Theresa Catharina de Góes Campos

 

A Venezuela continua oferecendo refúgio seguro a criminosos de guerra
por Keneth Rijock em 27 de março de 2006

Resumo: A Venezuela prossegue como refúgio seguro para os terroristas das FARC.

© 2006 MidiaSemMascara.org

O regime de Chávez continua oferecendo um esconderijo seguro para os terroristas e criminosos de guerra que fogem das Forças Armadas Colombianas. No ano passado, o governo da Colômbia deu o extraordinário passo de notificar ao governo venezuelano os nomes e endereços dos altos chefes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, mais comumente conhecidas por sua sigla FARC, e que atualmente residem na Venezuela.

As FARC, fundadas em 1964 como o braço armado do Partido Comunista da Colômbia, são uma organização identificada como terrorista. Seus comandantes agora dirigem suas operações militares desde a segurança de suas protegidas bases no interior da Venezuela, com a anuência e a proteção do governo de Chávez. Da mesma maneira, viajam assiduamente e com toda a liberdade, da Venezuela para Cuba, de onde têm recebido assistência financeira e assessoramento durante décadas da parte do regime de Castro.

Todos estamos familiarizados com o caso de Rodrigo Granda, o "Secretário de Estado" das FARC que operava abertamente na Venezuela e ao qual, inclusive, foi outorgada a cidadania venezuelana, até que fosse detido por agentes privados e devolvido à Colômbia para ser julgado. Aqueles que leram nosso recente artigo no qual detalhamos como Cuba supervisiona na Venezuela a celebração dos conclaves da alta direção terrorista, poderão estar interessados em conhecer como Granda assistia regularmente a essas conferências como representante das FARC.

O papel que o governo de Chávez desempenha não se limita ao de passivamente permitir que as FARC utilizem a Venezuela como refúgio seguro. Existem evidências de vários incidentes nos quais aviões venezuelanos têm penetrado o espaço aéreo da Colômbia e aberto fogo contra tropas colombianas enfrentadas em combate com elementos armados das FARC, auxiliando-os de maneira que possam cruzar a fronteira para a Venezuela, onde recebem abrigo.

Embora trate de apresentar a imagem de que é um exército de libertação nacional, as FARC se dedicam a matar pessoas civis desarmadas, a seqüestros e ao assassinato de funcionários governamentais colombianos, à tortura, à extorsão e ao recrutamento forçado de menores de idade, além de não observar os tratados da Convenção de Genebra para com os prisioneiros, e se envolve no tráfico de narcótico, à pirataria aérea, violações, contrabando de armas e outros crimes de guerra. Os cabeças das FARC que mencionamos na continuação são responsáveis pela execução de todas essas atrocidades.

Dado que o atual governo da Venezuela tem-se negado a deter esses altos chefes das FARC, para entregá-los à Colômbia para seu julgamento, os identificaremos na continuação de modo que isto seja de conhecimento público. Se lhes conhece melhor pelos seus nomes de guerra, os quais incluímos:

 - German Briceño Suárez, codinome Gran Nobles, o qual é procurado por parte dos Estados Unidos por ordenar o assassinato de 3 americanos: Terence Freitas, Ingrid Washinawatok e Laheenae Gay, em 1999. Estas pessoas foram seqüestradas no interior da Colômbia e levadas para a Venezuela, onde foram executadas. Suárez transmitiu a ordem pessoalmente pelo rádio e os cadáveres foram queimados. Suárez é procurado por homicídio, terrorismo, rebelião, tráfico de drogas, seqüestro e pirataria aérea.

- Luis Edgar Devia Silva, codinome Raúl Reyes, se diz o principal porta-voz das FARC e membro de sua direção nacional, conhecida como Secrtariado. É procurado por 178 crimes que incluem atos sexuais violentos, terrorismo, rebelião, destruição da propriedade alheia, seqüestro, roubo, recrutamento ilícito, pirataria aérea e tráfico de drogas.

- Luciano Marin Arango, codinome Iván Márquez, um veterano líder das FARC e membro de seu Secretariado. É acusado de 133 crimes de extorsão, seqüestro, terrorismo, homicídio e recrutamento ilícito.

- Emiro del Carmen Ropero Suárez, codinome Rubén Zamora, Comandante das FARC e chefe financeiro da organização. É procurado por seqüestro, terrorismo e extorsão.

- Jesus Emilio Carvajalino, codinome Andres Paris, Comandante das FARC. É acusado de rebelião, terrorismo, seqüestro, homicídio e tráfico de armas.

- Aldo Moscote Fragozo, codinome Lucas Iguarán. Enfrenta acusações de terrorismo e rebelião.

- Seusis Hernández, codinome Juan Santrich, um membro do Estado-Maior das FARC. Procurado por recrutamento ilícito.

Estes criminosos de guerra serão alguma vez levados ante os tribunais colombianos? Só se um novo e democrático governo venezuelano chegar ao poder, prender e deportar esses elementos terroristas. O presente regime chavista, dirigido por uma claque de marxistas venezuelanos de linha dura, apóia os esforços das FARC para derrubar o atual governo democrático da Colômbia com meios violentos. Só se a democracia retornar à Venenzuela, poderá existir uma possibilidade de que os líderes das FARC sejam julgados por seus crimes.

Fonte: La Nueva Cuba

Tradução: Graça Salgueiro

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