“Nada proporciona melhor capacidade de superação e resistência aos problemas e dificuldades do que a consciência de ter uma missão a cumprir na vida” – Viktor Frankl

 

 

Quais são os problemas pessoais que surgem no caminho do conhecimento de si mesmo?

Evidentemente, os que afetam a personalidade, compreendendo-a como o conjunto de expressões físicas e vitais, emocionais e mentais.

Para todos nós, humanos que vivemos neste mundo, por uma ou outra razão, apresentam-se dificuldades. É algo lógico se concordarmos com os filósofos clássicos, que afirmam que a vida se encarrega de nos ensinar a viver.

E não é um jogo de palavras. Podemos aprender com experiências e conselhos de outros, podemos estar prevenidos em relação às conjunturas da existência, contudo nada se equipara à prática vital de tudo o que aprendemos. A vida nos ensina todos os dias, e é bom reconhecê-la como mestra mais do que como inimiga.

Como mestra, nos ajuda a pôr em jogo as nossas maiores potencialidades; se a vemos como inimiga, será apenas um longo caminho de problemas, sobretudo, de problemas pessoais.

O problema bloqueia aqueles que procuram a solução fora deles e, sobretudo, aqueles que partem do princípio da injustiça da vida que os submete a tais infortúnios.

A emoção negativa ganha terreno, as ideias tornam-se cada vez mais confusas, o organismo começa a revelar angústia e o problema assume então a dimensão de uma montanha intransponível. Resta apenas a dor, o desespero, a irritação, a agressividade contra os outros pela culpa que possam ter… enfim, um poço imenso que se torna cada vez mais e mais profundo do qual é cada vez mais difícil sair.

Alguém que está no fundo, na ruína psicológica, não pode ver a luz. A dor vai remoendo minuto a minuto e não há nada mais do que essa paixão obsessiva.

As soluções devem vir, portanto, logicamente de cima. É necessário transcender o problema e o sofrimento para encontrar uma resposta.

Nem todos somos sábios, é verdade, mas todos nós temos um acúmulo de experiências mais ou menos importantes para encontrar respostas viáveis para o mal que nos aflige.

Há que ser capaz de alcançar o nosso recanto de soluções. Algumas serão inúteis, outras discretamente válidas, e não faltarão as francamente boas. Testando e testando, com boa vontade e sem a ansiedade da distorção da emotividade, adquirem-se novas experiências que serão úteis para ocasiões futuras.

Você não é somente um amontoado de emoções ou paixões; também tem inteligência para observar a si mesmo “a partir de fora” e traçar o seu próprio caminho. 

Adaptado de Delia Steinberg Guzmán

 

  

Livro: Cartas de um resiliente – perceber o mundo e não ser controlado por ele. Sêneca. Fundamentado na razão, o estoicismo propõe um novo olhar para a vida, com conceitos práticos que ajudam as pessoas a transformar ideias em ação. Lidar com as frustrações, com a sensação de tempo perdido, enfrentar os imprevistos e aceitar o que não pode ser controlado.

Filme: Joy: O nome do sucesso. 2015. Baseado na história real de Joy Mangano, uma empreendedora que inventou um produto e superou obstáculos para transformar sua ideia em um negócio. Este filme celebra a força interior, a criatividade e a determinação de uma mulher que transformou sua vida e a de muitos com sua resiliência e determinação. Disponível no Star+.

Artigo: Problemas pessoais no conhecimento de si mesmo. Vale a pena conferir o artigo completo de Delia Steinberg Guzmán, que inspirou esta edição da newsletter.

Vídeo-palestra: Disciplina, uma virtude mal compreendida. Hoje se costumar falar desta virtude de modo reduzido e até deslocado de seus atributos naturais. É associada a ideias de rigidez, apenas como uma forma instintiva para se chegar a metas e benefícios. Nessa palestra a Professora Ana Paula Leobas aborda os aspectos humanos e profundos da disciplina.

Música: Concerto para piano No.2, Op.18 Sergei Rachmaninoff. Esta obra prima começou a ser escrita em 1900, após um período de depressão severa e bloqueio criativo que se seguiu à estreia desastrosa de sua Primeira Sinfonia em 1897. Durante esse tempo, ele foi tratado pelo neurologista Nikolai Dahl, a quem o concerto é dedicado. Esta peça é vista como uma síntese da jornada de recuperação de Rachmaninoff e continua a tocar e inspirar muitos com sua beleza e profundidade.

Pintor: William-Adolphe Bouguereau. Nascido em uma família pobre, trabalhou em empregos paralelos para apoiar seus familiares enquanto seguia sua vocação de artista através da pintura. Apesar das críticas iniciais e da rejeição pública, ele perseverou, produzindo mais de 800 obras e se tornando um dos pintores mais influentes e icônicos de sua época.

 

 

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