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Joacy Góes*: o governo Lula, no plano nacional e
internacional
Publicado na Tribuna da Bahia, Salvador
26/12/2024
3 horas e 58 minutos
País afora, a sensação é que o Governo Lula 3
acabou, de tal modo é dominante o sentimento do
“quem ficar por último, apague a luz e feche a
porta”. O desalento geral decorre da paralisia
oficial, inepta para levar adiante o que quer
que seja sem ter que ficar de joelhos diante de
um Congresso que só pensa em assegurar a sua
reeleição, uma vez que o Governo já “deu com os
burros n´água”.
Basta comparar os pronunciamentos natalinos do
Presidente do ano passado com o insosso deste
Natal, populista e vazio
de qualquer conteúdo!
Em declínio lento, gradual e constante, a
popularidade presidencial leva os governistas a
cogitarem, cada mais vez mais ostensivamente, de
um nome para suceder o atual Presidente, em
razão, também, do crescente temor de um eventual
impedimento Joebidiano decorrente de uma
explosiva combinação de idade avançada com saúde
física e mental precária.
A grande mídia que renovou os esponsais com a
farra publicitária dos governos petistas, atenta
ao seu papel de assegurar
a continuidade de um status quo que empobrece o
Brasil, mas enche suas burras de dinheiro
público, vem elegendo, como prioridade, em seu
noticiário, apontar o Estado de São Paulo como o
centro da danação do mundo, precisamente pela
emergência do Governador Tarcísio de Freitas,
como o nome mais provável para substituir Jair
Bolsonaro, se vier a ser condenado às penas mais
duras da inelegibilidade, pelo que fez e não fez
ou sequer cogitou em fazer, fato que não abala
o seu potencial como o maior eleitor nas
eleições gerais de 2026, sobretudo para
Presidente, Governadores e Congresso Nacional.
Para agravar suas patéticas fragilidades
internas, o atual governo brasileiro é visto, no
plano internacional, como o mais frágil
em toda a nossa história colonial, imperial e
republicana, em razão de uma sequência de erros
que vem deixando apoplética nossa
reconhecidamente madura diplomacia. A gravidade
dos erros, em série, são de tirar o fôlego:
Lula preferiu aliar-se com a Venezuela,
Nicarágua e Cuba, contra o clamor americano por
arejamento democrático;
Lula preferiu aliar-se ao Hamas, Hezbollah, Irã
e Síria, contra a OTAN e as correntes derivadas
do Iluminismo definidor dos caminhos ocidentais.
Pela primeira vez na História, um presidente
brasileiro foi considerado persona non grata por
um governo estrangeiro, no caso Israel;
Ao se apresentar como mediador da invasão da
Ucrânia pela Rússia, antecipou, de tal modo o
seu pensamento pró Rússia, que seu nome foi
prontamente descartado pela ONU;
Pela primeira vez, um presidente brasileiro foi
ameaçado de morte por uma nação estrangeira,
como foi o caso da Venezuela do seu irmão
político siamês, Nicolás Maduro;
Mal assessorado e a partir de uma
irresponsabilidade sem paralelo, Lula se
precipitou ao prever, com base no wishful
thinking, a vitória de Kamala Harris,
acrescentando adjetivações nazistas à biografia
do presidente eleito Donald Trump. Em qualquer
país sério, tamanha estupidez seria punida com o
impeachment.
Açodadamente, Lula apresentou-se como o
porta-voz dos BRICs, no propósito de rebaixar o
histórico papel do dólar como a moeda do
comércio mundial, transformando-se em inimigo
número 1 do mais poderoso país do Planeta;
Para coroar tão sesquipedal festival de
barbaridades, a Primeira Dama dirigiu expressões
prostibulares contra um expoente da humanidade,
o empresário Elon Musk.
Um primeiro episódio revelador do que nos espera
foi a vã tentativa da diplomacia brasileira de
conseguir um convite do Presidente francês,
Emmanuel Macron, para Lula participar da
reinauguração da Catedral de Notre Dame, festa
em que Donald Trump e Elon Musk foram o centro
das atenções. Até uma anta sabe de onde proveio
o impedimento.
É a tolerância com tantos e graves erros que faz
do Brasil um dos países mais mal geridos,
conclusão a que chegamos
quando comparamos o pouco que somos com o muito
que poderíamos ser, quando levamos em conta
nossas enormes
e desperdiçadas possibilidades.
https://www.trbn.com.br/materia/I121190/ponto-de-vista-eleicoes-de-2026-6-1 |
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