A
condenação
imposta
pelo TRT
de São
Paulo à
EPTV de
Ribeirão
Preto,
afiliada
da Rede
Globo,
no caso
onde o
repórter
Bruno
Kauffman
Abud
morreu
num
acidente
de
trânsito,
reascendeu
o debate
sobre as
condições
de
trabalho
às quais
os
profissionais
são
submetidos.
Arthur
Lobato,
diretor
da FENAJ,
diz que
a
prática
das
empresas
se
reflete
numa
"economia
burra".
Ele
defende
ações
urgentes
de
segurança
no
trabalho.
O
acidente
que
vitimou
Bruno
Kauffman
Abud
ocorreu
quando
ele
voltava
de
Barretos
para
Ribeirão
Preto,
no
interior
de São
Paulo.
Bruno
estava
trabalhando
e
dirigia
o
automóvel.
Seus
familiares
entraram
com a
ação
contra a
Rede
Globo
porque a
empresa
não
assegurava
motorista
para
transportar
o
repórter.
A Globo
foi
condenada
a pagar
R$ R$
109 mil
de
indenização,
além de
multa.
Para o
2o
tesoureiro
da FENAJ,
Arthur
Lobato,
o caso
que de
Bruno
não é um
fato
isolado.
"São
muitos
os casos
de
acidentes
no
trabalho
envolvendo
profissionais
de
comunicação,
mas
vários
deles
não
aparecem
porque
são
encobertos",
denuncia.
Ele
lembrou
vários
casos
envolvendo
acidentes
de
trânsito
ou com
fiação
elétrica
e
assaltos.
Recentemente
o
repórter
cinematográfico
Hélio
Rodrigues,
de 47
anos, da
TV
Vanguarda
de
Taubaté
(uma das
afiliadas
da TV
Globo),
faleceu
ao ser
atingido
por uma
descarga
elétrica
enquanto
a equipe
se
preparava
para
entrar
ao vivo
no
programa
"Vanguarda
TV Bom
Dia", em
um link
armado
em
frente
ao
pronto-socorro
municipal.
Lobato
lembra
situações
semelhantes
ocorrem
porque
as
empresas
não
investem
em
valorização
dos
profissionais,
equipamentos
de
segurança
e
medidas
preventivas.
O
diretor
da FENAJ
lamenta
que as
empresas
só se
manifestem
em casos
mais
graves
ou
quando
são
penalizadas
por
ações
judiciais.
"Muitos
dos
casos
ocorrem
porque
as
empresas,
ao invés
de
contratarem
motoristas,
pagam um
adicional
irrisório
de 10 a
20% para
que um
profissional
acumule
funções",
diz,
registrando
que
muitas
vezes os
profissionais
são
pressionados
a
assumirem
dupla
função
para
manterem
seus
empregos.
"Esta
economia
burra
está
custando
vidas e
precarizando
relações
de
trabalho,
quando
com um
pequeno
investimento
os
profissionais
atuariam
com mais
satisfação
e a
qualidade
do
trabalho
aumentaria",
condena
o
sindicalista.
Ele
registra
que a
Rede
Record
em Minas
Gerais
reconheceu
o erro e
hoje,
além de
contratar
motoristas,
paga um
adicional
de 40%
para que
estes
auxiliem
as
equipes
de
reportagem.
A FENAJ
e os
Sindicatos
de
Jornalistas
vêm
incluindo
cláusulas
relativas
à
segurança
no
trabalho
nas
pautas
de
reivindicações
dos
trabalhadores
em
comunicação.
No
entanto,
geralmente
os
empresários
resistem
em
aceitá-las.
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