Esses dias estava passando em um
dos eixos principais da cidade de Brasília, e
fui invadida por uma alegria em vê-la tomada por
paineiras floridas em pleno outono. Em outra
oportunidade decidi pesquisar um pouco sobre a
Chorisia speciosa.
Descobri que, em sua infância,
seu tronco é cheio de espinhos para proteção,
que vão sumindo ao longo do seu desenvolvimento,
dando espaço para que os ninhos de passarinhos
sejam construídos.
Descobri também que seu nome
popular é barriguda, devido a uma protuberância
em seu tronco, na qual ela armazena água para os
períodos de seca mais extremos; e que seu fruto
é a paina, uma cápsula que contém uma fibra
semelhante ao algodão. Toda essa observação da
Natureza provocou em mim muitas reflexões.
Comecei a pensar que se eu
tomasse um avião com destino ao outro
hemisfério, lá eu encontraria uma primavera no
lugar do outono, e uma frondosa magnólia no
lugar da paineira. E
apesar das mudanças, ainda assim, haveria um
clima de renovação da vida, porque renovar não é
exclusividade de uma ou outra estação. A
Natureza se renova a todo instante. E nós
também.
Em seu poema “Renova-te”, Cecília
Meireles nos convida a renascermos em nós
mesmos, multiplicando nossos olhos para vermos
mais e nossos braços para semearmos tudo. E nos
ensina a sermos sempre os mesmos e sempre
outros, sempre altos e dentro de tudo.
Esses ensinamentos, ora
biológicos, ora poéticos, nos levam a perceber
que dentro de todos os processos de mudanças e
transformações, há
algo que sempre permanece, que é essa capacidade
de olhar para a essência de todas as coisas e
todos os seres, e perceber que ali há Unidade.
Observando a Natureza, refleti
que não importa se é outono ou primavera,
paineira ou magnólia, a
Vida sempre nos pede para agir com inteligência
ante às adversidades, ela nos oferece
ferramentas para que possamos nos proteger
quando é necessário, nos possibilita dar frutos
de leveza e florescer trazendo Beleza para os
nossos caminhos.
Estamos vivendo uma época de
renascimento e renovação, que possamos trazer
aos nossos momentos de reflexão a ideia de que
as verdadeiras transformações despertam a partir
do nosso lado de dentro. Que
a Vida com letras maiúsculas esteja sempre
pulsando em nossos corações. Renova-te sempre e
sempre!
Aline
Nascimento Freitas
Professora da Nova Acrópole
Lago Norte - Brasília/DF
Vídeo:A
Filosofia nos Cânticos de Cecília MeirelesNeste
vídeo, a professora Lúcia Helena Galvão nos
traz boas reflexões sobre o cânticos de Cecília
Meireles à luz da filosofia.
Livro: Cânticos
de Cecília MeirelesApesar
de escrito em 1927, os poemas e o manuscrito que
acompanham em fac-símile esta edição só vieram a
público em 1981. Nesta obra, Cecília revela seu
fascínio pela filosofia budista, pela literatura
de Tagore e pelo pacifismo de Gandhi. E nos fala
sobre o destino humano, o tempo, a memória e os
eternos duelos existenciais que travamos ao
longo da vida.
Vídeo: O
Sentido Perdido das Cerimônias com a Prof. Lúcia
Helena Galvão da Nova Acrópole.Neste
vídeo, a Prof. Lúcia Helena Galvão explora o
significado e o propósito das cerimônias na vida
humana. Ela discute como as cerimônias foram
importantes em todas as culturas e épocas, e
como elas ajudaram a unir as pessoas e a
conectar-nos com o sagrado. Ela enfatiza que
muitas das cerimônias modernas perderam seu
sentido original, tornando-se meramente rituais
vazios. Ela explora como podemos recuperar o
significado das cerimônias e usá-las para
aprofundar nossa conexão com nós mesmos, com os
outros e com o mundo ao nosso redor. Assistir a
esta palestra pode ajudá-lo a refletir sobre o
papel das cerimônias em sua própria vida e como
elas podem ser usadas para trazer mais
significado e conexão em sua vida. Descubra como
a filosofia pode ser um guia valioso para
ajudá-lo a recuperar o significado das
cerimônias e a usá-las para viver de forma mais
plena e consciente.