From:
REYNALDO
FERREIRA
Date: 02/12/2007 08:26
Subject: FW: Em 2 de dezembro se decreta a
guerra civil na Venezuela -Farol da
Democracia Representativa
To: Theresa Catharina Campos
Em 2 de dezembro se decreta a
guerra civil na Venezuela
ATENÇÃO: ATÉ O PRÓXIMO DOMINGO
DIA 2/12 - OU ATÉ MAIS - O BLOG
NOTALATINA PUBLICARÁ BOLETINS DIÁRIOS
SOBRE A SITUAÇÃO NA VENEZUELA.
RECOMENDAMOS UMA OLHADA DIÁRIA
Durante 9
longos anos, o povo venezuelano tratou de
explicar a Chávez, de todas as formas
pacíficas possíveis, que não quer imitar o
modelo cubano. Mediante denúncias,
julgamentos, marchas, referendos, eleições e
demais expressões democráticas da vontade
popular, os venezuelanos se manifestaram
contra a cubanização. Em resposta, e
valendo-se da Assembléia Constituinte,
Chávez assumiu o controle de todos os
poderes públicos, particularmente o Conselho
Nacional Eleitoral (CNE), cometendo fraude
reiteradamente.
No
editorial passado,
A fraude do próximo dia
2 de dezembro na Venezuela,
o
Diario América destacou que
lamentavelmente para a Venezuela, a opção do
voto só poderia terminar em suicídio ou
crime. Hugo Chávez tem impedido que a
opinião da maioria seja respeitada.
Porém,
desta vez o tenente-coronel golpista foi
longe demais, propondo uma reforma
constitucional (ou melhor, uma nova Carta
Magna) que converte a Venezuela numa nova
Cuba, contra a vontade da imensa maioria dos
cidadãos. Pouco importa a Chávez que a
reforma seja um golpe de Estado, como o
denunciaram desde todos os setores. Do mesmo
modo, pensa em impô-la de maneira
irresponsável mediante um referendo no
próximo domingo 2 de dezembro, no qual se
cometerá, mais uma vez, uma fraude
descomunal.
Tudo
indica que o povo venezuelano não ficará
tranqüilamente em suas casas, aceitando
submissamente a escravidão, mas que haverá
uma reação incalculável, não só dentro do
setor civil como também no setor militar,
que rechaça a destruição das Forças Armadas,
para convertê-las em uma guarda pretoriana
do Regime.
Não
faltarão líderes opositores
colaboracionistas dentro dos partidos
Primero Justicia e Un Nuevo Tiempo, que
sairão apressadamente a reconhecer a vitória
de Chávez no referendo, para frear o
protesto popular, porém eles já carecem de
credibilidade e de capacidade de
mobilização. Cada venezuelano seguirá sua
própria consciência e não o chamado dos
dirigentes.
Chávez
está consciente da reação popular e no
domingo passado, em seu costumeiro programa
"Alô
Presidente", ele chamou
publicamente seus seguidores, civis e
militares, a afogar o protesto com sangue,
como o fez em 11 de abril de 2002.
Do mesmo
modo, desde o
Diario de América temos vindo
advertindo; é necessário destacar a reflexão
do dirigente opositor Alejandro Peña
Esclusa, no chamado que ele faz neste
vídeo.
O
homem
que tem dedicado sua atuação política a
devolver aos venezuelanos sua identidade
histórica: "Venezuela, Terra de Graça", essa
será minha consigna. "Venezuela, país de
Libertadores". "Venezuela, país abençoado,
beleza sem igual, com habitantes generosos,
valentes, alegres, carinhosos".
Tristemente, a situação se assemelha à que a
Espanha viveu em 1936, pouco antes do
estouro da guerra civil. Em 16 de fevereiro
desse ano, realizaram-se umas eleições
fraudulentas. O país estava perigosamente
polarizado, pela intenção do governo de
Manuel Azaña de impor um modelo comunista,
contra a opinião de metade do país.
Três dias antes das eleições, José Calvo
Sotelo, líder do Bloco Nacional, pronunciou
um discurso repudiando as eleições:
"A
revolução não se bate nas urnas"
, disse, acrescentando que
"a
obediência é a contrapartida da legalidade.
E quando falta a legalidade, em desserviço à
pátria, sobra a obediência".
Sob o título
"Metade
da nação não se resigna em morrer",
o diário católico "
El
Debate"
reproduzia em 16 de abril de 1936 as
palavras pronunciadas no dia anterior no
Congresso, pelo deputado direitista José
María Gil Robles:
"Uma
massa considerável de opinião que é, pelo
menos, a metade da nação, não se resigna a
morrer implacavelmente: lhes asseguro. Se
não pode se defender por um caminho, se
defenderá por outro. Frente à violência que
desde lá se propugne surgirá a violência por
outro lado, e o poder público terá o triste
papel de mero espectador de uma contenda
cidadã na qual se vai arruinar, material e
espiritualmente, a nação".
Com efeito, ante o assassinato de Calvo
Sotelo, cometido em 13 de julho pelo
oficialismo, começava a guerra civil.
O estado psicopático de Chávez o impede de
ver a realidade. Em apenas duas semanas, o
Mestre da Provocação foi silenciado pelo rei
Juan Carlos, repreendido pela OPEP,
suspendido em seu papel de mediador com as
FARC e criticado por Bachelet, porém está
enceguecido pela soberba e pela bajulação de
seus seguidores, incapazes de chamá-lo à
prudência.
O tenente-coronel golpista não quer retirar
a proposta de reforna e isso ele levará até
o fim, porém a custa de gravíssimas perdas
humanas e materiais.
Por sua parte, a comunidade internacional
deve estar muito consciente para não se
deixar enganar, como o fez em 11 de abril de
2002. Nessa oportunidade não houve um golpe
de Estado, senão um terrível massacre,
astutamente encoberto com a propaganda sobre
o golpe.
Desta vez, não devemos acreditar em Chávez
quando exclame que é vítima de um golpe.
Ele, e somente ele, é o responsável pela
tragédia que se avizinha na Venezuela.
Fonte:http://diariodeamerica.com/front_nota_detalle.php?id_noticia=2716
Tradução:
Graça Salgueiro