Theresa Catharina de Góes Campos

 

 

 

Nova Acrópole – ESTAR NA CASA DO OUTRO: um exercício de Empatia
 
De: Nova Acrópole <propaganda@acropolebrasil.com.br>
Date: seg., 17 de fev. de 2025 
Subject: #143 – ESTAR NA CASA DO OUTRO: um exercício de Empatia
To: <
theresa.files@gmail.com>

 


 

 

“Você deve perder seu coração todos os dias. Ao procurá-lo, perceberá que o seu coração é o coração de todas as coisas” 

 Sri Ram

  

Tem uma frase que gosto de ouvir e ler: “Lembrei de você!”

De presentes singelos e cheios de significados a posts compartilhados nas redes sociais, passando por um trecho de livro, filme ou série.

Essa frase, para mim, carrega algo muito bonito: a ideia da EMPATIA.

Certa vez, fiz uma formação com educadores sobre essa virtude.  Em meio a pesquisas etimológicas e conceituais, cheguei a uma reflexão transformada em um dos exemplos utilizados durante o nosso encontro.

O exemplo é, na realidade, um exercício de imaginação.

Imagine que está chegando na casa de uma pessoa querida pela primeira vez.  Ao chegar e tocar a campainha, você é recebido pelo dono da casa. Seu primeiro passo é retirar os seus sapatos, (costume de antigas tradições) e deixá-los ali, junto com a bolsa, demais pertences, e especialmente as chaves da sua casa.

Qual seria a função delas, visto que essas chaves não abrem a porta à sua frente?!

Pois bem, deixados seus pertences de lado, é dado o momento de entrar na casa e perceber os detalhes: a disposição dos cômodos e móveis, as cores das paredes, a decoração e tudo o mais que faz daquela casa, um lar.

 A primeira constatação óbvia é: “Essa casa é totalmente diferente da minha”. E a parte interessante é, que apesar das diferenças, é ali que você se encontra agora. Este é o seu momento presente. Desfrute-o de corpo e alma!

Na sequência, pode haver uma apresentação dos demais cômodos, se a pessoa quiser que você os visite. Isso nos traz uma lição: “ Só podemos ir até onde o outro quer que estejamos, caso contrário, torna-se uma invasão de domicílio (e privacidade)”.

Pode ser que haja uma refeição compartilhada. Vocês se alimentarão juntos, compartilharão da companhia um do outro (ou de outros), e ao final, por cortesia, você pode oferecer ajuda para lavar a louça e organizar o que foi retirado do lugar.

Agora pense que ao invés de perguntar para o dono da casa o lugar certo de cada coisa, sua mente comece a ser invadida por pensamentos críticos como: “Que jogo de louças horríveis”, “esse não é lugar certo para guardar os copos”, “eu acho que isso não deveria estar aqui” ...

O que tudo isso representa? Estou na casa de outra pessoa, querendo julgar sua forma de ação, a partir da visão da minha própria casa.

Se, do contrário, humildemente, você for guardando as coisas no lugar e percebendo que há outras formas de se relacionar com uma casa, não seria interessante a ampliação que essa visita te proporcionaria em relação aos cuidados com o lar?!

E se em outro momento, ao passar na frente de uma loja de artigos de casa você se deparar com um quadro ou objeto decorativo, e a imagem da casa da tal pessoa querida te vier à lembrança, e você entrar para comprar-lhe um presente, não seria fácil imaginar que esse presente seria mais assertivo do que se aquela visita nunca tivesse acontecido?!

Pois bem, empatia, dentro dessa metáfora, é justamente a capacidade que temos, como seres humanos, de entrar na casa-coração do outro. Despindo-se um pouco das nossas concepções e julgamentos, buscando uma profunda compreensão do outro, para que a partir dessa visita, possamos olhar para ele e sua história buscando ver a beleza daquela relação que nasceu a partir de um encontro menos superficial e mais verdadeiro.

Não se trata de “faça com o outro o que você gostaria que fizessem com você”, e sim“faça com o outro o que ele gostaria que fizessem com ele”.

É sermos nós mesmos e deixarmos o outro ser ele mesmo. É oferecer o nosso melhor, respeitando quem somos. É gerar uma conexão verdadeira a partir do coração.

E ao retornarmos para a nossa casa, podemos olhar para ela com outros olhos. Um olhar ampliado por um movimento de aproximação real com outro ser humano. 

E somente assim poderemos dizer o “Lembrei de você”, porque dentro dele também estará o: “Lembrei-me de mim mesmo, a partir do encontro com você”.

Aline Nascimento Freitas

Professora da Nova Acrópole

Lago Norte – Brasília-

  

  

Vídeo: EMPATIA: desenvolvendo conexões mais humanas, com Erika Kalvelage e Tiago Grandi da Nova Acrópole. Neste vídeo,  a fim de desenvolver uma compreensão filosófica sobre a empatia, os professores Erika Kalvelage e Tiago Grandi propõem uma conversa rica em ensinamentos encontrados desde o Egito à Grécia, desde Roma à China, que nos abrem os olhos sobre a importância da empatia.

Vídeo: Forrest Gump | Film Symphony| Barcelona 2014 Neste vídeo,  é possível apreciar a música tema de Forrest Gump interpretada por uma orquestra. Trazemos essa linda interpretação como inspiração para lembrarmos das atitudes  empáticas de Forrest.

Filme: UMBRELLA Curta-metragem de animação CGI vencedor do prêmio e qualificado para o Oscar Uma história sobre empatia, gentileza e esperança. Inspirado em eventos reais, enquanto uma menininha visitava um lar de crianças ela conhece Joseph, um menino que sonha em ter um guarda-chuva amarelo. Esse encontro inesperado desperta as memórias do passado dele. Este curta  além de nos mostrar que para ter empatia é preciso se conectar, nos mostra o poder dessa virtude no decorrer da vida.  

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