Theresa Catharina de Góes Campos

 

 

 
Dia dos Mortos: uma homenagem aos nobres falecidos
Por
Rodrigo Constantino
02/11/23
Dia de Finados. Acordei e, seguindo a tradição, fui ao cemitério visitar os ilustres falecidos. Não podemos esquecê-los jamais. Comprei meia dúzia de rosas e lá fui eu em minha peregrinação pelos túmulos dos que já nos deixaram - e deixaram muitas saudades também.

Comecei pelo Jornalismo. Lembrei de quando ele fazia um bom trabalho, sempre atento aos fatos, desnudando verdades inconvenientes que os poderosos desejavam manter às sombras. Quantos escândalos não foram desvendados pelo nobre Jornalismo? Após sua trágica morte, restou apenas a Militância em seu lugar.

Depois fui colocar uma rosa no túmulo da Democracia. Ela nunca foi perfeita, é verdade. Tinha vícios condenáveis desde sempre. Mas era uma senhora decente, tentando acertar, garantindo liberdades básicas aos que viviam com ela. Morreu. Ou melhor, foi assassinada. E pior: por farsantes que diziam lutar em seu nome! Hoje sua casa foi ocupada pela Tirania, com aquela toga preta que tenta dar um ar de seriedade ao que todos sabem ser puro arbítrio insano.

Alguns metros depois jazia a tumba da Lógica. Que legado! Tanta coisa ela fez pela humanidade. Desde que faleceu, após um complô de vilões acadêmicos, o mundo parece incapaz de ligar lé com cré, de compreender o básico sobre causalidade. Reina no mundo uma total confusão, e muita gente sequer consegue mais distinguir homem de mulher!

O que nos leva ao outro jazigo, o da Ciência. Assim como a Lógica, ela foi fundamental para o avanço da civilização ocidental. Acabou destruída por quem alegava trabalhar em seu nome, mas colocou em seu lugar o Dogma, sucumbiu aos interesses comezinhos por dinheiro e poder. Durante a pandemia do Covid ficou muito claro a falta que a Ciência faz ao mundo! Autoritários impuseram lockdowns, vacinas experimentais obrigatórias, uso de máscaras, tudo sem qualquer respeito pelo legado da Ciência.

Bem perto estava a sepultura do Amor. Sem ele, nada faz sentido. Desde a sua morte, vemos apenas o domínio do Ódio, e como ele é esperto, costuma aparecer disfarçado de Amor. O tal "Ódio do Bem", como dizem. Justificam agressões, ataques vis, xingamentos pérfidos e até terrorismo em nome do Amor, coitado, que nada tem com isso. Picaretas da pior espécie ainda dizem que o Amor venceu, sabendo que ajudaram justamente a enterrar o pobre Amor, tão em falta no mundo de hoje.

O último túmulo que visitei foi o da Coragem. Será que ela morreu mesmo? Difícil acreditar. Fiquei na dúvida. Sem ela, nada é possível, nenhuma outra Virtude se faz presente. Ao lembrar de quantos "isentões" se negam a tomar partido em disputas óbvias, a defender o que é certo e condenar o que é errado, como a matança indiscriminada de crianças e estupro de meninas só por serem judias, constatei que a Coragem falecera mesmo. E bateu aquele desespero...

Antes de retornar para a minha casa, porém, passei no hospital para uma breve visita à Esperança, em coma faz tempo. Pensei nos tempos sombrios que enfrentamos, no avanço do socialismo, do terrorismo, de ideologias nefastas como a de gênero, e bateu enorme desânimo. Sentei ao lado da Esperança, imóvel, sem um sinal de vida. E orei. Pedi a Deus para que ela aguente firme, possa sair dessa e espalhar pelo mundo uma vez mais toda a sua beleza. A Esperança, graças a Deus, é a última que morre!

Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/dia-dos-mortos-uma-homenagem-aos-nobres-falecidos/

Copyright ©? 2023, Gazeta do Povo. Todos os direitos reservados.
 

Jornalismo com ética e solidariedade.