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GERENCIAMENTO SEM FRONTEIRAS
Faustino Vicente*
Entre os e-mails que recebemos sobre um de
nossos artigos - Dinheiro Motiva? - destacamos
as seguintes colocações: "...exerço minha
profissão numa empresa que é muito boa para
trabalhar. Tem muitos benefícios, mas
infelizmente dá poucas oportunidades de
crescimento. Os empregados estão desmotivados
por não verem futuro profissional. Muitos
estudam, mas mesmo assim quando surge uma vaga é
raro pegarem quem já trabalha lá. Trabalho na
empresa há quatro anos, estou estudando,faço
cursos,mas ainda não consegui um cargo melhor.
Sou líder de área, sou muito elogiada por
todos,mas é só. Os gerentes acham que só os
prêmios são suficientes para motivar."
"Trabalho numa empresa, que não é pequena, mas a
chefia é centralizadora.Aqui vale a máxima: quem
pode manda, quem tem juízo obedece.Quero
participar,sentir que sou parte da
organização,quero interagir." Essas
manifestações nos levam a refletir sobre um tema
da mais alta importância para recursos humanos.
É inquestionável que as fantásticas inovações
tecnológicas, das últimas décadas, provocaram
transformações estruturais em todos os segmentos
da sociedade, desde o mundo dos negócios e até
as relações interpessoais. Como exemplo passamos
a destacar os meios de transmissão das
olimpíadas - o maior espetáculo da terra.
A primeira olimpíada dos tempos modernos foi
realizada em Atenas (1896), e, a tecnologia da
época era o telégrafo. Paris (1924), rádio.
Berlim (1936), cinema. Helsinque (1952),
placares eletrônicos. Roma (1960), televisão e
telex. Tóquio (1964), cronômetros eletrônicos e
células fotoelétricas. Munique (1972),
transmissão de TV via satélite e em cores. Seul
(1988), fax. Atlanta (1996), telefone celular.
Em Sydney,(2000), a novidade foi a sedutora
Internet. Ela ditou um novo estilo de relações
em todos os segmentos. Há um evidente
descompasso entre o progresso material do mundo
e a melhoria das relações interpessoais no
trabalho. Esta evoluiu timidamente. Em alguns
aspectos a tecnologia aproximou distâncias e
distanciou proximidades. Para motivar os
funcionários é preciso melhorar a comunicação
interna e fazer com que o corpo gerencial da
empresa pratique,diuturnamente, a liderança
compartilhada.É dividindo que se soma.
Ao longo do nosso trabalho de consultoria temos
desenvolvido pesquisas com grupos dos mais
variados segmentos e,no topo do ranking das
necessidades humanas, aparece com acentuada
pontuação o anseio dos funcionários em revelar e
desenvolver as suas competências e as suas
habilidades. Para ir de encontro a essa
expectativa dos colaboradores, uma das
estratégias mais eficazes reside na
implementação de um sistema que consolide o
espírito de equipe. Exemplo? Os fundamentos do
vôlei. A globalização, que trouxe na carona, o
acirramento da competitividade internacional
exige estratégias que conciliem interesse dos
acionistas - lucro - e sonho dos funcionários -
construir uma carreira bem-sucedida e duradoura.
A implementação do SEI - sistema de excelência
interativa - oferece aos funcionários a
liberdade de dar idéias que tenham como
objetivos a melhoria contínua da qualidade, o
aumento da produtividade, a "lipoaspiração" dos
custos e a harmonização do clima organizacional.
São esses fatores estratégicos que tornam o
ambiente de trabalho prazeroso, encantam os
clientes e "oxigenam" a lucratividade. Esse
sistema prevê o envolvimento, a conscientização,
a capacitação e o comprometimento de todos os
dirigentes e funcionários - do presidente ao
servente. Nas empresas de classe mundial não há
lugar para funcionários, todos são gerentes.
O executivo que tiver a ousadia, e a humildade,
de descentralizar o poder decisório agregará
valor à sua biografia e ganhará a medalha de
ouro olímpica em gestão de recursos humanos - o
respeito, a estima e a admiração de seus
funcionários.
* Faustino Vicente - Consultor de Empresas -
e-mail: faustino.vicente@uol.com.br - tel.(011)
4586.7426 - Jundiaí (Terra da Uva) - SP
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