Quando a
mulher fica
doente, o
marido "cai
de cama"
Estudo
americano
aponta o
estresse e a
solidão como
fatores
determinantes
para doenças
graves na
terceira
idade
Estudo
desenvolvido
na
Universidade
de Harvard
(Estados
Unidos),
revela que
quando as
esposas
sofrem de
doenças
degenerativas
ou se
encontram
internadas
no hospital,
é comum os
maridos
caírem de
cama – não
sendo raro
partirem
antes que a
paciente.
Pesquisadores
coordenados
pelo
professor
doutor
Nicholas
Christakis
apontam o
estresse e a
perda da
companhia e
de ajuda nas
atividades
de rotina
como fatores
determinantes
para o
aparecimento
de doenças
graves na
terceira
idade. "O
marido pode
literalmente
morrer de
tristeza não
somente
quando a
esposa
falece, mas
também
quando ela é
internada
para
tratamento
de uma
doença
grave,
permanecendo
vários dias
no hospital.
O contrário
também é
verdadeiro",
diz o
coordenador.
Mais de 500
mil casais
de idosos
foram
estudados em
um período
de nove
anos. Os
resultados
impressionam:
houve um
aumento de
4,5% nos
óbitos de
maridos que
tiveram suas
esposas
hospitalizadas;
já entre as
mulheres,
esse aumento
é de 3%. Nos
episódios em
que a esposa
doente veio
a falecer,
houve um
aumento de
21% em
espisódios
enolvendo os
maridos,
como
acidentes,
suicídios,
infecções e
surgimento
de doenças
como o
diabetes.
Entre as
esposas, o
aumento foi
de 17%.
"Especialmente
na terceira
idade,
quando os
filhos já
são adultos
e não moram
mais com os
pais, é
comum o
cônjuge ser
internado
pouco depois
de sua
parceira dar
entrada no
hospital. Já
houve casos
de a
companheira
ir para a
UTI, o
marido ir
visitá-la –
mostrando-se
bastante
sofrido, com
reações
emocionais
de muita
tristeza,
choro,
entrega ao
desânimo –
e, na
seqüência,
adoecer e
falecer
antes da
companheira
que estava
na UTI", diz
Sandra
Mazutti,
psicóloga do
Hospital
Paulistano.
Segundo a
psicóloga,
os homens
parecem ter
menos
recursos
internos
para lidar
com a
eminência da
perda, o que
acaba
gerando mais
sofrimento
e,
conseqüentemente,
a doença.
"Tem-se
mostrado
cada vez
mais
importante o
acompanhamento
psicológico
não só do
paciente que
se encontra
internado ou
em
tratamento,
mas das
pessoas a
ele
ligadas e,
principalmente,
do cônjuge",
diz Sandra. |