A
humanidade caminha para um beco sem
saída. Se o atual ritmo de exploração do
planeta continuar, em um século não
haverá fontes de água ou de energia,
reservas de ar puro nem terras para
agricultura em quantidade suficiente
para a preservação da vida.
Hoje, mesmo com metade da humanidade
situada abaixo da linha de pobreza, já
se consome 20% a mais do que a Terra
consegue renovar. Se a população do
mundo passasse a consumir como os
americanos, seriam necessários mais três
planetas iguais a este para garantir
produtos e serviços básicos como água,
energia e alimentos para todo mundo.
Como é evidentemente impossível
arranjar mais três Terras, nem os
americanos poderão continuar com o mesmo
modelo de consumo, nem a população
mundial poderá adotá-lo. A única saída é
todos adotarmos padrões de produção e de
consumo sustentáveis. Para os países
ricos, isso significa, por exemplo,
procurar fontes de energia menos
poluidoras, diminuir a produção de lixo
e reciclar o máximo possível, além de
repensar sobre quais produtos e bens são
realmente necessários para alcançar o
bem-estar. Aos países em
desenvolvimento, que têm todo o direito
a crescer economicamente, cabe o desafio
de não repetir o modelo predatório e
buscar alternativas para gerar riquezas
sem destruir florestas ou contaminar
fontes de água.
Nesse processo, o consumidor
consciente tem um papel fundamental. Nas
suas escolhas cotidianas, seja na forma
como consome recursos naturais, produtos
e serviços, seja pela escolha das
empresas das quais vai comprar em função
de sua responsabilidade social, pode
ajudar a construir uma sociedade mais
sustentável e justa.