Domingo
eu assisti a um filme na tv onde uma
mulher chegava apressada ao hospital,
porque tinha recebido uma chamada
urgente. Uma outra mulher tinha sofrido
um acidente e o único número que estava
na sua bolsa era aquele. A enfermeira
explicou à mulher o que aconteceu e
perguntou quem ela era. Ela respondeu
que era a filha da senhora. Então, a
enfermeira disse: quando chegou aqui,
ela mandou dizer que te ama muito. E a
mulher pediu então para falar com a
senhora e a resposta foi que não era
possível, pois ela tinha morrido logo a
seguir. E a mulher disse então que fazia
dez anos que não falava com sua mãe.
Agora era tarde...
São
situações assim, penso que colocadas de
propósito em certos filmes, que nos
ensinam a fragilidade da vida e dos
nossos relacionamentos, ou da maneira
como lidamos com eles. Conservamos em
nós mágoas que nos separam, nos impedem
de estar com o outro, preferimos nunca
perdoar do que ter que nos curvar e dar
a mão. Preferimos, mesmo que seja
absurdo, a dor da separação, da
distância e muitas vezes da solidão, que
abandonar o coração ao maior dos
sentimentos, que a entrega total ao
outro. Pensamos que a outra pessoa será
eterna, talvez, que amanhã, quem sabe,
tomaremos uma atitude. Mas o que é o
amanhã senão uma miragem que não se
torna palpável que quando estamos
mergulhada nela? Há uma realidade que
ninguém pensa: o "amanhã" não chega pra
todo mundo. Não há idade, classe social,
cor, raça, nacionalidade. Hoje sim, nos
pertence.
Quantas
pragas foram precisas ao Faraó para que
o povo fosse libertado do Egito? Quantas
pragas nosso coração deverá ainda
suportar para que esteja menos
endurecido, mais aberto, mais receptivo?
É
preciso acolher o hoje com os braços
abertos e olhos agradecidos, porque era
o amanhã de ontem e que ainda estamos
aqui. E é preciso aproveitar esse
instante para recolar os relacionamentos
quebrados, pedir perdão, conceder
perdão, apertar mãos, sentir o calor de
um abraço de verdade, antes de saber se
o amanhã vai chegar ou não. Não podemos
esperar o amanhã para consertar coisas,
porque ele pode nunca chegar e teremos
que caminhar mancos para o restante das
nossas vidas.
O
assunto não é novo, mas é sempre
importante falar sobre isso:
Agradeço ainda o carinho de todos vocês,
os que acabaram de chegar, que se sintam
em casa. Obrigada pelas visitas,
divulgação, apoio e compreensão quando
fico um pouco ausente.
Reflitam sobre o texto e se vocês acham
que o coração está velho demais para
isso, endurecido demais, o Senhor nos
promete um coração novo. E o que Ele
promete, cumpre.
Tenham
uma linda e serena noite, cheia de
bênçãos Divinas!...
Até a
próxima, se o Senhor permitir!
Abraço
carinhoso e cheio de ternura!
Letícia