Com apoio da FENAJ, grupo de 
												pesquisa da USP e Dix Conteúdo e 
												Relacionamento lançam guia 
												básico para jornalistas em 
												cobertura de eventos extremos
												
												
												
												Publicação alerta para o cuidado 
												com a saúde mental de 
												profissionais durante a 
												cobertura jornalística de 
												desastres ambientais e situações 
												de grande impacto coletivo
												
												
												Desde o início de 2020, 
												jornalistas vêm atuando cada vez 
												mais frequentemente com eventos 
												que desafiam a capacidade de 
												lidar com o estresse, 
												trabalhando em coberturas que 
												exigem muito da sua capacidade 
												física, mental e emocional. 
												Pandemia, catástrofes como as de 
												Brumadinho e Mariana, 
												deslizamento de terra e 
												enchentes como as registradas em 
												Petrópolis, Recife e Salvador e, 
												recentemente, em todo o Rio 
												Grande do Sul são alguns 
												exemplos.
												
												
												O Observatório de Comunicação, 
												Liberdade de Expressão e Censura 
												(OBCOM), grupo de pesquisa da 
												Universidade de São Paulo (USP), 
												e a agência de Comunicação DIX 
												Conteúdo e Relacionamento 
												desenvolveram o Guia 
												Básico para Jornalistas em 
												Cobertura de Eventos Extremos 
												-Preservando a Saúde Física e 
												Mental em Situações de Intenso 
												Estresse para 
												contribuir com profissionais e 
												empresas de Jornalismo que têm 
												atuado e atuarão no futuro com 
												eventos de grande impacto 
												coletivo.
												
												
												“Profissionais atuando em 
												eventos extremos ficam expostos 
												a situações altamente 
												estressoras. Essa exposição pode 
												levar a sintomas de estresse 
												intenso e mesmo à síndrome do 
												estresse pós-traumático, entre 
												outros quadros psíquicos. Se o 
												jornalista for morador do local 
												onde os eventos acontecem, pode 
												ser impactado duplamente: pelo 
												desafio da cobertura e por 
												poder ser atingido pessoalmente 
												pelo evento”, afirma Daniela 
												Osvald Ramos, professora 
												doutora da Escola de 
												Comunicações e Artes da USP, 
												coordenadora do OBCOM.
												
												
												A maioria das publicações que 
												orientam profissionais do 
												jornalismo a lidar com possíveis 
												sintomas de estresse intenso e 
												suas consequências na sua saúde 
												física e mental focam em 
												situações de conflito e guerras 
												e, em geral, estão disponíveis 
												apenas em inglês. Diante dessa 
												realidade, o guia nasceu com a 
												missão de levar informação e 
												promover o debate de um tema 
												ainda em construção no Brasil: a 
												atenção para a saúde mental e 
												o trabalho potencialmente 
												traumatizante de jornalistas.
												
												
												“Mais de 2 mil jornalistas 
												perderam a vida em decorrência 
												da pandemia, em um ranking de 94 
												nações encabeçado pelo Brasil. 
												Temos assistido a desastres 
												ambientais no país com cada vez 
												mais frequência e com a 
												cobertura da mesma geração de 
												profissionais, que vem lidando 
												repetidamente com a dor de quem 
												perde tudo e vivenciando 
												situações de dimensões inéditas, 
												como a que aconteceu no Rio 
												Grande do Sul. É fundamental nos 
												voltarmos para os cuidados com a 
												saúde física e mental desses 
												profissionais e das novas 
												gerações”, destaca Elen 
												Petterson, diretora da DIX 
												Conteúdo e Relacionamento.
												
												
												O Guia explica 
												resumidamente como coberturas de 
												situações extremas podem 
												promover traumas, impactando na 
												saúde dos profissionais que 
												estão apurando, selecionando e 
												distribuindo informações sobre 
												os eventos, com dicas de como 
												repórteres podem se preservar e 
												como as lideranças podem 
												proteger suas equipes.
												
												
												O guia foi desenvolvido a partir 
												da análise de artigos, vídeos e 
												literatura sobre trauma, 
												comunicação de risco e de 
												estudos do OBCOM, em uma 
												parceria do grupo de 
												pesquisa com a DIX Conteúdo e 
												Relacionamento em uma 
												iniciativa pro bono.
												
												
												A publicação também conta com a 
												colaboração do ilustrador 
												Eloenes Silva e apoio 
												e divulgação da Federação 
												Nacional dos Jornalistas (FENAJ), 
												que historicamente 
												produz conteúdo sobre o trabalho 
												de jornalistas no país e o mais 
												antigo relatório anual 
												sobre violência contra 
												jornalistas e comunicadores.
												
												
												Para a presidenta da FENAJ, 
												Samira de Castro, o apoio 
												institucional ao guia é mais 
												um passo de fortalecimento da 
												política da entidade sobre a 
												saúde mental da categoria.
												
												
												 “Temos a responsabilidade de 
												lidar com a cobertura de eventos 
												extremos, seja na área do meio 
												ambiente, da saúde ou da 
												segurança pública. E precisamos 
												de material rápido de apoio, 
												como as dicas apresentadas nessa 
												publicação”, disse.
												
												
												A dirigente lembra que a FENAJ, 
												em parceria com a Fundacentro, 
												vai lançar ainda este ano o 
												questionário da Pesquisa 
												Nacional sobre Condições de 
												Saúde Mental 
												dos/das Jornalistas, projeto 
												desenvolvido pela entidade, com 
												o apoio do Ministério Público 
												do Trabalho de São Paulo (MPT/SP).
												
												
												“O problema do esgotamento 
												psicológico dos jornalistas não 
												é recente. As 
												jornadas exaustivas e a 
												pejotização afligem a saúde 
												mental dos profissionais, 
												sobretudo os idosos”, comenta 
												Samira de Castro. A nova 
												pesquisa vai mapear os impactos 
												da cobertura da pandemia de 
												Covid-19 e da precarização do 
												trabalho após a reforma 
												trabalhista de 2017 na saúde 
												mental dos jornalistas 
												brasileiros.
												
												
												
												
												
												 Acesse 
												o Guia Básico 
												para Jornalistas em Cobertura de 
												Eventos Extremos AQUI
												
												
												
												
												GUIA BÁSICO PARA JORNALISTAS EM 
												COBERTURA DE EVENTOS 
												EXTREMOS_JUN24.pdf