“Sabe – disse Anne,
confiante -, eu decidi aproveitar esta viagem.
Segundo a minha experiência, a gente quase
sempre consegue aproveitar as coisas se
decidirmos com vontade que vamos aproveitar. É
claro que você precisa fazer isso com vontade."
Lucy M.
Montgomery do livro Anne de Green Gables,
Estava aqui em cima, esperando minha vez de
descer para a Terra, e resolvi dar uma olhadela
para o que me aguardava lá embaixo. Algo me
dizia que não seria fácil essa jornada. Parecia
realmente confuso, mas
observando com mais cuidado, vi que todo
movimento seguia uma lógica inteligente.
Vi uma
pessoa andando em um quadriciclo, igual ao que
portava todas as outras pessoas dali. Em cada
placa desses pequenos veículos estava escrito
algo. O que era? Foquei nas minúsculas letras e
consegui ler"SER
HUMANO".Ah,
então era isso o que eu seria! Parecia que todos
andavam sozinhos e seguiam em direções
aleatórias. Mas na realidade, os quadriciclos
andavam agrupados e se moviam dentro de outro
veículo maior, como um grande ônibus.
Ajustei a vista
novamente para ler o que dizia no letreiro
daqueles veículos que portavam os grupos, e
consegui ver a palavra "FAMÍLIA".Muitos
humanos tentavam fugir do veículo família pois
julgavam que estavam no lugar errado. Mas vendo
daqui, dava para perceber que quanto mais
fugiam, mais enroscados ficavam.
Quando achei que
estava começando a entender, percebi que
milhares de famílias se moviam dentro de
veículos incrivelmente maiores, como
locomotivas. Tratei de ler as letras que os
identificavam, e estava escrito "SOCIEDADE". Estranho
como alguns desses veículos pareciam dirigir em
paz e contribuir com outras sociedades pelo
caminho, enquanto outros jogavam lixo pela
janela e pareciam estar em rota de colisão entre
si. Alguns se chocavam, e deixavam milhares de
mortos. Chamavam isso de guerra. O motivo? Seus
maquinistas achavam que mereciam mais espaço nos
trilhos, ou achavam que os outros veículos eram
piores que os seus em algum aspecto e por isso
não mereciam existir, ou achavam que os outros
eram melhores em algo e por isso precisavam ser
usurpados.
Até que
ajustei minha perspectiva e vi algo que poucos
pareciam perceber: todas essas sociedades
locomotivas estavam dentro de um único
gigantesco veículo, onde cabiam todos de uma
vez. Bilhões de quadriciclos. Milhares de
locomotivas. Esse gigante ia para uma única
direção, e parecia estar tentando subir uma
ladeira, mas as colisões de seus grupos de
passageiros atrapalhava esse processo. O nome em
seu letreiro enorme era fácil de ler: "HUMANIDADE".Os
solavancos internos faziam o grande veículo
perder força na subida. Às vezes até retrocedia
por um tempo. Mas
não parava de tentar subir e cumprir o seu
destino, de chegar até onde a terra encontra o
céu.
Olhando tudo
aquilo, pensei comigo mesma que eu não podia
esquecer dessa saga humana quando mergulhasse lá
embaixo. Não podia passar minha existência
colidindo com os outros e sem saber o sentido
dessa estrada. Precisava de lembretes! Então
fiz um acordo com meu coração: sempre que visse
algo belo no mundo, como um pôr do sol tingindo
o céu ou as flores tingindo a terra, eu
lembraria de mim mesma. Sempre que visse alguém
sendo gentil nesse trânsito da vida, dando
prioridade ou preferência aos demais, eu
lembraria que estamos todos juntos nessa
estrada. Sempre que visse alguém se perguntando
qual seria o mistério por trás de todo esse
movimento, eu me lembraria do meu pacto com a
Vida. Repeti esse pensamento, quase como uma
súplica, para que meu coração não me deixasse
esquecer diante de tantas pistas que a Vida
tinha espalhado pelo caminho.
Júlia
Camarotti
Professora
da Nova Acrópole
Sede -
Brasília-DF
Vídeo-palestra: O
QUE É ESTAR ABERTO PARA A VIDA?Você
está Aberto Para a Vida? O que significa isso?
Quais são as vantagens? Como fazer para abrir
nossa mente e coração? A professora e voluntária
de Nova Acrópole Lúcia Helena Galvão enumera
todas as virtudes que precisamos desenvolver
para vivermos de maneira mais plena e sermos
mais felizes!
Live: O
QUE É MAIS IMPORTANTE NA VIDA? Prof Lúcia Helena
Galvão conversa com a Dra. Ana Cláudia Quintana.Neste
vídeo, a Prof. Lúcia Helena Galvão, da Nova
Acrópole, e a Dra. Ana Cláudia Quintana,
especialista em medicina paliativa e cuidados
paliativos, discutem sobre o que é mais
importante na vida. Com base em suas
experiências e conhecimentos em filosofia e
saúde, as duas profissionais exploram o
significado da vida e como podemos encontrar
sentido e propósito em meio aos desafios e
incertezas. Eles falam sobre a importância de
cuidar da saúde emocional, cultivar valores como
a compaixão e a gratidão e aproveitar cada
momento com sabedoria e consciência. Este vídeo
é uma reflexão profunda e inspiradora sobre como
viver uma vida mais plena e significativa.
CONFIRA NOSSA PROGRAMAÇÃO:
Clique aqui para
acessar as edições anteriores da Newsletter