Imagine uma vida sem obstáculos, sem superações
e, consequentemente, sem conquistas.
Uma vida confortável, mas sem movimento e sem
sentido.
Agora, imagine uma vida dinâmica, com
conquistas, obstáculos superados e objetivos
alcançados.
Qual delas você gostaria que fosse a sua vida?
Dizem os sábios que, para darmos um
passo à frente, precisamos tirar o pé de trás e
isso nem sempre é fácil, uma vez que o que
passou é justamente o que já se tornou
conhecido. O passo adiante vem carregado de
mistério, pode ser agradável ou não, confortável
ou não, simples ou não.
E o que isso tem a ver com resiliência?
Quando falamos de resiliência, falamos de uma
capacidade que todos os seres humanos podem
desenvolver – e que, em algum grau, já tem
desenvolvido – que permite a cada um superar as
adversidades, em prol de um objetivo a ser
alcançado, causando o menor dano possível a si
mesmo.
O termo vem da física e diz respeito à
resistência dos materiais, à capacidade que
determinado material possui de retornar ao seu
estado normal após ser submetido a alguma carga
de tensão.
Como seres humanos que somos, vamos
desconsiderar o lado físico e aplicar o conceito
ao aspecto que nos é mais elástico: a psique
(razão e emoção).A
resiliência aplicada à nossa realidade vai nos
mostrar o quanto somos capazes de manter nossa
mente e nossas emoções estáveis, mesmo quando o
meio em que vivemos nos impõe situações de
stress e tensão.
O contexto histórico em que estamos inseridos
nos apresenta diversas situações que colocam
nossa psique em xeque, seja por conta do
trânsito, da economia, da violência ou até dos
momentos de convívio em sociedade. Todos os
dias, nos deparamos com situações que nos
atingem e afetam a nossa forma de ver a vida -
nosso aspecto mais racional - e a nossa forma de
reagir à vida -nosso aspecto mais emocional.
Para que essas situações não interfiram na nossa
propriedade de ‘sermos humanos’, e para que
possamos garantir que mesmo diante destas
adversidades poderemos voltar a nós mesmos, será
determinante sabermos quem somos.
O autoconhecimento não é algo natural, há de ser
buscado.E,
quando alcançado, o autoconhecimento nos confere
a possibilidade e a liberdade de escolhermos
quem queremos ser.Falar
disso é, necessariamente, falar que podemos e
devemos mudar, crescer em direção a sermos cada
dia mais humanos.
É desapegar da “síndrome de Gabriela”,
onde afirmamos que “eu nasci assim, eu cresci
assim, eu sou mesmo assim, vou ser sempre
assim”, ou seja, eu me conheço dessa forma e
jamais mudarei.
Da mesma forma que conseguimos voltar para casa
ao final do dia porque sabemos onde ela fica,devemos
poder voltar para nós mesmos porque sabemos nos
reconhecer quando procuramos.
Isso demanda autoconhecimento, e também
uma boa dose de autoestima; afinal de contas, só
queremos voltar para casa porque gostamos dela,
porque ali está tudo que é verdadeiramente nosso
e é ali que nos sentimos mais à vontade.
Enfim, há de se buscar cada vez mais
profundamente quem somos, entender o que
significa de fato ‘Ser Humano’ e aprender a
fazer escolhas que nos direcionem a crescer
neste sentido.
Dessa forma, após um dia de tormenta,
após uma mudança de rumo imposta externamente,
poderemos dizer que “estou voltando para casa,
para meu próprio ser, onde posso viver e
descansar feliz”.
Filme: As
Nadadoras | Trailer oficial | NetflixDa
Síria, destruída pela guerra, às Olimpíadas do
Rio em 2016. Baseado em uma história real, "As
Nadadoras" acompanha a incrível trajetória de
duas jovens irmãs refugiadas, que já usaram suas
habilidades na natação, e seus corações, como
heroínas.
Livro:O
meu nome é ninguém: O juramento e o Regresso
(Ulisses Livros 1 e 2)Odisseu
ou Ulisses, o herói do poema de Homero, é mais
complexo e é mais moderno do que possa parecer.
É o que vemos em O meu nome é ninguém - O
juramento e O Regresso, romance do italiano
Valerio Massimo Manfredi cujo título repete uma
frase dita por seu protagonista, Odisseu. E mais
de dois mil anos depois este personagem imortal
continua a fascinar e a ensinar, a assombrar e a
formar. Dentre tantos aprendizados que podemos
ter com Odisseu, a resiliência e a necessidade
do autoconhecimento são dois aspectos bastante
presentes nessa história.
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