Theresa Catharina de Góes Campos

 
SOBREMESA NÃO É SINÔNIMO DE QUILOS EXTRAS

JORNAL CONVERSA PESSOAL
Ano VII - Número 77 - abril - 2007
Colaboração: Daniela Soares

Sobremesa não é sinônimo de quilos extras

Foto de várias sobremesas

Hora da Sobremesa: para muitos é o momento de comer todas as guloseimas que tem se vontade; para outros é hora de sofrer por ter de resistir à tentação, pois estão firmes e fortes na dieta e não querem consumir calorias extras. Para os adeptos àquele docinho após as refeições, aí vai uma boa notícia. De acordo com a nutricionista, Késia Quintaes, não é necessário ser tão extremista, já que a sobremesa pode ser nutritiva e ajudar no sistema emocional.

"Os alimentos têm como função prover o organismo de todas as substâncias necessárias para o seu desenvolvimento e manutenção. Contudo o ato de comer transcende o nutrir, sendo determinado também pelos aspectos sensoriais da comida", afirma Késia. A nutricionista lembra que a sobremesa faz parte da cultura alimentar e ainda quando somos bebês começamos a percebê-la. O leite materno contém lactose – um carboidrato adocicado – que fica muito concentrado no fim das mamadas, assim o final das refeições dos bebês tem um sabor doce.

Para a nutricionista, essa relação com o doce segue na infância porque é comum os pais oferecerem às crianças algum alimento que contém açúcar como presente ou recompensa. "É criada uma associação direta entre o alimento doce e o carinho, levada na memória até o fim da vida. Ela fica fortemente ligada à sensação psicológica de prazer", explica. Como conseqüência, a sobremesa deixa na mente boas lembranças das refeições.

Entretanto, Késia chama atenção para um erro comum: "em nenhum momento os pratos que antecedem a sobremesa devem ser abolidos em favor desta". A justificativa é que o doce ingerido sozinho necessita de grande quantidade de insulina para ser metabolizado enquanto que o consumido após a refeição será diluído como os demais alimentos não ocasionando picos de insulina.

Mas, atenção, a sobremesa não deve ser usada como desculpa para ingerir alimentos calóricos e sem valor nutricional. As frutas, num país como o Brasil, tão rico em diversidade, são boas opções porque seu sabor doce vem da frutose – um carboidrato que não requer insulina para ser metabolizado. Além de serem ricas em vitaminas e minerais. A nutricionista dá como sugestões de sobremesa o iogurte natural com mel ou geléia de frutas vermelhas. Pode-se incluir no cardápio o doce de batata-doce que é rico em vitamina A e a laranja-lima composta com elevado teor de vitamina C e que auxilia na absorção do ferro.

Intercalar frutas e doces na sobremesa é uma atitude inteligente, segundo a nutricionista, e acaba sendo a melhor opção. Também é recomendável ficar atento a quantidade a ser consumida, a porção deve ser razoável, e a qualidade dos alimentos - nada de muito açúcar, leite e ovos. Outra dica é ficar de olho nos doces tradicionalmente brasileiros pois na sua maioria são feitos com muito açúcar, a exemplo da cocada baiana e do doce de leite.

Fonte: Revista Vida e Saúde

Foto: site donjose

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