| Em abril 
																		de 2020, 
																		quando 
																		era 
																		governador 
																		da 
																		Bahia, 
																		Rui 
																		Costa 
																		(PT) 
																		assinou 
																		um 
																		contrato 
																		de R$ 48 
																		milhões 
																		para a 
																		compra 
																		de 
																		respiradores 
																		pulmonares, 
																		no 
																		início 
																		da 
																		pandemia 
																		da Covid-19. 
																		O 
																		resultado 
																		foi um 
																		completo 
																		prejuízo 
																		aos 
																		cofres 
																		públicos: 
																		o 
																		pagamento 
																		foi 
																		feito de 
																		forma 
																		adiantada 
																		a uma 
																		empresa 
																		que não 
																		tinha 
																		nenhuma 
																		experiência 
																		no tema, 
																		os 
																		respiradores 
																		nunca 
																		foram 
																		entregues 
																		e o 
																		dinheiro 
																		não foi 
																		devolvido. A 
																		Polícia 
																		Federal 
																		abriu 
																		uma 
																		investigação 
																		sigilosa 
																		naquele 
																		mesmo 
																		ano, 
																		após 
																		surgirem 
																		os 
																		primeiros 
																		indícios 
																		de 
																		envolvimento 
																		de Rui 
																		Costa 
																		com o 
																		negócio. 
																		Mesmo 
																		com a 
																		apuração 
																		em 
																		andamento, 
																		ele foi 
																		nomeado 
																		ministro 
																		da Casa 
																		Civil no 
																		início 
																		do governo 
																		Lula. Desde 
																		o ano 
																		passado, 
																		comecei 
																		a 
																		levantar 
																		detalhes 
																		sobre a 
																		compra 
																		dos 
																		respiradores. 
																		Conversei 
																		com 
																		diversos 
																		personagens 
																		envolvidos 
																		na 
																		celebração 
																		do 
																		contrato 
																		e com 
																		fontes 
																		que 
																		acompanharam 
																		os 
																		diversos 
																		estágios 
																		da 
																		investigação. Ao 
																		longo 
																		dessa 
																		apuração, 
																		fiquei 
																		sabendo 
																		que a 
																		empresária 
																		responsável 
																		pelo 
																		negócio, 
																		Cristiana 
																		Taddeo, 
																		havia 
																		assinado 
																		um 
																		acordo 
																		de 
																		delação 
																		premiada 
																		com a 
																		Procuradoria-Geral 
																		da 
																		República. 
																		Consegui 
																		detalhes 
																		do 
																		conteúdo 
																		da 
																		delação 
																		premiada 
																		da 
																		empresária, 
																		homologada 
																		pelo 
																		Superior 
																		Tribunal 
																		de 
																		Justiça 
																		em 2022. 
																		Cristiana 
																		revelou 
																		que a 
																		contratação 
																		foi 
																		obtida 
																		após a 
																		intermediação 
																		de um 
																		empresário 
																		que se 
																		apresentou 
																		como 
																		"amigo" 
																		de Rui 
																		Costa e 
																		da então 
																		primeira-dama, 
																		Aline 
																		Peixoto, 
																		e citou 
																		diversas 
																		irregularidades 
																		na 
																		celebração 
																		do 
																		contrato. Para 
																		dar 
																		força ao 
																		relato, 
																		a 
																		delatora 
																		devolveu 
																		R$ 10 
																		milhões 
																		e 
																		apresentou 
																		uma 
																		série de 
																		documentos 
																		para 
																		corroboração, 
																		como 
																		extratos 
																		bancários 
																		sobre o 
																		pagamento 
																		de 
																		comissões. 
																		Procurado 
																		para 
																		comentar, 
																		Rui 
																		Costa 
																		negou 
																		ter 
																		tratado 
																		com 
																		"intermediários" 
																		para a 
																		celebração 
																		do 
																		contrato 
																		e disse 
																		que foi 
																		ele, 
																		como 
																		governador, 
																		quem 
																		determinou 
																		a 
																		abertura 
																		de 
																		investigação 
																		na 
																		Polícia 
																		Civil 
																		sobre o 
																		caso. 
																		
																		
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