Theresa Catharina de Góes Campos

 

 

 
A Dor - Nova Acrópole
 
De: Nova Acrópole <propaganda@acropolebrasil.com.br>
Date: seg., 28 de out. de 2024
Subject: #127– A Dor
To: <
theresa.files@gmail.com>
 

 

 "Se pudesses manter teu coração maravilhado com os milagres diários de tua vida,

tua dor não pareceria menos maravilhosa que tua alegria."

Khalil Gibran

   

 “Há uma pergunta que costumamos fazer várias vezes por dia, muitas vezes na vida. Por que os homens sofrem? Por que existe a dor?”

Esta pergunta assinala uma realidade da qual é impossível escaparTodos sofrem, por uma ou outra razão, todos sangram em seu coração e tentam inutilmente apressar uma felicidade concebida como uma sucessão ininterrupta de prazeres e satisfações.

No entanto, o fato do sofrimento chegar a todos os seres humanos, não tira nem explica a realidade do sofrimento. E outra vez nos perguntamos, por quê?

Velhos ensinamentos nos ajudam a penetrar no intrincado labirinto da dor. Em geral, nos indicam que o sofrimento é resultado da ignorância. Assim, somamos dor após dor, ou seja, aos fatos dolorosos em si, somamos o desconhecimento das causas que impulsionaram esses fatos: não somos capazes de chegar até a raiz das coisas para descobrir a procedência profunda daquilo que nos preocupa.

Simplesmente ficamos na superfície da dor, onde mais se sente e onde mais se manifesta a impotência para sair da armadilha.

Ignoramos a causa do que nos acontece, e ignoramos a nós mesmos, somando uma dupla incapacidade de ação positiva.

Deveríamos saber que nenhuma dor é eterna, que nenhuma dor se mantém ante o embate de uma vontade construtiva. Nada, nem dor, nem felicidade, pode durar eternamente no mesmo estado. Temos que aprender, portanto, a jogar com o Tempo para encontrar uma das possíveis saídas do labirinto.

A dor do porvir não cabe no presente, já que é um sofrimento inútil, antes do tempo e, talvez, sem razão de ser. Em relação à dor das coisas passadas, é como tentar manter o cadáver de um ser querido em nossa casa, repetindo constantemente que não morreu, olhando mil vezes para a irrealidade de um corpo que não existe e desconhecendo a outra realidade espiritual que sim, existe.

E quanto à dor do presente, é apenas uma pontada que em breve se afunda no passado para dar lugar ao futuro.

Por isso, um sábio dizia que nós, seres humanos, somos capazes de sofrer três vezes pela mesma coisa: esperando que aconteça, enquanto acontece e depois que aconteceu. Assim, reforça-se a tese da “ignorância como mãe de todas as dores”.

Para os orientais, seguindo a tônica da parábola budista “O Grão de Mostarda”, “a dor é veículo de consciência”, o que equivale a dizer que todo sofrimento encerra um ensinamento necessário para nossa evolução.

“A dor é o que nos obriga a parar e perguntar sobre as coisas. Sem a dor, jamais diríamos, como tantas vezes fazemos: “Por que comigo?”, para advertir em seguida que não é “comigo” somente… Sem a dor, não nos proporíamos a indagar sobre as leis ocultas que movem todas as coisas, fatos e pessoas.”

Basta procurar um pouco que encontraremos sofrimento: sofre a semente que brota para dar lugar à árvore, sofre o gelo que se derrete com o calor ou a água que se endurece com o frio, e sofre o homem que, para evoluir, tem que romper as velhas peles de seu cárcere de matéria.

Contudo, por detrás de todos esses sofrimentos, esconde-se uma felicidade desconhecida: a plenitude da semente, da água e da alma humana, que descobrem, em meio às trevas, a luz segura do seu próprio Destino.

Delia Steinberg Guzmán  

Adaptação de seu texto original

                                                                                                                                                                                              

 


 

  

       

Podcast:  Buda - Sobre a Dor Neste bate papo, Uibirá Barreto e Danilo Gomes conversam um pouco sobre os ensinamentos  que Buda  traz sobre a dor. 

Vídeo-palestra: BUDA e o Nobre Óctuplo Caminho - Ensinamentos budistas - Prof. Ana Paula Leobas de Nova Acrópole. Siddârtha Gautama, mais conhecido como Buda, foi o príncipe de uma região do sul do Nepal e durante o início de sua vida, teve à sua disposição riquezas e conforto, mas sua missão na Terra era outra. Ao se deparar de perto com a dor humana, decidiu sair em busca de uma solução, um caminho para cessar o sofrimento humano. Depois de um longo período de busca espiritual, meditação e isolamento, atingiu a iluminação e viu com mais clareza como deveria ser a conduta humana para uma vida mais plena e feliz. Além de outros inúmeros ensinamentos, revelou-nos o Nobre Óctuplo Caminho - oito direcionamentos para a condução de uma vida feliz e harmônica, descritos no livro Dhammapada.

Filme: Srikanth | Official Trailer. Baseado em uma história real, este filme retrata a superação de obstáculos extremos de um menino indiano, demonstrando que a dor pode ser caminho de tomada de consciência. Disponível na Netflix.

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