“Se conseguirmos viver plenamente
alguns poucos sentimentos grandes e algumas
poucas ideias claras, experimentaremos a
segurança de sermos donos de nós mesmos."
Delia Steinberg Guzmán
Como em
um dia qualquer, deitei-me para dormir por
volta das 23h30.
E se
tem algo interessante ao deitarmos para
dormir é que não temos a menor ideia do que
vai acontecer ao adormecermos.
Entregue ao sono, adentrei no mundo dos
sonhos.
Um
sonho intrigante em que passeava por tempos
e lugares remotos.
A
primeira parada foi na Babilônia. Lá,
participei das Saceias, festas anuais de
verão, que duravam cinco dias, quando os
servos podiam agir como os seus superiores.
Saindo da Babilônia, fui parar na
Mesopotâmia e, junto aos assírios,
participei de outra festividade, lembrava
nosso carnaval de rua. Uma celebração em que
o povo homenageava a deusa Ísis e utilizava
máscaras.
Da
Babilônia, para Roma Antiga. Mais uma
festividade, conhecida por Saturnálias,
durava aproximadamente uma semana, momento
em que as distinções sociais eram “abolidas”
já que os senhores utilizavam os chapéus de
seus subordinados e serviam comida à
população.
Mais
uma viagem, ainda na Itália, mas por volta
de 1840, quando adentrava num lindo salão
repleto de pessoas que confraternizavam e
usavam máscaras.
No
mesmo sonho, mas passados alguns anos,
voltei ao Brasil! Rio de Janeiro, Olinda,
Salvador, Ouro Preto... foram muitas as
viagens e muitas as festas repletas de
pessoas fantasiadas, com máscaras que se
permitiam agir de maneira diferente da que
costumava ser usual quando as máscaras não
estavam presentes.
Uma
noite intensa!
Um
sonho histórico!
Uma
viagem inimaginável!
No
entanto, o que eu não esperava era a
surpresa que teria nos próximos dias.
Aquele sonho parecia ter impregnado em mim,
por onde andava olhava para as pessoas, mas
muitas estavam de máscaras.
Não
era dia de carnaval.
Não
era festa à fantasia.
Ou
será que era e eu estava desavisada?
Os
dias foram passando e nada mudava. Percebi
que em alguns momentos eu também usava uma
máscara. Mas o que será isso? Me
questionava. Vivemos em um constante baile
de máscaras?
Será
que se fizer um baile onde máscaras sejam
proibidas, as pessoas comparecerão?
Comecei a trabalhar nessa ideia, mas
descobri que gostaria de fazer uma
festa aberta a todos que quisessem
participar e partilhar os verdadeiros
sentimentos, a verdadeira essência...
Mas
à medida que ia trabalhando na ideia,
percebi que não teria uma data viável a
todos nem um local que comportasse todos
aqueles que quisessem comparecer, afinal a
minha esperança é que seriam muitos.
Então resolvi fazer diferente.
Não
haverá um local específico, nem um horário
determinado, nem convidados
pré-selecionados.
O
convite é para que possamos nos despir das
máscaras a cada encontro, a cada momento.
Difícil?
Sem
dúvida.
Impossível?
Acho
que não.
Se
as máscaras estiverem muito impregnadas, que
possamos começar devagar..
Arrancando pedacinho a pedacinho, deixando
nossos olhos à mostra estejam eles tristes,
com lágrimas, felizes...
Que
nossos olhos se cruzem, que nossas almas se
enxerguem e que assim nos conectemos
verdadeiramente...
Que
os bailes de máscaras tornem-se apenas
festividades de curta duração.
Você
aceita esse convite?
Thenille Carmo
Aluna
da Nova Acrópole
Lago
Norte - Brasília/DF
Vídeo: A
NATUREZA HUMANA: Que parte de mim sou eu
mesmo? - Ana Cristina Machado da Nova
AcrópoleNeste
vídeo, a professora da Nova Acrópole, Ana
Cristina Machado nos traz reflexões sobre
como separar o que Sou do que pareço ser;
Como separar a máscara do ator por trás da
máscara; Como saber que parte de mim sou eu
mesmo e; Como entrar em contato com minha
essência verdadeira.
Filme: Soul
| Trailer Oficial Dublado | Disney+“O
que é que faz de você... VOCÊ?” A Pixar
Animation Studios nos leva a uma jornada
pelas ruas da cidade de Nova York e aos
reinos cósmicos para descobrir respostas às
perguntas mais importantes da vida.
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Livro:O
cavaleiro preso na armaduraUma
fábula que continua extremamente atual, O
cavaleiro preso na armadura narra a
dificuldade que muitas vezes temos de nos
mostrar exatamente como somos, de baixar
nossa guarda e revelar nosso rosto.
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