jornalista Brasileiro
2021. E desse total,
43,4% declaram que sua
atividade principal é
realizada em assessorias
de imprensa.
“REALIZAMOS
RECENTEMENTE O 22º
ENCONTRO NACIONAL DE
JORNALISTAS EM
ASSESSORIA DE
IMPRENSA E
PUDEMOS CONSTATAR A
NECESSIDADE DE
ORGANIZAÇÃO DESTE
SEGMENTO
PROFISSIONAL PARA
FORTALECIMENTO DA
ATUAÇÃO SINDICAL EM
BUSCA DE DIREITOS
BÁSICOS E ESSENCIAIS
COMO O
RECONHECIMENTO DE
VÍNCULO EMPREGATÍCIO
E A GARANTIA DE
CUMPRIMENTO DA
JORNADA ESPECIAL DE
CINCO HORAS DE
TRABALHO”, COMENTA
SAMIRA DE CASTRO.
A
dirigente sindical
reforça que a
remuneração média não se
trata de piso e sim da
soma
dos
valores declarados pelos
contratantes dividida
pelo total de
jornalistas empregados
com carteira assinada.
“Sabemos que, em relação
a pisos salariais, há
uma disparidade
muito grande no país.
Por isso, lançamos a Campanha
Salarial Nacional
Unificada dos
Jornalistas 2024,
que tem o objetivo de
fortalecer as ações dos
sindicatos nas
negociações coletivas
deste ano”, pontua.
(*)
ocupações/funções
somente para os setores
de Jornais e Revistas, e
Rádio e TV