Theresa Catharina de Góes Campos

 

 

 
 
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O embate entre a capital, Londres, e a pequena cidade, sempre desprezada pelos habitantes engomadinhos da metrópole, também levanta questões interessantes que só ficam ali na superfície. Hugh é muito mais protagonista que Dave nesse sentido, já que é a sua jornada que move a narrativa, seu contato com a pequena cidade, com as pessoas que ali vivem e sua forma de ver as coisas, que transformam sua relação com seu trabalho e sua vida, aquela fórmula básica e clássica tanto usada no cinema. Dave, que é a figura refletida da vida real, parece bem menos carismático nas fotos que vemos nos créditos do que a atuação bastante simpática de Rory Kinnear conseguiu criar, e talvez isso tenha salvado o personagem, já que o próprio longa parece não dar muita importância para uma aproximação humana com ele. Dave se estabelece na narrativa como um pilar daquela cidade, a quem todos recorrem e que sempre está firme, quase como um objeto realmente, apesar do carisma que o ator traz, o filme o vê como uma peça obrigatória dos acontecimentos, mas é a relação do advogado que move tudo. (...)"
 

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