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POEMA DE AMOR A BRASÍLIA
Meus passos compõem a música do inverno.
Triturando folhas secas me envolvo em melodias.
Então danço, canto, rodopio, crio ciclones de
alegrias.
Saia em roda, roda de gigante; pernas de
compasso são rodopiantes.
Via Láctea vermelha. Terra levantada.
Sou só eu neste Universo.Roda-viva, rodo a vida.
A cidade está em mim; horizonte em labaredas.
O barro arde e, teu céu, de branco, espera a
primavera.
Amante nela, amada é. Plana. Cama de esperanças.
Chega! É tarde. Cega-me o seu sol com luz
especial.
Cabe frear este meu delírio, pois já chego às
raias da tontura.
Com cuidado, paro e piso.Volto a andar no belo
chão.
Busco, agora, seus marrons diversos.
Para pintar minha fantasia no algodão...
Hercília Lopes |
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