Theresa Catharina de Góes Campos

  Data: Sun, 1 Jul 2007 10:04:13 -0300
De: "Faustino Vicente"
Para: theresa.files@gmail.com
Assunto: ISO 14000 E A PEGADA ECOLÓGICA


ISO14.000 E A PEGADA ECOLÓGICA

Faustino Vicente*

A palavra grega ISO,que significa igualdade, é a sigla da International Organization for Standardization, ou seja, Organização Internacional para Normalização,fundada em 1947, e localizada em Genebra,na Suíça. Trata-se de uma entidade não-governamental que edita uma série de normas técnicas, reconhecidas internacionalmente, que visam padronizar e melhorar a qualidade de produtos e serviços de empresas do mundo todo. Milhares de empresas, de mais de uma centena de países, têm investido na busca de um Certificado de Qualidade ISO.Ela pode ser entendida como: – escreva o que e como você faz, e faça como você escreveu.

Do elenco de normas existentes daremos destaque,nesta oportunidade, para a ISO14.001– Sistema de Gerenciamento Ambiental –, que objetiva prevenir,eliminar ou minimizar os efeitos nocivos ao meio ambiente causados por empresas privadas e públicas.Os passos para a implementação desta norma estão assim definidos:1.) Comprometimento e definição da política de meio ambiente – 2.) Planejamento do sistema de gestão ambiental (SGA) – 3.) Implementação do SGA –4.) Medições e avaliações e, 5.) Revisão e melhorias contínuas. Conscientizar, envolver e comprometer – do presidente ao servente – é de fundamental importância para que o SGA atinja as metas pré-estabelecidas. Acompanhar rigorosamente, e validar, cada uma das etapas do processo operacional da fabricação de produtos, e da prestação de serviços, é procedimento obrigatório para garantir o equilíbrio do meio ambiente e a melhoria continuada da qualidade de vida.

Para que o SGA seja bem-sucedido é recomendável fazer um diagnóstico através do diagrama dos 7Ms: 1)mercado,2)mão-de-obra,3)matéria-prima,4)máquinas,5)método,6)medição e 7)meio ambiente. Essa análise crítica nos levará a reduzir as possibilidades de poluição, reutilizar parte do que já foi usado, reciclar todo tipo de sucata e reinventar novos processos operacionais para a fabricação de produtos e prestação de serviços. A agressão ao meio ambiente é,também, um desrespeito à massa consumidora, que está tendo a sua percepção despertada para recusar produtos e serviços de empresas ecologicamente incorretas.

Os gravíssimos problemas que estão ocorrendo com o aquecimento global não devem ser atribuídos apenas a uma parcela da classe empresarial,pois os governantes,também, têm a sua parte de responsabilidade na degradação do meio ambiente.Políticas públicas ineficientes, fiscalização insuficiente, investimentos em saneamento básico aquém das necessidades,excesso de burocracia e corrupção,são fatores da mesma equação – ações públicas eficazes.

Além da iniciativa privada e dos órgãos públicos cabe, a cada um dos seis bilhões e seiscentos milhões de habitantes do planeta azul, a sua cota de responsabilidade pela preservação do meio ambiente. Combate de desperdício de toda espécie,redução do volume de lixo,coleta seletiva, jogar o lixo no lixo,incentivos a cooperativas de coleta e implementação da CIPRAM – Comissão Interna de Preservação Ambiental são medidas indispensáveis à qualidade de vida. A educação pode contribuir para que tenhamos maior consciência sobre a chamada -Pegada Ecológica,que significa o “quanto da terra produtiva,área florestal,energia,habitação,água,mar,urbanização e capacidade de absorção dos dejetos que cada pessoa necessita, para viver de forma minimamente digna.A esse conjunto de fatores, Martin Rees e Mathis Wackermagel deram o nome de pegada ecológica,cujo estudo indica 2,8 hectares para cada pessoa”.

Numa simples reflexão sobre alguns textos da Bíblia (Gênesis 1, 24-31 + 2,1-19 e Deuteronômio 8,7-10), podemos encontrar referências sobre a preservação do meio ambiente, desenvolvimento sustentável do ser humano e a destinação social dos recursos naturais da terra.Ah!A natureza não reclama dos maus tratos – vinga-se.


*Faustino Vicente - Consultor de Empresas, Advogado e Professor – e-mail: faustino.vicente@uol.com.br – tel. (011) 4586.7426 – Jundiaí (Terra da Uva) - SP
 

Jornalismo com ética e solidariedade.