Theresa Catharina de Góes Campos

  GOVERNANÇA CORPORATIVA É EXIGÊNCIA EM NEGÓCIOS  INTERNACIONAIS

De: PR Newswire Brasil
Para: THERESA CATHARINA DE GÓES CAMPOS
Assunto: Governança corporativa já é exigência em negócios internacionais
28 de julho de 2006 15:33 HORALOCAL
Governança corporativa já é exigência em negócios internacionais



Pesquisas apresentadas em simpósio na ESPM mostram as tendências da
globalização da economia

São Paulo, 28 de julho de 2006 - Se o Brasil quiser atrair
investimentos externos na produção e conquistar parceiros para
ampliar negócios em outros países, as empresas nacionais vão ter que
fazer da governança corporativa uma regra. Essa foi uma das
principais afirmações feitas hoje pelo especialista em estratégia
internacional Brian Silverman.
Em palestra proferida no I Simpósio de Administração e Marketing da
ESPM, o professor da Universidade de Toronto, no Canadá, apresentou
dados de pesquisas recentes feitas nos Estados Unidos mostrando as
tendências na área de negócios internacionais. "A boa governança,
principalmente por causa da transparência que ela enseja, é o maior
fator de encorajamento de investimentos diretos", afirmou.
Silverman citou várias pesquisas para sustentar que as empresas
brasileiras com mais chances de conquistar o mercado externo são
aquelas que investirem em plantas de alto valor agregado,
transparentes e que invistam em capital humano. "O país também deve
ter instituições transparentes, que promovam a ordem pública e que
sejam capazes de formar profissionais com formação de alto nível",
disse Silverman.

PESQUISAS E POLÍTICA
O especialista, que antes de Toronto lecionou durante quatro anos na
Universidade Harvard, defendeu também um maior investimento em
pesquisas na área de negócios internacionais. Uma das conclusões do
painel realizado antes da palestra de Silverman, intitulado "Pesquisa
em Internacionalização de Empresas", foi justamente a necessidade de
um crescimento no volume e uma mudança de foco nas pesquisas
realizadas sobre o tema.
De acordo com Carlos Bertero, professor do Departamento de
Administração Geral e RH da Fundação Getúlio Vargas (FGV), as escolas
mais respeitadas do país têm produzido poucos estudos. "Além disso,
há poucos trabalhos que sejam aplicáveis e de relevância para a
prática da administração", disse ele.
A mesma queixa foi feita por Maria Tereza Leme Fleury, professora da
FEA, Faculdade de Economia e Administração, da USP. Segundo ela, uma
boa pesquisa na área requer de temas novos, que questionem e avancem
os modelos teóricos existentes. "É preciso que haja um avanço do
conhecimento teórico para a prática das organizações", afirmou.

CONGRESSO
O I Simpósio de Administração e Marketing da ESPM foi realizado
simultaneamente com o III Congresso de Administração da ESPM. O
Congresso foi encerrado ontem, após a apresentação, durante dois
dias, de 55 trabalhos acadêmicos inéditos em sete áreas temáticas.
Entre outros, foram apresentados cases concretos de empresas
brasileiras que começam a se globalizar, como a Marcopolo e a Gol.
Segundo o presidente da ESPM, professor Francisco Gracioso, a
iniciativa de realizar o simpósio partiu da percepção da instituição
de que é preciso contribuir para o aperfeiçoamento dos estudos em
negócios internacionais. No encerramento do evento, ele anunciou que,
sintonizada com isso, a ESPM dá início em 2007 a um novo curso, o de
Relações Internacionais, com foco em negócios internacionais. "A
globalização, às vezes é confundida com ideologia", disse ele. "Mas é
puro pragmatismo e não tem mais volta."

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