Esses
franceses
de
sucesso!
A volta de Michel Ocelot, pai de Kirikou
Há
quase
sete
anos
desembarcava
nas
telas
um
pequeno
africano
intrépido
chamado
Kirikou,
saído
sozinho
da
barriga
da
mãe
para
conquistar
o
público
do
mundo
inteiro.
Esse
nascimento
espetacular
revelava
um
cineasta
de
animação
francês
de
rara
sensibilidade:
Michel
Ocelot.
Na
época,
ele
era
conhecido
apenas
pelos
amantes
de
curta-metragem,
gênero
que
praticou
(com
uma
série
de
TV)
durante
vinte
anos.
Mas
vários
júris
já
haviam
reconhecido
seu
talento,
pois
lhe
concederam
um
Bafta
(Oscar
britânico)
por
“Les
Trois
inventeurs”
(Os
três
inventores
-
1979),
depois
um
César
por
“La
Légende
du
pauvre
bossu”
(A
lenda
do
pobre
corcunda
-
1982).
Foi
eleito
presidente
da
Asifa
(Associação
International
do
Filme
de
Animação)
em
1994
e
reeleito
em
1997.
Em
1994,
um
produtor
lhe
propõe
um
longa-metragem.
Com
quarenta
e
cinco
anos
na
época,
pensa
logo
na
África
que
descobriu
entre
os
seis
e
doze
anos
de
idade,
quando
seus
pais,
professores,
foram
trabalhar
na
Guiné.
Contos africanosLembrando-se dos contos africanos que lia nos livros de seu pai, ele imagina Kirikou. Durante três anos, navega entre Paris, Angoûleme, Bruxelas, Riga, Budaeste e Luxemburgo, pois “Kirikou et la sorcière” (Kirikou e a feiticeira), concebido na França, recebe a animação em vários estúdios. É um sucesso (1,5 milhões de espectadores na França, 800.000 VHSs e DVDs, 580.000 álbuns e livros de colorir!). Além de o filme ser vendido em mais de cinqüenta países. No Festival Internacional de Filmes Infantis de Chicago, recebe um duplo prêmio simbólico: o do júri infantil e do júri de pais, verdadeiro plebiscito intergeracional. Michel Ocelot propõe então ao público a montagem de uma série de seis fábulas cheias de poesia e humor, animadas em sombras chinesas alguns anos antes, reagrupadas sob o título de Príncipes e princesas. É um novo um sucesso comercial. Diante de tão grande conquista, era difícil escapar a uma continuação. É a vez de “Kirikou et les bêtes sauvages” (Kirikou e as feras), um filme em quatro episódios, cujo primeiro foi recentemente ovacionado por 1.800 crianças de escolas durante o Festival de Cannes 2005. A estréia está prevista, na França, em 7 de dezembro de 2005[1]. Michel Ocelot já está trabalhando em um outro longa-metragem, Azur et Asmar, que, em um universo de miniaturas persas, contará uma fábula sobre a tolerância colocando em cena dois irmãos inimigos no século XV. Ele espera terminá-lo até o Festival de Cannes 2006. Será que subirá de novo os degraus?
Bernard
Génin
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