" (...) A história destes santos
mártires deu-se sob o reinado de Mwanga
II, rei de Buganda (hoje parte de
Uganda), entre novembro de 1885 e meados
de 1886.
Carlos pertencia ao clã de Ngabi, mas
foi atraído pelas palavras do Evangelho,
proferidas e testemunhadas pelos
Missionários da África, mais conhecidos
como "Padres Brancos", fundados pelo
Cardeal Lavigerie.
O jovem Lwanga converte-se ao
cristianismo e, em 1885, foi convocado
pelo tribunal para ser prefeito da Sala
Real. Desde o início, tornou-se um ponto
de referência para os outros, de modo
particular, para os recém-convertidos,
cuja fé apoiou e encorajou.(...)"
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"Mas, como já disse o papa Francisco,
tem um outro aspecto profético no
sacrifício de Carlos e seus
companheiros. Trata-se de um martírio
ecumênico. O grupo dos mártires era
formado por jovens anglicanos e
católicos. Juntos, com o seu sangue, dão
testemunho da unidade dos cristãos e
das
várias religiões. Seu exemplo nos exorta
a trabalhar mais pela paz, pela
liberdade religiosa e contra toda forma
de intolerância. Se é ruim passar pela
perseguição por causa do Evangelho, pior
ainda é perseguir outras religiões em
nome do Evangelho. Que acima de tudo
haja sempre o respeito.
Como dizia o saudoso papa João XXIII,
“Busquemos o que nos une e não o que nos
separa: o que há de bom nos outros e não
o que há de ruim”.
Xavier Paolillo, Comboniano em Santa
Rita/PB
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" (...) Em 1920, Bento XV proclamou a
Beatificação destes mártires. Quatorze
anos depois, em 1934, Pio XI elevou
Carlos Lwanga “Padroeiro da Juventude da
África cristã”. Por fim, Paulo VI
canonizou todo o grupo, em 18 de outubro
de 1964, durante o Concílio Vaticano
II. O mesmo Papa Montini, quando da sua
viagem a Uganda, em 1969, consagrou o
altar-mor do Santuário de Namugongo,
construído no lugar do martírio. A forma
da igreja, que lá surgiu, se parece com
uma cabana africana tradicional, apoiada
em 22 pilares, que representam os 22
mártires católicos ugandenses." (...)