Theresa Catharina de Góes Campos

 

 

 
Emilia Pérez
 
Reynaldo Domingos Ferreira: 
 
Oscar 2025 - conheça “Emilia Pérez”, líder de indicações da edição | Web Stories CNN Brasil
 

 
De: Reynaldo Ferreira <reydferreira@gmail.com>
Date: sáb., 15 de fev. de 2025 
Subject: Fwd: Oscar 2025: conheça “Emilia Pérez”, líder de indicações da edição | Web Stories CNN Brasil
 
Fonte: Web Stories CNN Brasil
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EMILIA PÉREZ - Poucas vezes se viu um filme, ganhador da Palma de Ouro, em Cannes, e com treze indicações ao Oscar,  ser tão detratado pela crítica brasileira, como está sendo “ Emilia Pérez “, de Jacques Audiard, uma obra-prima, um musical excepcional, empolgante, como não se via, desde “ Lá,Lá, Land “ ( 2016) de Damien Chazelle , bem mais romântico.
 
O argumento, desenvolvido por meio de um roteiro magnífico, de autoria também de Audiard, com a colaboração de Thomás Raidegan, Nicholas Liverchi e Lea Mysivis, baseado no romance de Boris Razo, faz, em primeiro lugar, uma abordagem sobre Direito de Família, destacando principalmente os reflexos dos dramas familiares sobre a vida dos advogados, que atuam nessa especialidade.
Assim, o filme narra a história de Rita, personificada magistralmente pela atriz Zoe Saldana, Prêmio, em Cannes,  que, ao início de sua vida profissional, como advogada, contratada por um escritório de grande porte, sofre impacto emocional, ao ajudar seus superiores a defender, com sucesso, um cliente que assassinou a mulher, mas que se vê livre da acusação, tendo em vista a sustentação da defesa de que ela se suicidou. A violência contra a mulher ganha então um segundo lugar, de destaque, na abordagem temática da película, ilustrada com belos números musicais apropriados sobre o tema. 
A terceira abordagem é relativa ao narco-estado, em que se tornou o México - e, breve poderá acontecer com o Brasil, já que o apetite por dinheiro dos ministros do STJ,  neste sentido, é feroz -, pois um narcotraficante contrata Rita para mudar sua identidade, isto é, ele deseja que ela contrate um médico, na Suíça, para fazer dele uma mulher, personificada por Karla Sofia Gascon, o que ela consegue, noticiando, após a cirurgia, que o aludido traficante teve morte instantânea após se submeter a uma operação de ordem cardiológica.
 
Audiard desenvolve uma composição de planos diferenciada, bastante original, que além de dinamizar sua narrativa, tornando-a contagiante, fustiga também algumas das abordagens tratadas na película,  como, por exemplo, a das sequências do tribunal, que libertou o assassino da mulher sob o argumento, sustentado pela defesa, de que ela se suicidou. Enfim, penso que vale a pena conferir. RDF
 
 

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